Porta dos fundos, Rindou X Leitora.

1 - Tokyo City.

Os batimentos eletrônicos ressoavam no local de festa e moviam o corpo de pessoas embriagadas ou não, quadris se remexendo e nádegas roçando em partes íntimas de homens aleatórios era o que mais havia no local.

BOATE, Tokyo City 78. 📌

- Pensou bem sobre isso? vai deixar assim o cargo? - O garoto de cabelos laranjas comentou, quebrando minha onda de pensamentos.

- Não pensei, mas estou com a agenda tão lotada, Nahoya.. O Souya poderia cobrir pra mim o período da noite, não? você sabe, tenho assuntos sérios para resolver, eu te ajudei a pagar por está boate mas não está sendo tão simples pagar, é claro que, está dando bastante dinheiro a boate mas não tanto para cobrir minha dívida de quinhentos mil! terei que agora deixar a boate em meio período e.. você sabe, fazer alguns arranjos tipo.. - eu olho para o teto e continuo secando o copo de Soju. - Tipo brigar por dinheiro, fazíamos isso antes, lembra? eu ainda devo amassar.

Nahoya dá uma risada intensa e eu olho com confusão e raiva para ele.

- [Nome], a quanto tempo você não dá um soco em alguem?

- Seis horas, fui atender a mulher e simplesmente a meti um soco, o que você acha? Eu sangrei o nariz dela.

Nahoya para de rir, preocupado.

- E se ela colocar a gente na justiça? Espero que esteja brincando, [Nome].

- Há! Te peguei! Eu não meti o soco em ninguém, ainda, mas cê pode esperar, tá? Jajá eu vou arrumar briga. - Eu falo com um sorriso convencido, logo sendo apagado por Nahoya rindo novamente.

O que também é interrompido pela nova batida calma mas violenta pelo novo DJ colocado, eu olho diretamente para o DJ, ele tinha cabelos roxos e mechas mais escuras e uma tatuagem, a tatuagem eu nem liguei muito, apenas foquei em seu rosto parecido ser esculpido por Deuses da Grécia, e, mesmo tendo um trabalho áspero ele se vestia como se tivesse acabado de sair de uma reunião de gangue, eu dei risada com o pensamento e voltei a servir os outros clientes, ainda olhando para o DJ.

- Você que contratou ele, Nahoya?

- Eu? Ah, sim, porque?

- Hm.. Entendi.. Você sabe o nome dele?

- Chamam ele de RinRin.

- Ah.. RinRin? parece apelido de criança, Hoya.

- Pois é! mas fazer o que, ninguém conta o 'verdeiro' nome dele e muito menos ele, tente a sorte, [Nome], tente a sorte.

Eu descanso meus dedos no balcão, apoiando com a outra mão o cotovelo no mesmo local, enquanto minha cabeça se apoiava na mão, eu inclinei um pouco a cabeça, vendo ele tocar. Eu involuntariamente batuco os dedos no ritmo do batuque eletrônico, eu sou interrompida do meu transe romântico por um cliente do bar pedindo Vodka, eu coloco em um copo de bebida e decoro o copo de vidro, eu respiro fundo e quando entrego vejo apenas um vislumbre do DJ saindo do palco e o meu horário de ser balconista acabando, eu comemoro em silêncio e vou até o camarim, batendo na porta do camarim escrito "DJ", eu não ouço a porta sendo aberta, apenas um resmungo atrás de mim, era o DJ, eu arregalo os olhos e dou um mínimo sorriso.

- Olá! Eu sou a [Nome].

- Ah.. Você me parece alguém, você pode dar licença? tá na frente da porta do meu camarim. - Ele aponta para a porta, como se eu não soubesse, eu franzo a testa e xingo internamente ele, eu dou espaço para ele.

- Desculpa!

- Tá. - Ele entra no camarim dele e bate a porta, eu fecho a cara e bato na parede, deslizando meu corpo contra ela.

Eu me levanto rapidamente e vou para trás da boate, indo para onde tinha minha roupa normal, eu coloco, ouvindo um som de água caindo no chão, provavelmente chuva.. Como sempre saindo do trabalho na chuva enquanto os outros curtiam e ganhavam bebidas de outros caras com o próximo barista, eu abro a porta de saída para funcionários e coloco minha mão primeiro para ver se estava chovendo, não estava chovendo, eu passo pela porta e fecho cuidadosamente a porta da saída, depois caminhando e olhando para o chão, chutando as folhas caidas no chão e resmungando enquanto passava por um parque que tinha um pequeno riacho, eu jogo uma moeda ali, desejando pagar a minha dívida, depois de alguns segundos achando uma nota de cem na rua, eu pego e levanto uma sombrancelha, andando para trás, voltando para a cachoeira e desejando a mesma coisa depois batendo os pés e voltando a caminhar, atenta ao chão, até chegar em casa e não achar mais nada, quando chego em casa eu coloco as chaves no balcão e tiro os sapatos, os colocando na entrada e indo diretamente ao banheiro, quando meu celular apita com uma mensagem.

Agiota - 500Mil.

Garota, já sei como você deve me pagar.
²¹'⁰⁵
É boa com armas?
²¹'⁰⁶ Lido.