Preparations

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- Mas, moça, eu não quero algo cheio de frufru. - Falei pela milésima vez. A atendente da loja de joias tirou o dia pra me irritar. Não é possível!

- A sua noiva...

- Ela odeia essas porrinha. Eu conheço a noiva que tenho. Tem que ser algo simples! E eu também não vou querer sair com a escola de samba pendurada no meu dedo. - Ela fez uma careta tentando ser discreta. - Quero essa aqui. - Apontei pra uma que estava em outro mostruário.

- Tudo bem... - Ela resmungou. Saí da loja e voltei pro escritório.

Após passar a tarde inteira em uma reunião, ainda tive que ligar pro meu pai pra ele ir ao jantar de noivado na casa da minha mãe.

- E a Brianna?

- Como se ela quisesse casar comigo... - Resmunguei.

- E a minha empresa?! - Se vira.

- Olha, se quiser ir no jantar vai, se achou ruim, não vai. Só faça o favor de avisar pra Jazzy e pra Emma. Tchau. - Desliguei e continuei meu caminho pra casa. Assim que entrei, já encontrei o casal do ano.

- Oi. - Falei e eles olharam pra mim sorrindo. - Vocês são dois safados.

- Obrigado. - Peter respondeu. - Mas por quê?

- Liguei pra minha mãe hoje. Sorte que eu não comentei nada sobre o baby de vocês.

- Eu não sei como falar pro meu pai. Ele surtou só de saber que vamos morar juntos! - April falou revirando os olhos.

- Acho melhor vocês contarem antes que a barriga "conte". - Peter riu baixo e April fez cara feia pra ele. - Sábado tem um jantar na casa da minha mãe.

- Sobre seu noivado e da Alice. Já to sabendo. - April falou. Arqueei uma sobrancelha. - Sua mãe ligou contando.

- Como as notícias correm... Tem o que pra comer, Peter?

- Nada. Só bolo. E pizza.

- De novo?

- Reclama não. Se não fosse por mim, nem isso teria. - April disse.

- Vou acampar na casa da Alice, então. Falou. Até mais. - Saí de casa escutando a risada do Peter.

(...)

- Surpresa! - Falei quando a Alice abriu a porta.

- Ahn... Oi. Por que não avisou que vinha?

- E perder a oportunidade de te pegar só de top e calcinha? Sem chance. - Ela riu e me puxou, fechando a porta, logo depois me beijou. - Trouxe comida japonesa. - Alice sorriu. Fomos até a cozinha. A casa dela era como se fosse um flat. Pequena, mas aconchegante.

- Marquei um jantar sábado na casa da minha mãe.

- Eu sei. Ela me ligou. - Franzi a testa.

- Ela não tem seu número.

- Ela pediu pra April.

- Ah... - Sentamos de frente pra bancada e começamos a comer.

- Vou chamar meu pai.

- Eu sei. - Ela não falou nada. - Que foi? Queria que fosse em outro lugar?

- Não. É que... Eu queria que minha mãe estivesse aqui. - Peguei na mão dela.

- Ela tá por perto, olhando você. Eu sei que você não acredita nessas coisas, mas... Dane-se. Eu acredito. - Ela soltou um riso discreto.

- Eu queria minha mãe no altar no dia do meu casamento. Do meu lado. Chorando e mandando você cuidar de mim direito. E não... Me "olhando". - Aproximei minha cadeira pra mais perto dela e a abracei, a fazendo ficar com a cabeça na curva do meu pescoço.

She Will Be Loved 2Onde histórias criam vida. Descubra agora