capítulo 3

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Os raios de sol já iluminava toda aquela terra. Anunciava a vinda de mais um dia.

Shinobu se trancou em seu escritório, queria ficar ali para sempre, ou só até o Tomioka desistir de falar com ela e ir embora. O que ela achava difícil de acontecer já que o rapaz era muito teimoso.

Estava em sua mesa e encarava os frascos de veneno. Não poderia continuar tomando, isso com certeza afetaria o bebê. Uma coisa era ela arriscar a própria vida para se vingar, outra coisa era arriscar a vida de outra pessoa. Ainda mais de alguém que nem chegou a vir ao mundo ainda !

Se ele estava ali foi por irresponsabilidade de seus pais. Shinobu não descontaria sua frustração encima de um inocente. Não, nunca faria isso.

- Me perdoe Nee-san, acho que não vou conseguir cumprir a minha promessa - disse enquanto olhava para uma flor que estava encima de sua mesa, junto aos frascos.

Batidas na porta foram ouvidas. Aqueles toc's anunciavam que o Tisunami estava chegando. Ela sabia que não seria uma conversa agradável.

- Sra Kocho - a voz era de uma das meninas - o Sr Tomioka esta aqui para falar com você.

O desespero estava tomando conta do corpo da mulher. Ela respirou e suspirou diversas vezes. Pediu coragem para conseguir falar o que queria.

- Só um instante - ela gritou lá de dentro.

As meninas deixaram Giyu de frente para porta, aguardando. O Hashira da água estava sentindo um frio na barriga, uma coisa que não costumava sentir. Algo nele dizia que aquela conversa iria mudar muita coisa na em sua vida . Respirou fundo e soltou o ar buscando se acalmar.

Ele sempre fora comparado com águas calmas. Mas agora elas estavam agitadas e as ondas seriam capazes de engolir uma cidade inteira que estivesse a frente.

A demora da mulher só agravou seu estado. " por que ela está demorando tanto?" se perguntou. O rapaz suava frio.

Do outro lado a jovem borboleta tinha a mão sobre a porta. Elas estavam trêmulas e frias. Arrumava coragem para abrir, arrumava coragem para falar. Seu pobre coração parecia querer sair pela boca.

Suspirou- eu tenho que fazer isso - disse determinada.

Abriu a porta. Agora os dois estavam cara a cara. Não se cumprimentaram de início, seus olhos ficaram presos um no outro. Parecia que o tempo parou.

Giyu encarava a mulher a sua frente, sentiu a aflição dela, e ela com certeza sentiu a inquietação dele.

- Bom dia Tomioka-san- ela disse abrindo um sorriso, que não se manteve por muito tempo. Deu espaço para o rapaz entrar e ele o fez

- Bom dia - o moreno falou adentrando o cômodo - achei que não iria me deixar entrar

A morena não respondeu. Trancou a porta e voltou sua atenção ao rapaz. Ela não sabia como iniciar esse diálogo, e ele muito menos.

- Não sei bem o que dizer agora - o maior revelou um pouco constrangido.

- Tudo bem... - a a menor respondeu.

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