𝗜𝗠𝗣𝗥𝗜𝗡𝗧𝗜𝗡𝗚

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🚫 ALERTA DE CONTEÚDO SENSÍVEL ( PUTARIA BAIXO NÍVEL ), SE NÃO CURTE, NÃO DEVIA TER SEQUER COMEÇADO A FANFIC.

𓏲 ׁ ְ🦇 Kim ׁ ❁̷ ׁ ꫶↱

Anos atrás, meu irmão mais velho mordeu alguns humanos para fazê-los seus subordinados, mas o tiro saiu pela culatra e os malditos recém-criados fugiram. Se eu não fosse atrás deles e impedisse que machucassem algum humano, meu irmão seria condenado à morte e jogado na fogueira por seu descuido. Nós, vampiros, não somos monstros irracionais como alguns dizem; pelo contrário, temos um sistema de leis que funciona melhor que as leis humanas que regem esse mundo. Nós as seguimos rigidamente.

Consegui capturar a maior parte dos recém-criados, mas um deu mais trabalho que os outros. O vampiro tentou atacar duas crianças que estavam perambulando pelo parque, sendo uma delas um bebê; o que eles faziam sozinhos ali, eu realmente não me interessei em saber. A criatura estava prestes a morder o pequeno humano, e, usando minhas habilidades, consegui proteger o bebê e matar o monstro. Até hoje, não consigo dizer claramente o que senti quando aqueles olhinhos inocentes me fitaram; o garotinho não estava com medo de mim, pelo contrário, parecia confortável em meus braços. Antes que aquilo ficasse mais estranho do que já era, entreguei o bebê à criança maior e fui embora.

Anos depois, encontrei novamente aquele par de olhos inocentes; só que ele estava diferente, parecia arruinado pela vida. Quando provei do sangue daquele garoto, senti algo que os mais antigos vampiros chamam de imprinting. O humano desprezível que estava prestes a se tornar meu jantar, na verdade, é minha alma gêmea. Por alguns segundos, eu vi tudo: uma vida, uma eternidade inteira juntos. E não adiantaria negar, aquele garoto é meu tanto quanto sou dele. Mesmo assim, eu quis deixá-lo lá e fingir que nada disso tinha acontecido; mas, é claro, nossa ligação jamais permitiria isso. Eu só pude andar por alguns quilômetros até que a necessidade de vê-lo tornou-se insuportável. Eu o tirei daquele beco escuro e o levei comigo para casa. Tratei de suas feridas, o alimentei e banhei.

Quando ele acordou, senti um alívio que jamais pensei que sentiria pelo coração de um humano continuar batendo. Claro, não era um humano qualquer, mas o meu humano, o meu humano que um dia irá implorar para que o morda e o transforme na criatura que passará a eternidade comigo.

Ao pedir a Big que o levasse para casa, eu não estava o dispensando como ele provavelmente pensava; eu queria protegê-lo. Mantê-lo na mansão era perigoso. Desde que meu irmão idiota veio a falecer e Tankhun retirou sua bunda do jogo, restou apenas eu para assumir todo o clã. Não quero esse posto, mas não posso ir contra o meu pai. Foi ele quem me criou e somente ele tem o poder de me matar.

Reconheço que fui estúpido ao mandá-lo sozinho com Big. Vegas está sempre à espreita, querendo o lugar que acha ser seu. É claro que ele não perderia a chance diante de uma possível fraqueza minha. Felizmente, consegui recuperar meu cordeirinho sem maiores problemas. Eu só precisei garantir que iria ajudá-lo a ocupar o lugar de herdeiro do clã. Dei minha palavra ao meu primo e pretendo cumpri-la. Vegas é um líder nato; ele saberá governar. Nós dois juntos podemos convencer meu maldito pai a apoiá-lo. Mas isso tudo é assunto para resolver em outra ocasião; neste momento, minha prioridade é cuidar do meu cordeirinho. Ele esteve à beira da morte depois que aquele recém-criado sugou boa parte do seu sangue. Depois de algumas bolsas de sangue e da ajuda de um curandeiro da região, consegui salvá-lo. Porchay está bem, e eu darei minha vida para garantir que seja assim para todo o sempre. Ele estará ao meu lado, o seu lugar de direito, e eu tentarei me adaptar à minha nova realidade. Séculos sozinho endureceram meu coração, mas Porchay, com seus olhos de bambi, lábios cheios e sangue delicioso, está mudando pouco a pouco isso.