Raquel! pt 1/2

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Martina:
Horas depois...
A tortura finalmente terminou. Meus pais, depois de fazerem umas séries de perguntas constrangedoras para o Ani, que me fizeram não saber onde enfiar a minha cara, seguiram o caminho deles e foram para o Uruguai, visitar a bruxa da minha tia.

— tava sentindo falta desse jeito brincalhona da tia Elisa. Ani comenta sorridente logo que me vê fechando a porta por onde meus familiares tinham acabado de passar para o lado de fora.

— você gostou foi de me ver passando vergonha com as coisas que ela falou da minha pessoa na sua cara, né. Rebato, fazendo ele rir de boca fechada.

— olha, vou ser bem sincero, tia Elisa tem um ótimo gosto para escolher um futuro genro pra única filha mulher dela.

Olhei bem séria, com uma das sobrancelhas levantadas para ele.

— posso saber porque vc acha isso?.

— ah... Tintim, fala a verdade, eu sou lindo, né.

Aí meu Deus, era só o que me faltava, senhor Aníbal Moreno começar a se achar.

Olhei com um olhar debochada para aquele ser dos olhos puxados.

—Aníbal, você tá andando demais com o Veiga ou é impressão minha?. Pergunto na base da curiosidade. — fiquei sabendo que aquele camisa 23 é narcisista e adora se mostrar para os outros.

— talvez eu posso estar andando um pouco com ele. Moreno confessa. — mas! Isso não significa que estou ficando narcisista igual ele. Meu menino se justifica.

Ele se aproxima de mim bem devagar...

— mas, vai, fala, eu sou lindo ou não?. Aquele sorrisinho maroto bem próximo do meu rosto, que o moço fez questão de chegar bem perto de mim e me deixando nervosa o suficiente, ao ponto de dificultar um pouco a minha respiração.

Em silêncio olhei bem fixo nos seus olhos...

— você está convencido demais pro meu gosto, argentino. Comento e seguida damos uma risada simples juntos. — tenho que conversar seriamente com a Lívia, e avisar ela pra deixar o Veiga mais longe de você possível. Comento e ele logo seguida rir fofo.

Rapidamente ele se afasta.

— mudando de assunto...ta afim de ir ao shopping comigo? Tipo, só nós dois, tomar um milk shake de chocolate que você ama, que eu sei. Ele aponta o dedo na minha direção, arrancando assim um sorriso sem jeito meu.

Finjo uma cara pensativa...

— ta bom, eu vou com você. Tomo a minha decisão. — só me espere, vou me arrumar rapidinho.

— pode ir tranquila, eu ainda vou em casa tomar um banho. Ele responde sorridente. — vai lá e capriche no seu look, fique mais perfeita ainda do que você já é. O meu menino tímido todo tatuado diz e logo solta uma piscadinha fofa.

Não respondo nada em palavras, apenas riu boba com as suas palavras e aquela carinha de criança travessa sorridente que ele deixou desenhada na minha mente, logo após que saiu pela minha porta principal.

Aí meu Deus!! Me dê coragem de falar o que eu sinto por esse homem.

Confesso que às vezes me cria coragem dentro de mim para ir até ele contar sobre os meus sentimentos. Mas quando finalmente dou o impulso, alguma coisa dentro de mim faz o meu corpo travar totalmente e o subconsciente ficar um puta medroso do cacete.

Preciso desobedecer urgentemente o meu corpo e ultrapassar o meu subconsciente que nunca concorda comigo pra nada.

Enfim, depois que o senhor gibi em pessoa foi embora, eu fui rapidamente começar a me produzir.
(...)
Como é um passeio no shopping, coloquei algum mais simples, porém que me aqueça durante esse passeio, já que hoje o dia amanheceu friozinho e gostoso. Um lindo conjunto de tricô grosso da cor de pele que eu tinha comprado na viagem que fiz a Berlim, na Alemanha, ano passado que fui com a minha família.

Meu amor secreto (ANÍBAL MORENO)Onde histórias criam vida. Descubra agora