- Por que você resiste tanto Raquel? - o kaulitz mais novo me pergunta se aproximando de mim.
- Por que isso é errado Bill, você sabe tanto quanto eu - eu respondo suspirando.
- O proibido é sempre mais gostoso - Bill fala atacando meus lábios e me...
Eu encarava o teto do meu quarto sem conseguir pegar no sono.
Olho em meu celular e percebo que já são 3:30 da madrugada e eu não consegui dormir, talvez eu ainda não tenha me acostumado com o simples fato de estar em outro país.
Eu levanto e ando até o banheiro entrando no mesmo me encarando no espelho percebendo o quanto acabada eu me encontro.
Eu deveria tentar dormir para ter energia de manhã, precisamos fazer uma bela faxina já que iremos receber visitas a noite.
Eu passo um pouco de água em meu rosto respirando fundo tentando não surtar por completo, uma vontade imensa de chorar toma conta de mim formando um bolo em minha garganta.
Eu sinto que talvez esteja tendo uma crise de ansiedade já que isso acontece constantemente comigo desde a morte de meu pai e o colapso de minha mãe.
Sinto minhas mãos começarem a tremer e o ar sumir de meus pulmões me deixando vulnerável.
Eu jurei a mim mesma que não faria mais isso porém, sei que a única forma de me acalmar e flagelando novamente meu corpo.
Eu procuro algo cortate e encontro uma tesoura dentro de uma gaveta, fico a encarando por longos minutos antes de a pressionar em meu pulso abrindo um corte um pouco fundo vendo o sangue escorrer.
Ninguém nunca descobriu sobre isso pois eu sempre corto no mesmo lugar fazendo parecer uma cicatriz inofensiva que passa despercebida por todos.
Katrina já me questionou sobre a forma como ela surgiu e obviamente eu menti dizendo que cortei em um arame que tinha no fundo do quintal de casa, a mesma não questionou.
Eu sinto um alívio grande dentro de mim sabendo que e errado mas mesmo assim faz a dor diminuir um pouco.
Eu limpo o sangue que escorreu enfaixando meu pulso sentindo a dor começar a vir.
Retorno para minha cama me deitando novamente, encarando o teto até cair no sono.
(....)
- Pêssego? – escuto a voz de Katrina através da porta – Hora de acordar, temos muito Oque fazer.
- Já estou descendo, vou apenas tomar um banho – eu falo em um tom alto para que a mesma escute.
Levanto vagarosamente da cama e me direciono até o banheiro entrando no box ligando o chuveiro e tomando um banho quente.
Escovo os dentes e encaro meu rosto acabado pela noite mal dormida, faço um skin Care rapidamente e saio do banheiro indo em direção a minha mala que ainda não desfiz.
Coloco uma meia calça por baixo de uma saia estilo colegial preta e uma bota, visto uma regata branca e por cima um suéter verde e preto para esconder o pulso machucado e enfaixado.
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