[Nome] fitava o espelho do banheiro com olhos incertos. O reflexo que a encarava parecia um estranho, alguém que ela nunca imaginou que se tornaria. A boate, um lugar que antes era sinônimo de risadas e sonhos compartilhados com amigos, agora era um lembrete constante das dívidas impagáveis e do vínculo indesejável com a gangue local.
Tudo começou de forma não tão inocente, com encontros casuais para trocar a quantia do dinheiro que era se obrigatório. Mas a cada noite que ela passava ao lado de Rindou, o gangster de presença marcante que trabalhava na boate, ela se afundava mais nas dívidas da boate e nas teias de sua influência. E agora, com a pressão aumentando, [Nome] se via obrigada a pagar a dívida não apenas com dinheiro, mas também com favores perigosos.
Ela respirou fundo, tentando encontrar força nas profundezas de seu ser. Era hora de enfrentar mais uma noite de incertezas e de fazer o que era necessário para manter a boate – e os sonhos de seus amigos – vivos.
Rindou a esperava do lado de fora do banheiro. Seus olhos frios e calculistas a observavam com uma intensidade que a deixava inquieta. Ele era um homem de poucas palavras, mas cada gesto seu transmitia uma ordem silenciosa, uma expectativa implacável.
"Está pronta?" ele perguntou, a voz baixa como um murmúrio. [Nome] apenas assentiu, sabendo que não tinha escolha.
A noite se desenrolava como um filme de suspense. A primeira tarefa parecia simples: entregar uma maleta a um homem em um bar do outro lado da cidade. Mas nada na vida de [Nome] era simples agora. Cada passo que dava parecia carregado de perigo, cada olhar que encontrava parecia saber o que ela estava fazendo.
O bar estava lotado, e [Nome] se sentiu engolida pela cacofonia de vozes e música alta. O homem que ela procurava estava sentado em um canto escuro, um cigarro pendurado nos lábios e uma expressão que ela não conseguia decifrar. Ele levantou os olhos quando ela se aproximou, e por um momento, o tempo pareceu parar.
"Rindou te mandou?" ele perguntou, apagando o cigarro com um gesto lento.
[Nome] entregou a maleta sem dizer uma palavra. Seu coração batia descompassado, e ela se sentia como uma peça em um jogo que não compreendia. O homem pegou a maleta e a abriu, inspecionando o conteúdo com cuidado antes de dar um sorriso satisfeito.
"Você fez bem, garota," ele disse, fechando a maleta. "Mas isso é apenas o começo."
As palavras dele ecoaram na mente de [Nome] enquanto ela deixava o bar, sentindo o peso da noite em seus ombros. A promessa de mais favores, mais tarefas, pairava no ar, e ela sabia que a estrada à frente seria longa e cheia de perigos.
Quando voltou à boate, Rindou estava esperando por ela. Havia um brilho estranho em seus olhos, algo que misturava orgulho e uma pitada de preocupação.
"Você fez um bom trabalho, [Nome]," ele disse, colocando uma mão no ombro dela. "Mas lembre-se, você está jogando em um campo minado agora. Um passo em falso e tudo pode explodir."
Ela apenas assentiu, sentindo o peso de suas palavras. A boate era tudo o que ela e seus amigos tinham, e ela estava disposta a fazer o que fosse necessário para protegê-la. Mas a cada noite que passava, [Nome] se perguntava até onde teria que ir para pagar essa dívida – e se sairia ilesa dessa jornada sombria.
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Porta dos fundos, Rindou X Leitora.
AdventureOnde, [Nome], conhece Rindou Haitani em uma festa em que ele era DJ e Gangster, quando eles começaram a frequentar várias festas e reuniões descobrindo os seus lados não tão profissionais e secretos como deveriam ser. Livro da minha autoria, todos o...