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Eram exatamente três horas da manhã, e eu estou aqui, encarando o teto. Não sei oque a de errado comigo, não consigo dormir, não consigo comer, me sinto cansada mesmo tendo horas de sono. Minha cabeça lateja, meus olhos pesam, minha visão fica turva...estou definhando em meus próprios pensamentos.

Estou perturbada. Pensamentos intrusivos me assombram e o por que eu não sei, talvez seja toda a vida de merda que tive no Brasil, desde a morte de meu pai tudo virou de cabeça para baixo. Mamãe surtou, não saia do quarto, não comia, não falava com ninguém, apenas se afundava nas drogas e bebidas. A mulher estava irreconhecível.

Levanto da cama e procuro qualquer roupa no armário, saio de casa sem fazer barulho já que Katrina me mataria.

Ando pelas ruas devagar, respirando o ar da noite em busca de uma paz que procuro a muito tempo. Ando até a pracinha onde conheci Lívia, estava vazia é claro, são três da manhã.

Me sento em baixo de uma árvore e encaro meu celular lembrando de Bill, não sei por que mas sorri, talvez por que pensei na palhaçada que nos metemos.

Sem perceber meus dedos deslizam pelo tela do celular discando o número de Bill.

Oque me deixa surpresa é o fato dele atender no primeiro toque.

- Olá joaninha, não aguentou a saudade? – Kaulitz sendo Kaulitz.

- Eu? Com saudade de você? Me poupe Kaulitz.

- Vai me dizer que não sonhou comigo? – o sarcasmo em sua voz era notável.

- Claro que não, você que anda pensar de mais em mim ultimamente aliás, e oque namorandos fazer não é? – zombo do mesmo pela situação em que estamos.

- Namorados também fazem outras coisas, joaninha – finjo não estender o duplo sentido e mudo de assunto.

- Por que você está acordado a essa hora?

- Por que você está acordada? – devolve minha pergunta.

- Está me devendo um sorvete, lembra? – sorrio sem perceber.

- Como poderia esquecer, joaninha – ele solta uma risadinha – estou indo te buscar, onde você está?

- Estou na pracinha aqui perto da minha casa.

- Chego em cinco minutos – ele desliga.

Estou sorrindo. Espera? Estou sorrindo? Por que estou sorrindo?

Não demora muito para uma BMW preta parar a minha frente, kaulitz abaixano vidro do carro sorrindo. Exibido.

- Entra aí joaninha – ele destrava as portas.

Entro e sento no banco ao seu lado, Bill me analiza de cima a baixo e franze o cenho.

- Por que está de pijama e um moletom preto?

- Não te interessa.

- Gostei do pijama – ele dá partida seguindo até a sorveteria que fomos naquela noite.

- Eu tenho uma entrevista com os meninos daqui uma semana, terei que falar de você caso perguntem – Bill fala concentrado no caminho.

- Vai falar oque?

- Não faço ideia, mas posso elaborar uma grande declaração lde amor a minha belíssima namorada – era impossível levar esse assunto a sério.

- Poço colocar uma música?

- Não.

- Por favor.

- Não.

- Eu coloco baixinho.

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