1482 palavras, tome! 🪼
Os dias seguintes passaram como um borrão para [Nome]. Cada vez mais imersa nas atividades da gangue, ela sentia a linha entre certo e errado se desvanecer. A boate, outrora um santuário de risos e liberdade, agora parecia uma prisão dourada, amarrando-a a um mundo de sombras e segredos.
Rindou continuava a observá-la de perto, avaliando cada movimento com olhos calculistas. Ele era como um maestro silencioso, guiando [Nome] através do caos com precisão e frieza. Embora ele fosse seu guia nesse novo mundo, a presença dele também era um lembrete constante de sua própria vulnerabilidade.
Numa tarde chuvosa, [Nome] recebeu um novo chamado. Ela estava na boate, limpando os copos atrás do bar, quando o telefone tocou. A voz rouca e fria de Rodrigo soou do outro lado da linha, convocando-a para uma reunião urgente.
"Hoje à noite. Rua dos Pinheiros, número 245. Vista-se de forma discreta e esteja lá às 22h," ele instruiu. Sem dar espaço para perguntas, ele desligou.
[Nome] olhou para o relógio. Faltavam apenas algumas horas. Com um suspiro profundo, ela largou o pano e se dirigiu para casa, onde rapidamente trocou suas roupas habituais por algo mais simples e sombrio. O coração acelerado, ela deixou o apartamento e caminhou pelas ruas escuras, sentindo o frio da noite se infiltrando em seus ossos.
Ao chegar ao local indicado, um prédio abandonado na periferia da cidade, ela hesitou por um momento antes de entrar. O interior era escuro e úmido, com paredes cobertas de grafites e janelas quebradas que deixavam a chuva entrar. Rindou a esperava no fundo de um corredor, com um pequeno grupo de homens que ela não reconhecia.
"[Nome]," ele começou, com um tom sério, "hoje você vai precisar provar sua lealdade."
Ela sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Rindou entregou-lhe um envelope pardo. "Dentro dele há informações que precisam ser entregues a uma pessoa específica. Ele estará esperando em um armazém no porto. Esta é uma tarefa delicada. Não deve cair em mãos erradas."
[Nome] segurou o envelope com mãos trêmulas. Ela sabia que esse tipo de entrega era arriscado, e qualquer erro poderia ser fatal. Mas a dívida pesava em seus ombros, e ela não tinha escolha a não ser seguir em frente.
Rindou a acompanhou até a saída, suas palavras soando como um aviso sombrio. "Lembre-se, [Nome], o menor deslize e você pode perder tudo. Inclusive a sua vida."
Com essas palavras ecoando em sua mente, ela se dirigiu ao porto. A noite estava densa, e o som das ondas batendo contra o cais parecia amplificar sua ansiedade. Quando chegou ao armazém, foi recebida por um homem alto, de expressão sombria. Ele estava parado à entrada, como um guardião de um segredo obscuro.
"Você trouxe?" ele perguntou, sem rodeios.
[Nome] entregou o envelope, seu coração batendo freneticamente. O homem inspecionou o conteúdo brevemente antes de acenar com a cabeça.
"Bom trabalho," ele disse, sem levantar os olhos. "Diga a Rindou que a entrega foi concluída."
[Nome] assentiu e se virou para sair, sentindo um misto de alívio e terror. Cada passo que dava parecia mais pesado do que o anterior, como se a sombra do perigo a seguisse a cada movimento.
Quando finalmente chegou de volta à boate, Rindou estava esperando. Ele a observou por um longo momento antes de dar um leve sorriso.
"Você conseguiu," ele disse, seu tom quase admirado. "Mas lembre-se, [Nome], este é apenas o começo. Haverá mais. Sempre há mais."
Ela acenou com a cabeça, exausta. Sabia que não podia escapar desse ciclo de obrigações e perigos, mas também sabia que cada tarefa concluída era um passo mais perto de salvar a boate. E talvez, apenas talvez, encontrar uma maneira de sair desse labirinto sombrio com a alma intacta.
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Porta dos fundos, Rindou X Leitora.
AdventureOnde, [Nome], conhece Rindou Haitani em uma festa em que ele era DJ e Gangster, quando eles começaram a frequentar várias festas e reuniões descobrindo os seus lados não tão profissionais e secretos como deveriam ser. Livro da minha autoria, todos o...