Solo Fértil (Romance Gay)

Capítulo 1 - Vizinhos

🔞Aviso: este capítulo contém cenas de nudez explícita e linguagem sexual.

- "Boa tarde, meu nome é Francisco, mas todo mundo por aqui me chama de Chico. Você deve ser meu novo vizinho, não é?"

Francisco, ou melhor, Chico, era um homem sinônimo da palavra másculo, ele que atiçava os pensamentos mais impuros de todas as mulheres da pequena São Junaí. O físico exuberante e musculoso era fruto de uma jornada de trabalho na fazenda, coisa que ele adorava fazer por ser um amante da natureza e da vida rural. Os braços definidos naquela camisa xadrez vermelha de botões, juntamente com as calças jeans que só realçavam as pernas torneadas do homem à frente de Simon não estavam ajudando o menor a formular uma frase decente para responder o questionamento do maior.

- "Acho que sou sim, meu nome Simon, a propósito. Terminei de me mudar hoje mais cedo. Você mora por aqui perto?" - Simon finalmente soltou algumas palavras para Chico.

- "Moro na propriedade dos Braga, fica bem ao lado da sua. Inclusive, fiquei sabendo que teríamos um novo vizinho algumas semanas atrás quando alguns caras vieram aqui pra fazer uma reforma, se não me engano." - Francisco falava calmamente, observando Simon de cima a baixo.

- "Entendo, contratei algumas pessoas pra fazerem uns reparos na casa antes de me mudar pra cá. Espero não ter incomodado você e nenhum outro vizinho. " - Simon disse quase num pedido de perdão, não queria ter problemas com os novos vizinhos, muito menos com um fortão que podia partir ele em dois facilmente.

- "Não precisa se preocupar, só achei estranho toda a movimentação de repente. Mas, mudando de assunto, você era parente da Dona Luzia? Fiquei sabendo da morte dela a alguns meses." - Chico perguntou e Simon já havia percebido que o grandão era um belo de um fofoqueiro, assim como ele próprio.

- "Sou neto dela, herdei essa propriedade depois que ela morreu e resolvi me mudar da cidade grande até aqui. Você conhecia ela?" - Simon queria muito saber mais sobre a reputação da falecida avó na cidade.

- "Meus pêsames por sua perda. Eu já conversei algumas vezes com a Dona Luzia, principalmente antes dela se mudar, até cuidava da fazendinha dela enquanto ela estava na metrópole. Ela era bem conhecida aqui em São Junaí pra falar a verdade, lembro dela comentar sobre a filha e o neto bonito que moram na cidade grande, agora finalmente conheci o tão falado neto." - Simon corou levemente com a fala do sujeito, que se divertiu internamente com a reação do menor ao comentário.

- "Muito obrigado por ter ajudado ela, significa muito pra mim. Mas, enfim, por que você não entra pra beber ou comer alguma coisa enquanto a gente conversa mais?" - A costumeira hospitalidade e a curiosidade pelo homem irresistível que Simon possuía o fizeram perguntar tal coisa para o maior.

- "Agradeço muito, mas já está quase anoitecendo e você deve estar cansado de toda a mudança. Se você quiser, amanhã não tenho muito o que fazer, então eu poderia vir aqui pela manhã para conversarmos mais." - A oferta do rapaz de cabelos pretos e uma barba por fazer tinha obviamente despertado o interesse de Simon.

- "Eu adoraria, pode vir que estarei te esperando. Também, estou precisando de umas dicas sobre a vida por aqui." - O loiro prontamente respondeu.

Os dois se despediram e Simon observou por alguns segundos Francisco caminhar de volta para casa. Finalmente, fechou com dificuldade o portão ridiculamente pesado e com traços de ferrugem para depois seguir até o interior da aconchegante casa. O ex-garotinho da cidade continuou o preparo da refeição que anteriormente havia pensado em fazer, já planejando assistir algo na televisão e depois ter o tão merecido descanso após um dia inteiro de correria.

Simon se levantou bem cedo no dia seguinte, o som dos galos e a leve luz do sol da manhã acordaram o rapaz. Ele tomou um belo banho para refrescar e resolveu fazer um café preto com alguns pães que tinha para comer. A ansiedade do loiro era palpável, ele queria tanto ver aquele homem de novo que cogitou ir até à casa dele em plenas oito da manhã.