O dia inteiro, Carlos e Diego passaram de escritório a escritório falando com vários homens que pareciam ser muito importantes para Carlos e aqui estavam eles conversando com o sócio dele.
Pelo tamanho da casa daquele desgraçado, Diego percebeu que era rico e tinha muito dinheiro, algo que ele não podia oferecer a Carlos.
— Foi um prazer fazer negócios com você, Torres — Diego tinha a cara trancada enquanto observava Carlos conversar com Rogério, o seu sócio.
O capataz sabia que era só uma questão de negócios mas não pode ignorar o olhar faminto que Rogério não fazia questão de esconder e Carlos fingia demência.
— Que isso, Rogério. Além de sócios, nós somos amigos — Carlos respondeu com um sorriso enorme, totalmente alheio ao homem fumegando de ciúmes que estava sentado ao seu lado.
Rogério levantou-se sem dar a mínima importância a presença de Diego, passou sorrateiramente a mão pela cintura de Carlos que não o afastou propositadamente.
O mais sentiu o seu sangue ferver em puro ciúme mas não podia se exaltar ou mesmo agir pois sentia que não tinha o direito.
— Gostaria de ter uma conversa particular com você — Carlos mostrou um sorriso fraco enquanto levava a mão para o queixo barbudo de Rogério, os seus olhos negros brilharam.
O mais velho queria provocar Diego até o seu extremo e pela sua faceta enrugada sabia que estava resultando por isso continuou mesmo sentindo repulsa por seu sócio.
— Eu adoraria mas tenho que voltar a fazenda — Respondeu ficando em pé ao perceber que Diego não agiria mas a trovoada alta que ressoou o fez quase revirar os olhos.
— Tem dois quartos lá em cima. Podem passar a noite aqui — Ofereceu Rogério quando a chuva começou a cair.
— Eu… nós ficamos, obrigado — Diego respondeu quando antes que Carlos recusasse. O homem negro sentiu um arrepio percorrer a sua pele quando o maior lançou um olhar firme para ele.
— Vou mandar prepararem os quatros — Rogério disse deixando o casal no enorme sofá da sala. Os olhos de Diego seguiram o homem até ele desaparecer.
Carlos tomou um susto quando sentiu o braço forte envolvendo a sua cintura puxando para o seu colo.
O homem negro tentou empurrar Diego pelo seu peito mas ele não se moveu um centímetro, pelo contrário aumentou o aperto na sua cintura o colando junto do seu corpo.
— O que estás… ah! — Diego atacou o pescoço do menor que engoliu o gemido que iria sair da sua boca. O mais novo deslizou as suas mãos ásperas pela bunda de Carlos onde desferiu um tapa com toda a força antes de aperta-la.
— Você tem dez minutos para tomar um banho e quero que me espere de joelhos na cama, sem roupa nenhuma, entendeu? — Carlos mordeu o lábio inferior se recusando a responder ao comando de Diego que levou a mão até o seu queixo o forçando a encara-lo.
— Entendeu? — A sua voz saiu baixa mas poderosa o suficiente para causar excitação em seu chefe que ofegava tentar ignorar o efeito que Diego tinha sobre ele.
— Sim — Diego o soltou quando percebeu que Rogério estava voltando. Carlos apertou as pernas num tentativa falha de esconder o seu membro ficando duro.
Num silêncio agonizante, Diego adentrou o quarto que haviam dado para si, a primeira coisa que fez foi tomar um banho bem caprichado.
Saiu do seu quarto apenas usando um roupão, impaciente para colocar uma cueca e iria tirá-la eventualmente então porque se dar ao trabalho.
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Translúcido
RomanceNa imponente fazenda da família Torres, Carlos é a personificação do sucesso: rico, másculo e com uma alma indomável. No entanto, por trás da fachada implacável, ele guarda um segredo profundo: o desejo de ser amado por outro homem, apesar de seu or...