James
Quando sei que ela está fora da vista e do alcance da audição ataco o guarda que a derrubou. Envolvendo as mãos em sua garganta, eu o puxo para mim, meus olhos fixos nos dele num olhar mortal. Quero que ele sinta minha ira.
"Traga-me os guardas que os detiveram." Digo a ele. Seu rosto está ficando roxo, mas ele consegue dar um pequeno aceno de cabeça. Eu o libero, deixando-o cair no chão como ele fez com minha garota.
Ainda assim, nenhum traço de raiva que estava sentindo esfria.Sei que preciso me controlar. Meus olhos voam ao homem que disseram ser tio dela.
"Você nos deixou acreditar que ela era um garoto?" Questiono, dando um passo em direção a ele.
Não entendo que jogo ele está fazendo. Mulheres em nosso país são tratadas com cuidado. Ela teria sido tratada de forma completamente diferente. Ela
estava numa fodida cela com outros homens, pelo amor de Deus."Eu quis corrigir os guardas." O homem diz, erguendo as mãos como se eu pudesse atingi-lo. Ele parece como se um bom golpe poderia matá-lo.
Eu não faria isso. Se ele é tio dela, estou supondo que ela não quer que ele morra. Embora ela estivesse fugindo dele.Um milhão de razões diferentes atravessam minha mente, nenhuma delas sendo boas. Minha raiva pelo homem aumenta. Aperto meu punho para me impedir de agarrá-lo.
Não sabia que tinha em mim sentir tanta raiva de coisas que podem até não ser verdade.
"Por que você ainda está aqui?" Pergunto
ao guarda, que finalmente se levantou, mas não se moveu do lugar.Ele se vira e sai correndo. Cerro meu queixo, lembrando-me de ter uma palavra com John sobre como as coisas estão sendo lidadas por aqui."Venha." Digo ao tio dela.
"Qual seu nome?" Pergunto enquanto ele me segue para fora do salão e para meu escritório. Alguns outros guardas seguem a reboque.
"Howard Eldor." O homem diz fracamente, fazendo-me imaginar como ele tem sido capaz de manter minha mulher segura. Estou chocado que alguém não a tenha tomado para si. Eu irei. Mas se
alguém tentou fazer o mesmo os esfolarei vivos.Desafio alguém a me impedir de tomá-la, no entanto.Levanto a mão aos guardas, não querendo que eles entrem conosco. Posso lidar com o homem sozinho. Posso dizer que o guarda quer argumentar, mas dá passos para trás e fecha as portas duplas.
Também não quero mais ninguém ouvindo sobre Kate. Importo-me com a ideia de alguém falando o nome dela. A possessividade por ela já tomou conta de mim. Talvez uma vez que eu a faça minha, isso vá acalmar um pouco. Sei que não posso escondê-la no meu castelo. Ou talvez possa. Tento afastar o pensamento bárbaro, sabendo que minha mãe lutará comigo como o inferno sobre a questão.
Estou supresso que a palavra já não tenha se espalhado para ela sobre minha reação a Kate. Sei que a minha mãe tem ouvidos em toda parte. Ela provavelmente já sabe, o que significa que estou
perdendo tempo agora. Preciso descobrir o que este homem sabe sobre minha garota para que eu possa ir verifica-la.Estou me sentindo mais na borda a cada momento longe dela. Como pode uma coisa tão pequena já ter um agarre em mim? As palavras de meu pai
entram na minha mente, lembrando-me de nunca questionar o que ele diz novamente."Por que ela estava fugindo de você?" Caminho até minha mesa e inclino-me contra ela.Howard começa a se sentar.
"Bem..."
"Eu não o convidei a se sentar." Cruzo os braços sobre o peito.
Ele pausa por um momento antes de engolir forte. Eu levanto minhas sobrancelhas para ele continuar.
"Sua mãe e pai. Meu irmão morreu quando ela era pequena. Ela foi criada por minha mãe nos Estados Unidos até cinco anos atrás.Ela morreu também, e me foi dada a custódia de Kate."
Meu coração se parte pensando em minha garota e toda a perda que ela experimentou. Sei que é algo com o que posso ajudá-la. Minha família. Nossa família em breve.
Meus olhos vagam sobre o homem. Ela não parece em nada com seu tio. A única coisa que eles têm em comum é que são ambos pequenos.
"Por que ela estava fugindo de você?"
Os olhos do homem ficam um pouco selvagens, mostrando medo, provavelmente por causa de como reagi ao guarda que a fez cair. Ele sabe que não estou de brincadeira.
"Não minta para mim."Resmungo em advertência.
"Eu serei capaz de ver." É a verdade. Meu
próprio pai me chama de detector de mentiras humano. É uma habilidade que tive durante o tempo que me lembro. Seus olhos voltam aos meus."Eu entendi." Ele murmura. "Não tenho certeza, para ser completamente honesto."
"Meia-verdade." Empurro-me da mesa, eliminando a distância entre nós. Ele dá alguns passos para trás, mas estou em cima dele.
"Você pode tê-la. Ela é sua." Ele guincha como um porquinho.Isso só me deixa mais louco. Tenho a sensação de que esta não é a primeira vez que ele faz a oferta ou pensa em usá-la como um peão.
"Titus."
Meus olhos estalam para John, que está de pé na porta do meu escritório. Posso dizer pelo olhar em seu rosto que ele está me dizendo para me recompor.
Não posso conseguir nada deste homem, se ele
estiver morto. Mas posso conseguir dela. Aposto que uma mentira nunca cruzou aqueles doces lábios. Ela é muito inocente e doce.Posso sentir o cheiro dela.Lanço o homem uns bons dois metros e meio. Ele aterrissa com um grito, estou supondo que ele quebrou uma costela ou duas, e guardas entram na sala.
"Leve-o de volta a uma cela." Ordeno. Ele é
retirado da sala. Talvez algumas horas numa cela escura o deixem um pouco mais falador. Não tenho tempo para seus enigmas estúpidos."Quero tudo o que há para saber sobre Kate Eldor." Digo a John conforme passo por ele. Quero chegar à futura rainha do nosso país.
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Noiva inocente do rei
RomanceKate foi forçada a viver com seu tio quando era pequena e foi mantida trancada. Então, uma noite ela descobriu que seu tio iria usá-la como garantia numa aposta, e ela sabia que tinha de se libertar. Mas quando o fez, nunca imaginou que correria dir...