Maybe in love

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Acordo com a luz do sol em meu rosto.
Um grunhido sai de minha boca.
Olho ao redor e percebo que não estou no meu quarto de hotel.

Uma cama estranha, em um quarto estranho, numa casa estranha.
Claramente não é um hotel, deve ser de alguém rico, pois o quarto é bem organizado e, aparentemente, chique.

Já que há algumas decorações com aparência de bastante caro. Um relógio na parede com formato de asas.
Na verdade, o quarto todo tem bastante coisas com formato de asas.

Parando para pensar, quem é o dono desse lugar?

Só lembro de beber muito e de alguém me colocando em um carro.
Seria improvável que eu fosse sequestrado, não é?

De repete a porta se abre, revelando.. Castiel?

O que faço na casa dele?

— Bom dia, Ben. Dormiu bem?—

Ele carregava uma bandeja com algumas comidas.
Suco, pão e etc.

— Trouxe café da manhã. Mas antes, aquele porta ali é o banheiro.— diz apontando para uma porta do lado esquerdo do quarto.
Aceno e vou até lá, adentrando, vejo que é comum.

Um banheiro simples e arrumado.
Tem cheiro de mel, na verdade o cômodo todo cheira a mel.
Faço minhas higienes e me retiro.
Saindo do local, a bandeja de café da manhã está em cima da cama.
Castiel não está mais no quarto.

Me sento e começo a comer, pensando em como vim parar aqui. Alguns flashbacks se passam em minha cabeça.

Lembro-me de está bebendo, dançado e depois mais nada.
Ele não sabe onde moro, então provavelmente, me trouxe para sua casa.
Acho que compreendi.

Olhando o quarto, vejo uns retratos dele com uma mulher, uma bela mulher.

Cabelos negros, pele clara, e usava um short, aparentemente de tecido mole junto a parte de cima de um biquíni.
E ele, usava apenas um short.
Estava sorrindo.

Pareciam felizes.

E do lado do retrato, tinha uma pequena caixa transparente, com um anel brilhoso dentro.
Na caixa estava escrito uma frase numa língua estranha, talvez fosse francês.

Si les mots pouvaient décrire mon amour pour toi, je n'arrêterais jamais de parler.

Deve ser algo sentimental.

Ele aparece na porta.

— Oi, desculpe o atraso. Estava distraído e acabei não lembrando de você.— Ele ri.

— Ah, oi. Não tem problema, obrigada por me trazer para sua casa mas já estou indo. —

Me levantando, digo.

— Ah, fique mais um pouco, só mais um pouco e é hora do almoço. Almoce comigo.—

Como poderia recusar?

— Tá bem, se prometer me levar para casa. — Ele acena.

Então eu fiquei, passamos a tarde falando sobre coisas fúteis.
Jogando jogos de tabuleiro e alguns na televisão.
Quando fomos comer, ele fez uma lasanha, deliciosa.

Ele cozinha muito bem, provavelmente herdou o dom.
Queria saber mais sobre Castiel.

— Então, Castiel, me fale mais sobre você.—

— Uh, meu nome é Castiel Novak, moro aqui desde sempre e adoro azul. Agora, fale você —

— Me chamo Benjamin, tenho trinta e nove anos e acabei de chegar no Kansas —

Sem dizer muita coisa, ele assente.
Mas ele não disse a idade dele.

— Você não me disse sua idade — ele parece paralisar.

— Uh, eu tenho quarenta, quarenta —

— Quarenta de pura beleza. —

—Obrigado —

Depois de um tempo, conversamos mais.
Mas já estava tarde, teria que voltar para casa.

— Cas, é tarde, tenho que voltar. —

Arqueando as sobrancelhas e semicerrando os olhos, ele diz

— Cas? —

— Você não gosta? Tudo bem eu posso- —

— Não, eu gostei. Vamos? — ele pega a chave do carro.

Ele me leva até o hotel, conversando o caminho inteiro. Ouvindo algumas músicas, ele tem bom gosto.

— Chegamos. Está entregue. —

— Obrigado, Cas. Gostei de sua companhia. —

— Eu também, Ben. —

Aquelas bonitas safiras me encaram, como se vissem meu passado e meus pecados, sinto-me queimar.
Seu olhar é profundo como os oceanos.

— Éeer, bem, até mais, Cas. —

— Até, Ben.—

Saiu do carro quase corro para o hotel, olho para trás e ele já se foi. Tão rápido.

Entro e me movo lentamente, cansado até o banheiro. Onde retiro minhas roupas e entro ao chuveiro.
A água morna descia pelo meu corpo gelado. Me fazendo arrepiar.

Quando saio, caio na cama como um baque, lembro-me da cama macia de Cas. Do jeito que me tratou.

Ele é um baita de um cavalheiro, tão educado. Tenho certeza que estou criando sentimentos por ele, mas não posso fazer isso se ele não pode corresponder.

Sinto que estou quase desmaiando de sono, então me deixo ser levado ao reino dos sonhos.


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A história vai devagar mas caminha, sendo sincera, eu curto histórias curtas.
Ou seja, talvez essa seja pequena.
Mas se quiserem, pode ser mais longa.

Vai depender de vocês.

Obrigado por lerem, beijos 💋

𝙋𝙀𝙍𝘿𝙄𝙏𝙄𝙊𝙉 | 𝘴𝘰𝘭𝘥𝘪𝘦𝘳𝘤𝘢𝘴𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora