Infantil menino

568 33 17
                                    

Passos rápidos, pernas curtas, pele negra, cabelos e olhos castanhos, de vestimentas, apenas uma bermuda acima do joelho, um tipo de casaco do mesmo tom do seus shorts, marrom claro, e uma camisa branca por debaixo

No topo da cabeça, uma boina, que dava um charme ao seu visual, que embora aos olhos de quem está no topo, fosse demonstração da falta de dinheiro e bens, era até que bonito

O nome do garoto com tais características era Alastor, Alastor Noir, de apenas 8 anos de idade

Andando pelas ruas do Brooklyn, daquele tamanho tudo parecia exageradamente enorme, o cinza e a pobreza nunca atrapalharam sua infância, era sua vida e já estava acostumado

Andando pela estrada de Broquetes, chegou a uma das residências, construída com tijolos e bem colada nas outras construções semelhantes, na porta uma cerca de ferro com uma escada de pedra que levava até a porta, nas janelas, muitas plantas, dando a entender que quem ali morava, era uma pessoa que amava vegetação

Subindo as escadas, Alastor pega uma chave no bolso do casaco e coloca de encontro com a fechadura, abrindo a porta de maneira um pouco desajeitada, crianças costumam fazer coisas de jeitos desajeitados

Abrindo finalmente a entrada, ele entra na casa, colocando seus sapatos no tapete e entrando descalço

—Estou em casa!

Ele avisa para quem quer que fosse, então adentra mais o lugar, a casa era de estilo americano, havia apenas um balcão que dividia sala e cozinha, e acima haviam os quartos da residência, na sala havia um homem sentado ouvindo rádio, ele se encontrava com uma garrafa de bebida alcoólica na mão

Aparentava estar bêbado

Na cozinha, uma mulher bem parecida com Alastor, que sorriu ao ver o garoto

—Bem vindo, filho–A mulher pegou uma colher de uma espécie de Jambalaya e mostrou para o menino

Ele comeu prontamente enquanto quem provavelmente deve ser sua figura materna, observava

—E então?

—Perfeito!–os olhos do garoto brilham ao ressoar tal palavra, havia sentimento em suas palavras

—Oh? É mesmo? Já está quase pronto, vá tomar um banho e colocar seu pijama para depois comer–Ela faz carinho na cabeça da criança

Ele correu até o banheiro, ficou ali por alguns minutos se banhando, seu corpo tinha alguns hematomas, originados do Bullying que sofria, para ele, era normal, afinal de contas, era negro

Pessoas amaldiçoadas como ele, nem Deus ajudava, quem sabe seu companheiro fosse o diabo, por quem estranhamente tinha certa admiração

Bom, talvez ele fosse uma criança bem diferente das outras ou coisa assim

Saindo da banheira com um roupão de ursinho infantil, vestiu seu pijama listrado com cores vermelhas, e de novo bem rápido foi até a sala, onde sorriu só de ver a comida na mesa

Esses era seus momentos favoritos, onde sua mãe perguntava como tinha ido a escola, depois eles conversavam sobre o dia dela e por fim, comiam aquela deliciosa refeição, era ele, de fato um bebê da mamãe

—E aí ele ficou bem triste, mas eu ajudei ele e disse para ele que chorar não combinava com gente feliz! E aí ele parou de chorar–Alastor contava sobre o menino que havia perdido a mãe recentemente

—Uau filho, bom, é assim mesmo, sabia que um sorriso assusta os inimigos e encoraja os aliados? Pois então sempre fique assim, sorridente como tu é

O pai de Alastor se levanta e segue para a rua, o garotinho não intendia a situação, mas o seu genitor sempre ia para bares onde muito provavelmente traia a esposa, mãe do menino

—Que foi mãe?–Ele havia ficado confuso com a tristeza repentina da mãe

—Nada, vamos só comer, e depois você pode fazer seu dever de casa para depois dormir, tudo bem?–Ela fingia sempre que estava tudo bem, Alastor só fingia também que acreditava

—Tá mãe!–Ele comia a Jambalaya junto da presença materna, eles riam, para a mulher, o filho era a luz do mundo, a razão do seu viver

Para ele, a mãe era mais que tudo, ele não saberia lidar com a perda da mulher, muito provavelmente

—Ei, se você se comportar nesta semana, vou te levar no parque que vai abrir, só se comportar–A mulher sempre mimava o menino não importava como

—Sério?!–Ele abriu um grande sorriso de imediato

—Sério, agora lave as mãos, e vá fazer seu dever de casa...na verdade, amanhã não terá aula mesmo, você pode só dormir–Como sempre, era um menino da mamãe

—Tá, mamãe

Ele vai até a pia, pega um banquinho para subir já que era bem baixinho ainda, sobe, liga a torneira e começa a lavar as mãos

A mãe somente observava, com orgulho mesmo que fossem pequenas ações, não fazia muitos meses que ela tinha que trazer um baldinho para ele lavar as mãos porque o menino não alcançava a pia

Agora, ele já havia dado um jeito

Menino esperto

___________________________________________

Fiz mesmo outra fic, achei o começo muito melhor do que da outra, vou me esforçar mais nos detalhes, essa daqui é uma espécie de reforma na outra fic "Pacto com o diabo", espero que gostem, não foi revisado, então avise se tiver erro

Vai ter mais alguns capítulos explicando mais sobre a vida do Alastor, para depois o tal do Pica grossa aparecer

Até o último resquício de meu ser-Radioapple Onde histórias criam vida. Descubra agora