Capítulo Dez

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James

Agarro meu telefone com força e um barulho sinistro de rachadura emana dele. Eu o lanço para um dos meus homens. Sei que precisarei de um novo.

Que porra aconteceu enquanto estive fora? Deixei minha princesa satisfeita na cama apenas para descobrir que agora ela está tentando escapar do meu castelo.

Antes de eu sair me certifiquei de ter um pequeno exército mantendo um olho nela por mim. Era destinado a protegê-la, em vez de impedi-la de sair.

De qualquer maneira, estou feliz que fiz isso.Nunca pensei sobre como iriam pará-la se ela tentasse sair, dada minha ordem estrita de ninguém tocá-la.

A ordem veio de puro ciúmes. Como alguém poderia olhá-la e não querer tocá-la? Então deixei claro para todos que não iriam respirar para contar a ninguém sobre quão suave sua pele é. Se pudesse diria a eles para nem mesmo olhar para ela, mas até eu sei
que é exagerado. Eles não seriam capazes de protegê-la dessa maneira, e eu não posso mantê-la trancada em nosso quarto, não importa o quanto goste dessa ideia.

Acelero o ritmo de volta para o carro, deslizando para o banco de trás quando o motorista abre a porta.

"Levem-me de volta agora."Ordeno.

Eu deveria ter ficado no castelo, mas queria garantir que as coisas fossem feitas, e feitas da maneira que eu queria.

Quando o castelo vem à vista, alívio me enche apenas sabendo que estou mais perto dela. O carro não chega nem a uma parada antes que estou pulando e subindo as escadas.

Ouço John gritar meu nome, mas o ignoro. Ele só vai se queixar sobre minha segurança e tenho assuntos mais importantes para tratar.Corro em direção ao nosso quarto, mas desacelero quando vejo o guarda principal que coloquei com Kate, Grant, ali de pé.

"Que porra aconteceu?" Pergunto. Quem quer que a chateou vai enfrentar minha ira, e não será bom.

"Nicolette Court foi detida e está sendo mantida no escritório de John."

Tensiono com a menção do nome de Nicolette e sei que não é coincidência, após o que minha mãe me disse antes. Ela fez algo.

"Ela estava em seu escritório."

"E como diabos isso foi possível?" Grito.

"Ela veio com o pai, Dexter, mas escapou dele e atreveu-se para seu escritório. Alegou que tentava falar com você. Que você não se importaria."

A maneira que Grant diz isso faz parecer que ela insinuou que estávamos tendo algum caso secreto. Dou-lhe um olhar duro.

"Eu sabia melhor do que isso, senhor. Por isso a estamos segurando." Ele acrescenta rapidamente.

"Dê-me o resto." Digo-lhe, sabendo que há mais e ele não está animado para me dizer.

"Foi dada rédea livre à Kate, como nos disse.Quando ela entrou em seu escritório, não a impedi."

Fecho meus olhos, sabendo onde isso vai dar.

"Lidarei com isso mais tarde." Digo a ele conforme passo e vou para o meu quarto.

"Seu pai, senhor." Ouço Grant dizer atrás de mim.

"Ele pode se foder." Respondo, não dando a mínima.

Quando abro a minha porta, resmungo quando não vejo minha Kate em qualquer lugar. Procuro pelo quarto, verificando duplamente o banheiro. Sei que ela está nesta ala do castelo. É por isso que seus
guardas estão no final do corredor, esperando caso ela saia novamente.

Pauso na porta e sei que ela deve estar num dos outros quartos.Começo abrindo portas em busca dela. Destruirei este lugar até encontrá-la. Quando chego ao último quarto, giro a maçaneta, mas está trancado.

"Princesa." Chamo, mas ela não responde. "Você realmente pensa que uma porta trancada vai me manter longe de você?"Pergunto. Mais uma vez, nenhuma resposta.

"Afaste-se porque vou arrombar a porta." Grito. Não quero que ela se machuque no processo.

Eu poderia pedir uma chave, que é a coisa civilizada a fazer, mas então eu teria que esperar, e estou
cansado de esperar, especialmente se minha princesa está chateada.

Ela pode tentar e colocar todas as paredes que quiser, mas mostrarei a ela que apenas irei quebrar todas para chegar até ela. Não haverá espaço entre nós.

"Tudo bem." Ela abre a porta antes que eu possa jogar meu ombro nela. Ela caminha por mim. Vou agarrá-la, mas ela me evita.

Tenho que lutar contra uma risadinha ao ver o olhar irritado que ela tenta me dar, mas mesmo em sua raiva, ela é adorável pra caralho.

Eu me mantenho sob controle, sabendo que sorrir agora não me conseguirá quaisquer pontos. Não a impeço conforme ela caminha para nosso quarto. Apenas sigo e tranco a porta atrás de nós,sabendo que agora a tenho exatamente onde quero.

Ela coloca as mãos em sua cintura estreita, fogo iluminando seus olhos, mas posso dizer que ela chorou. Gosto desta faísca que ela está mostrando, mas as lágrimas que sei que ela derramou cortam
profundo. Isso reacende a raiva que senti momentos atrás.

Eu a empurro para baixo, porque sei que preciso ser suave com ela. Ela pode ter algum fogo agora, mas é toda suave e doce sob ele. Na verdade, acho que ela está usando seu mau humor para não chorar na minha frente. Não gosto da ideia dela tentando esconder qualquer parte de si mesma de mim.

"Não serei uma amante." Ela grita.

"Não." Concordo, eliminando a distância entre nós e a levantando. Ela grita de surpresa, mas seu corpo se derrete no meu enquanto coloca suas pequenas mãos no meu peito, lembrando-me quão pequena ela é comparada a mim e que preciso ser gentil com
ela.

"Nunca tive uma amante, nem terei uma. Terei uma esposa."

Em minhas conversas com ela, estive dançando em torno do que ela será para mim, porque não quero assustá-la. Sei que é rápido e quero aliviá-la nisso, mas a palavra amante me colocou na borda.

Para ela pensar que alguma vez seria uma coisa dessas força o controle extremamente fino que tenho, e agora não tenho escrúpulos em deixá-la saber que ela será minha em todos os sentidos.
Seus dedos afundam em minha camisa, agarrando firmemente.

"Eu a encontrei." Ela grita, com os olhos cheios de lágrimas. Ela acha que me pegou numa mentira.

"Não, você encontrou uma mentirosa.Nunca toquei naquela mulher." Digo. A ideia de tocar aquela mulher faz meu estômago revirar.

Não quero nem dizer o nome dela em voz alta. Nicolette nada mais é que uma criança mimada, seria quase tolerável se não fosse seu comportamento. Sua atitude é a única que a faz memorável e claramente não de um bom jeito.

"Não mentirei para você, Kate. Há muitas mulheres que querem se casar comigo." Seu rosto franze de desgosto, mas prossigo.

Quero eliminar isso de modo que jamais haverá confusão sobre o assunto novamente.

"Elas querem meu título, querem ser rainha e ter uma vida confortável."

"Não me importo com nada disso." Ela interrompe.

Ela está me dizendo algo que já sei. Ela é muito doce para isso.Ela não é uma exploradora.

"Eu sei." Beijo a ponta do seu nariz,olhando seu rosto suavizar para mim. "Você quer o que eu quero.
Amor. Uma família. Tudo isso."

"Eu gostaria disso mais do que tudo no mundo inteiro. Apenas ser feliz."

"Se permitir, eu te darei isso. Deixe-me provar isso. Não lute contra isso."

Noiva inocente do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora