09. ➳ pretense in this encounter

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Primeira pessoa: Miko𖥻 ぃ ˑ ִ

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Primeira pessoa: Miko
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Que dor de cabeça. Meus olhos ardiam pelas lágrimas que caiam sem parar e o tecido da cama estava completamente molhado, meu cabelo bagunçado e fios de cabelo grudados em minha testa. Minhas mãos trêmulas e os soluços me dominavam enquanto deitada na cama.

Um sentimento de culpa e dor estava presa dentro de mim. Um nó na minha garganta que antes não me deixava falar, agora não me deixa respirar. A única coisa que me consolava naquele momento, era Namea que estava deitada completamente adormecida ao meu lado. Passei realmente a noite de sábado assim.

São vulgo 2 da manhã e acho que seria melhor eu dar uma caminhada pela minha casa, já que neste horário é muito perigoso andar sozinha. Desci as escadas do meu apartamento e minhas pernas estavam enfraquecidas por conta da maldita culpa. De vez enquanto quando eu andava pela casa, especificamente cozinha e sala de estar, eu me apoiava ou na parede, ou em qualquer objeto seguro de me apoiar.

O que era para ser só algo para eu me acalmar, foi quase como uma tortura. Enquanto andava pelos cômodos lembrava dos momentos que tive com ele. Momentos nossos quando ainda éramos crianças inocentes, momentos nossos ainda no ensino médio, e até mesmo do nosso companheirismo no trabalho.

Xiao não era apenas um amigo, era como um irmão, um pedaço de mim.

Quanto mais tempo eu caminhava pela casa, meus pensamentos se aprofundavam ainda mais. Será que eu podia evitar tudo isso? Eu poderia ter feito algo para ajudar? Se eles não tivessem prendido Hu Tao? Eu poderia ter matado ela antes de tudo... Pensamentos desse tipo passavam pela minha cabeça, cada dúvida que passava pela minha cabeça era um aperto que eu sentia no meu peito.

Cada pisada que eu dava era uma dor surgindo. Odeio sentir isso novamente, que sentimento mais merda, eu havia prometido a mim mesma que nunca mais perderia alguém, não desta forma... Eu me sinto realmente tão incapaz. Por que eu não estava no lugar dele?

Tentando me acalmar, fui até a cozinha tomar um chá, tomei o meu chá de conforto, o chá de Gyokuro. Gosto muito desse chá, era o mesmo chá que minha avó já falecida fazia para mim. O sabor delicado e doce com um leve amargor era reconfortante e nostálgico.

Mas nem aquele chá que me lembrava da vovó me confortava, nem mesmo um pouco. Em que momento fiquei tão emotiva? Sou uma pessoa forte, não era para eu ser uma pessoa forte? Pensar nisso é besteira, ele já acordará... Ele não pereceu, ele só está desacordado.

Tudo acabará logo.

(...)

Já era de manhã, ou seja, só se passaram 6 horas, mas parece que se passaram 6 séculos. Eu não consegui dormir nem meia hora completa, no máximo 15 minutos, mas eu sempre acordava por algum sonho ou memória minha com Xiao e eu acordava chorando. Minha gatinha, Namea que não era fã de dormir, dormiu muito mais do que eu.

Eu amo você?  - eimikoOnde histórias criam vida. Descubra agora