𝗦𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗮 𝗣𝗮𝗿𝘁𝗲: 𝗛𝗲𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗱𝗮 𝗚𝗿𝗲𝗰𝗶𝗮

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E afinal... O que ele queria tanto me dizer? 

Aquilo me levou direto pra quando eu de fato encontraria ele. E por Zeus, e se ela nunca mais encontrasse ele?

Se ele voltasse pra casa sem que ela tenha se despedido?

E por Hades, onde ele morava com aquelas roupas e como ele chegara ali?

Eu já não conseguia mais parar de pensar e apesar de minha mãe estar em casa, eu já nem sabia mais como responder a todas as perguntas que ela me fazia. 

É claro que eu queria responder todas, mas meu visitante bonito deixava tudo complicado demais, até mesmo pensar. 

Eu estava tão curiosa, estava morrendo de vontade de saber o que estava acontecendo ali e então de repente se aquele mesmo homem não podia estar tramando me fazer mal. 

E enquanto eu escutava minha mãe contar sua histórias enquanto penteava meu cabelo eu não parava de pensar em como aquilo podia ser perigoso pra uma pessoa como eu. 

Meu pai tinha inimigos. 

E aquilo nem sequer passara em minha cabeça; 

Nem sequer me ocorreu que aquilo podia ser uma empreitada criminosa de meu visitante que podia estar pensando em me matar. 

Por todos os deuses. Eu podia estar encrencada. 

Naquele exato momento, eu podia estar tecendo aqueles que seriam meus últimos momentos.

Bom, mas eu precisava me acalmar, se acalma Helena!

Eu era boa em falar comigo mesma, fazia aquilo o tempo todo, não era de nenhuma estranheza para mim. 

Apenas natural como respirar. 

Ao submundo com tudo isso, eu vou lá amanhã pra ver o que diabos ele quer dizer.

Também porque sou curiosa. 

Precisava ser prática. 

Se ele quisesse me matar, ele já teria feito.

Ele não precisava de qualquer reserva quanto a isso, minha mãe e eu estávmaos sozinhas em casa naquele exato momento. Sozinhas.

E ele sabia. 

  O que o impediria de fazê-lo agora mesmo?

Absolutamente nada. 

Então, eu parei de pensar sobre isso ou aquilo, e parei também de criar teorias em minha mente que não me levaria a lugar algum, apenas a eterna paranoia de que algo ruim estava prestes a acontecer. Por que não aconteceria, certo? Estava tudo bem a partir dali. Eu não precisava me preocupar. 

O sol já havia ido embora, e agora eu pintava o céu estrelado, minha mãe olhava pelas amplas janelas pro céu, a lua cheia deixava tudo iluminado, e ela se deliciava com aquela visão do meu quarto. 

Amávamos a companhia uma da outra, amávamos ficar juntas e desfrutar dos momentos felizes, era tão... intenso. 

A vida era passageira ela costumava dizer. 

"A expectativa de vida pra nós mulheres abastadas, pode até ser longa, mas apenas se tivermos sorte, se não formos assoladas por qualquer tipo de doença, isso se não nos matarmos, nós mesmas. As vezes a solidão silenciosa é como morrer."

  Me lembro de quando ela me disse isso. 

Me lembro de cada coisa que minha mãe já havia me dito durante essa que parecera ser minha breve vida. 

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⏰ Última atualização: Jul 12 ⏰

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