Solo Fértil (Romance Gay)

Capítulo 2 - Telepatia

🔞Aviso: este capítulo contém cenas com linguagem sexual e nudez explícita.

Mais um dia se inicia na pacata cidade de São Junaí. Os galos começam os rotineiros cacarejos matutinos e o sol lança os primeiros raios nas vastas colinas que permeiam a região. O pequeno Simon se levanta às 7:30 graças ao despertador que colocara na noite anterior. Com muita relutância, ele decide levantar e tomar uma bela ducha para aliviar a tensão que seu corpo tinha, dado o sonho inoportuno que o atormentou na madrugada. O jovem aprendiz de fazendeiro aproveita que tinha duas horas para chegar até o local da entrevista e resolve se arrumar um pouco. Afinal, ele queria causar uma boa primeira impressão na sua possível nova chefe.

Optou por usar vestimentas mais formais, visto que a esposa de Francisco era de uma renomada e abastada família da região. Calças de alfaiataria azul escura, uma blusa de botões branca e sapatos simples pretos seriam sua aposta para parecer minimamente apresentável. Tratou de tomar um café da manhã reforçado, pois, era fato que o garoto não era muito fã de acordar cedo. Passou alguns minutos procurando seus documentos, o currículo que tinha guardado há certo tempo e o diploma para comprovar que era capacitado para a vaga. Após garantir que tudo estava em perfeito estado, desde da sua aparência até o hálito, Simon apanhou o celular da cabeceira de sua cômoda e checou para se certificar de que ninguém o contactou ou mandou mensagens. A tela do aparelho mostrava que seus amigos e Danilo, o rapaz que conheceu no supermercado, enviaram algumas linhas para o loiro.

Desbloqueou o dispositivo e respondeu seus amigos, que perguntavam sobre o estado de Simon e como ia à vida na nova casa. Logo depois, viu que Danilo mandou um "Bom dia" junto da pergunta sobre os planos do jovem para o final de semana. O rapaz de olhos azuis o respondeu com outro "Bom dia" seguido da resposta, obviamente negativa, dos possíveis planos para tais dias. Guardou o aparelho no bolso e seguiu para fora de casa, em direção a fazenda dos Braga.

Assim que chegou em frente ao portão da residência, bateu quatro vezes e esperou até receber alguma resposta. Poucos segundos depois, o barulho da abertura da entrada anunciou a visão que Simon temia encontrar naquela manhã: Francisco. O loiro lançou um rápido e involuntário olhar de cima a baixo no maior, esperando que este não tenha percebido. Chico usava uma camisa verde com alguns detalhes em preto e uma bermuda fina e folgada de cor cinza que não parecia indicar ter uma cueca por baixo.

— "Bom dia, Simon. Entre, Michele já está te esperando lá dentro." — O homem de cabelos pretos falou e logo em seguida deu passagem para que Simon seguisse até o local da entrevista.

— "Bom dia, Francisco. Muito obrigado pela indicação, viu?" — O rapaz esguio se locomoveu para o interior da propriedade dos Braga, enquanto fazia o agradecimento pelo favor que o mais velho fizera.

Os dois seguiram para dentro da majestosa casa que residia na frente dos olhos do loiro. Logo adentraram o local por uma porta de madeira maciça totalmente ornamentada com padrões luxuosos. De fato, todo o imóvel tinha um ar de luxo e sofisticação com toques de ruralidade. Várias decorações de madeira e porcelana enfeitavam o ambiente que era verdadeiramente bem pensado na arquitetura. Um lustre de cristal perfeitamente limpo no centro do teto da sala de jantar parecia criar uma atmosfera clássica e etérea para o cômodo. Os móveis impecavelmente lustrados e com acabamentos milimétricos só faziam Simon pensar em quanto dinheiro aquelas pessoas possuíam.

Após alguns passos pela casa, guiados por Francisco, os dois homens chegam no que parece ser uma pequena sala de reuniões. A esposa do maior, Michele, está sentada na poltrona posicionada no canto direito do recinto tomando uma xícara de chá numa porcelana de aparência caríssima. As roupas de grife que a senhora usava, junto de um colar de pérolas e joias brilhantes, mostravam a elegância e imponência da mulher. Ela nota a aparição dos rapazes e larga a xícara no pires para se levantar e ir de encontro a eles.