Até o último resquício de meu ser-Radioapple

Até o último resquício de meu ser

Mais alguns dias haviam se passado e enfim, um sinal, um anjo superior havia descido para ajudá-los, Michael, esse era seu nome, loiro como Gabriel e Lúcifer, mas com um sorriso mais pomposo e um cabelo maior

— Eai, precisam de ajuda? – Michael estava tratando tudo com pouca seriedade, como se pudesse resolver tudo

— Bom, não tem como deixar mais claro, sim, necessitamos – Husker já estava estressado com a falta de senso do anjo em sua frente

— Acho que devemos em primeiro lugar, esclarecer o que está acontecendo, certo? – O celeste pousou perto deles

— Claro, estamos todos muito confusos com tudo isso – O Radialista começou a prestar atenção no que saia da boca do étereo

— Bom, Lúcifer iniciou o Apocalipse por conta de um conflito interno, meu irmão não soube lidar com suas duas partes em um só, as duas se separam e se juntaram de novo, fazendo que seu lado puro e impuro se juntassem como duas partes diferentes, não como uma harmonia de um só, agora, o ser lá em cima é o resultado disso, não é Lúcifer e nem Samael, é um dos cavaleiros do Apocalipse, o único renascido, mas também o pior deles, o da morte, Charlie seria o anticristo, mas é tão bondosa que isso não a abalou – Tudo era muito confuso, mas partes importantes foram esclarecidas

— E os vivos? Não foram afetados por quê? – Anthony pergunta curioso

— Meus irmãos que são arcanjos estão fazendo de tudo para que isso não os atinja, mas os mortos não puderam ser salvos, agimos tarde demais e vocês seriam os primeiros, então bom...aconteceu – Michael falou com um pesar, talvez se sentindo culpado por não ter podido fazer muita coisa

— Entendemos, e agora como fazemos para parar Lúcifer ou sei lá, trazer ele de volta para as forças do bem – Anthony gesticulava com as mãos

Michael olha para Alastor, um olhar que fala mais que mil palavras, quem tinha que dar conta do recado era a pessoa mais próxima de Lúcifer e que pudesse estar presente, e esse alguém, era ele

— Quando for o momento certo, quando os pecadores se reunirem no Templo de Jerusalém e a forma do cavaleiro se fizer em forma física, essa é a hora de agir, o garoto do rádio sabe o que fazer – Michael deu-lhe uma piscada antes de abrir as asas e voar para o Paraíso

— Tudo bem, agora é por nossa conta – O locutor olha para o além – O que nos resta é esperar

Esperar? Assim que disse aquilo a Terra se pôs a tremer, pior do que as outras vezes, o poder de Lúcifer os teletransporta para a frente do templo, eles e vários outros, muitos outros, tantos bilhões, distribuídos em grandíssimos pedaços de rocha que que flutuavam no ar

— Merda! – Anthony escorrega, mas sua mão é segurada por Husker

— Aguenta firme aí, falso! – O homem segurava sua mão com força o puxando para cima da plataforma

— Tá bom, vou fingir que não ouvi isso, mas cadê o resto? – A pedra estava infestada de gente

—Com certeza em cima de uma dessas pedras – Husker aponta para cada um delas

— Seria fácil demais, se cada uma dessas 200 pedras não estivessem cheias de gente! – O garoto italiano bate a mão na testa

— Então que se virem, vamos ver o que
o Alastor vai fazer – Husk se senta na beirinha da pedra, recebendo alguns xingamentos de outras pessoas que sua ação acabou por empurrar

— Você não acha estranho que seja justo o Alastor?  – Anthony pega uma pedrinha que se desconectou da rocha colossal e a joga no além

— Quem somos nós para dizer algo? Se vai nos tirar desse pesadelo, por mim está bem que fiquemos sem saber de nada – Husker faz uma pose de confuso, estava certo, o que importava eram os resultados