-15-

41 7 2
                                    

Tudo bem, hoje está um caos aqui na boate, tem tanta gente que está impossível de se locomover aqui dentro. Hoje os meninos decidiram fazer um show aqui na boate, então estava cheio de fãs.

Não sei de onde saiu tanta gente assim.

- Eu não quero trabalhar hoje – Lívia enterra a cabeça em meus seios, sim em meus seios.

- Tira a cabeça daí – sussurrei em seu ouvido e ela apenas balança a cabeça que não.

- Eu acho que estou doente – Katrina fala sentando ao meu lado.

- E eu estou com abstinência de buceta, sabe quanto tempo faz que eu não fodo com ninguém? – Lívia fala abafado pelo fato de estar com a cara em meus seios.

- Não faço a mínima ideia – Katrina fala tediosa.

- Duas semanas.

- Ah Lívia pelo amor de deus – falo indignada.

- Eu tenho dependência de buceta, você não entende – ela choraminga.

Ouvimos a porta abrir e logo Bill entrou com uma sacola nas mãos.

- Aqui joaninha, você disse que estava com vontade – ele me entrega a sacola e eu pego animada já sabendo o que era.

- Brigadeiro!! Onde você encontrou? – pergunto colocando um na boca e quase soltando um gemido de tão bom.

- Eu já disse que tenho os meus contatos – ele se gaba.

Deixo a sacola de lado e abraço Bill que retribui na hora, beijo sua bochecha e sussurro um "obrigada" em seu ouvido.

- Tudo para você, linda – ele me solta e sai da sala acenando.

Me sento novamente colocando a sacola em meu colo, me viro para Katrina e fico sem graça.

Ela e Lívia me olhavam abismadas.

- Que porra foi essa? – Katrina pergunta boquiaberta.

- Estão namorando? – Lívia fala com a mesma cara.

- Não, não estamos namorando – levanto pegando minha bandeja e indo em direção a porta – tenho que trabalhar, até mais tarde.

Saio passando pelo corredor mas minha visão começa a ficar embaçada, minhas mãos começam a tremer e lágrimas involuntárias começam a descer de meus olhos.

Por que? Logo agora? Depois de tanto tempo?

Eu sei o que está acontecendo, e sei que se não conseguir controlar, vou me machucar muito.

Puxa o ar pelo nariz e solta pela boca.

Repito isso umas dez vezes até sentir meus batimentos se acalmando e minhas mãos parando de tremer. Eu sei que deveria procurar um médico, mas não quero dar trabalho a ninguém.

Eu me sinto assim a anos, e nunca procurei ajuda, sempre encontro meios de guardar o que estou sentindo e fugir de meus problemas, sempre fujo.

Acho que na verdade tenho medo de falar sobre e ser julgada, sei que Katrina nunca me deixaria na mão, mas ela já sofreu tanto por minha causa. Não sei se teria coragem de lhe atormentar com mais um probleminha de nada.

Era isso. Um probleminha de nada.

(...)

Hoje tinha sido trabalhoso demais, não sei como não enlouqueci com tanta gente, a boate estava quase fechando mas ainda havia alguns caras bebendo.

- Ei gracinha, trás uma bebida aí pra gente – Um homem que nunca vi na vida fala com a vos grogue.

Pego a bandeja colocando os copos de bebida e sigo até a mesa onde haviam três homens contando com o que me chamou.

Sex Or Love Onde histórias criam vida. Descubra agora