Incendeia-me a vida, starchaser

Epígrafe + Explicações.

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Uma vida.

Deplorável, de fato. Mas ainda sim, uma vida. Emoções sentidas. Sensações causadas. Experiências vividas.

E o declinio dessa mísera vida começou aos seus catorze anos depois de sua vinda ao mundo.

Um sentimento errado, uma sensação ruim. Como poderia uma mulher ser assim?

Claro, ele não era uma mulher. Nunca foi e nunca seria, mesmo com a demora da aceitação do simples fato finalmente chegar.

Mas a deplorável vida decaiu ainda mais na partida de seu irmão. O único que o ajudou no período da redescoberta de seu próprio gênero e sexualidade. O único que o apoiou. Que o motivou. Que se importou. E que ainda o amou.

A partida, apesar de dolorosa, havia sido necessária.

Seus olhos foram abertos e seus sentimentos libertos.

Sirius ainda o visitava, ainda era o seu irmão, mesmo que não constantemente, ainda o amava.

E esse amor arquitetou algo.

Outra fuga. Mas agora, era o irmão Black mais novo quem escaparia daquela prisão que já foi um dia, hipócritamente, chamada de casa.

Porém, se havia algo que Regulus Arcturus Black sentia mais desgosto do que de seus próprios progenitores, era de James Fleamont Potter.

James era tudo que Regulus não era.

Era bonito, era inteligente mesmo sem esforço, era bonito, era um garoto, era engraçado, legal, extrovertido, adorado pelas pessoas.

E acima disso tudo, era um bom irmão. Um bom irmão para o seu irmão.

Regulus o odiava, e não acreditava que estava realmente se submetendo a uma situação tão rídicula quanto aquela apenas porquê não tinha vontade de permanecer mais um ano embaixo das assas de seus pais e longe de seu irmão.

Regulus estava angústiado, e se sentiu pior ainda quando acordou e percebeu que aquilo não havia sido apenas um sonho gerado por sua tão fértil imaginação.

E uma sensação mais horrorosa, disforme, horrenda e pavorosa o abalou quando seus olhos puderam sentir a luz do sol os queimando e a visão de James Fleamont Potter apoiado na batente de sua porta chegou a suas retinas.

O sorriso calmo em sua face foi subistituida rápidamente por um mais desnorteado.

Ou pode ter sido impressão de Regulus, ele não estava realmente em boas condições para deliberar algo.

-Re-Regulus. Bom dia, eu ia te acordar agora mesmo, sabe?-James guagueja.

Um aceno foi a resposta obtida. O rosto levemente amassado, o cabelo amaranhado, os olhos imchados e despreocupados do Black foram o suficiente para James se sentir confortével para sorrir novamente.

-Vou ao banheiro.-Regulus resmunga, depois de conseguir se sentar na cama e se encontrar no mundo.

-Tá' bom, tem café da manhã, tá'? É só descer. Ou se quiser eu posso trazer alguma coisa pra' você, ou pedir pro' Sirius trazer, já que eu ainda sou bem estranho pra' você e-

-Fica quieto, Potter.

-Tá'...-Ele murmura em concordancia, já se virando para se retirar de perto do cômodo, agora pertencente ao Black, e Regulus não o impede de partir.

Ele nunca o faz.

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Caso não tenha ficado claro ainda para você caro leitor, Regulus é trans!

Incendeia-me a vida é um livro italiano que eu li recentemente e achei muito foda fazer algo sobre. A história em si não tem nada haver com a do livro, (até pq no livro são várias histórias bem doidas) mas eu uso algumas frases do livro e um pouquinho da escrita do livro.

Ao auge dos seus 16 aninhos e os marotos no seus 17, último ano dos marotos e 6° do Regulus.

A minha escrita é meio confusa, até porquê eu não escrevo muito quem dirá bem, então não tem um narrador especifico, normalmente a mundo vai ser descrito mais como um narrador 3° pessoa mesmo mas na parte sentimental vai ser mais os pensamentos do Regulus do que os do James.

A história vai se passar com um narrador (3° pessoa) e o Regulua falando. Quase como um diario, Regulus vai sempre estar falando com alguém, como:

"Por que fez isso, Dezembro?"

E por isso o nome dos capítulos e o jeito que ele fala com pessoas e coisas sem realmente estar com elas.