Calamitosa circunstância

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O céu desmoronava, de seus olhos, todos viram o que era destruição, seu significado mais profundo. Anjos corriam para todos os lados, os Arcanjos apareceram atribulados e frenéticos iam de um lado para o outro tentando resolver a situação que agora se encontravam

— O que está acontecendo!? – Perguntou Charlie destinada a seu tio, Gabriel

— Sobrinha, isso é o Apocalipse! Seu pai enlouqueceu e agora pode causar a assolação do reino humano! – Gabriel concentrava energia em um ponto, o controle terráqueo, onde Arcanjos poderiam fazer pequenas intervenções na Terra, essas muito bem calculadas, o fato de que não esperaram uma audiência complexa para iniciar tal movimento demonstrava a magnitude da situação

Charlie virou-se e viu sua mãe, Lilith parecia muito preocupada, a garota se acalmou um pouco ao ver a genitora

— Oh céus! O que será de mim? – A rainha segurava seu cabelo com força, demonstrando seu desespero

— Mãe! – Charlie corre, mesmo que decepcionada pelas verdades ditas por Alastor no dia da reunião que tiveram com seus aliados celestes, era bom ver a sua mãe ali

— Charlotte? Que seja! Sinto muito, filha, a mamãe está ocupada por agora, eu prometer falar com você depois, perdão – Lilith deu um pequeno abraço na filha

A Matriarca e a Rainha pareciam discutir sobre algo, Charlie podia entender, o Apocalipse estava ali acontecendo, o céu estava ruindo e os arcanjos faziam de tudo para que isso não alcançasse os vivos

Até que notou que seus amigos estavam sumidos, todos eles, assim como os ascendidos do céu

— O Apocalipse não vai ser uma extinção dos vivos! Vai ser uma reavaliação dos mortos ! – O céu abriu, no abismo podia ser ver a Terra

Ela reconheceu uma figura, no centro, seu pai voava, em uma cidade específico, em Jerusalém, o Apocalipse começaria de lá ou seria concentrado lá

— Jerusalém é aonde mais temos poder em solo terráqueo – Sera aproximou-se de Charlie – Podemos concentrar ali, evacuando todos por meio das intercessões dos arcanjos, concentrando os pecadores e ascendidos que infelizmente não pudemos salvar 

— Meus amigos...então? – Charlie mordeu os lábios

Vaggie correu para a namorada, fazendo com que a princesa se aquietasse um pouco, ver um rosto bom e melhor conhecido era o que necessitava

— Amor! Não sabe o trabalho que deu para te achar, que bom que está bem – A anja deu um abraço forte em sua parceira, que agradeceu mentalmente por ela estar ali

— Obrigada, meu bem, obrigada – Charlie depositou um beijo na testa de Vaggie

Enquanto lá embaixo, Alastor caído levantava-se

— Hum? O que está acontecendo? – Levantou sua mão, constatando que sua cor estava mais escura, tocou no cabelo – Cadê minhas orelhas?

Sua visão estava ruim, e esse último fator fez ele perceber que, sim, estava em sua forma humana, e sem óculos nenhum, andar sem tropeçar era difícil

— Ei! Quem é você? – Uma mancha loira gritou de longe, de cima de um prédio

— Alastor! Eu sou o Demônio do Rádio – Gritou, esperando que fosse um conhecido

— Alastor? Sou eu, o Angel! Sobe aqui – Ah sim, a mancha era o Angel em sua forma humana

A escada do prédio estava destroçado, e o pecador quase cai quatro vezes pela falta dos óculos, na última quase se encontrando com a vala da escadaria, uma mão de uma garota com cabelos loiros com um tingimento de rosa o segura

Até o último resquício de meu ser-Radioapple Onde histórias criam vida. Descubra agora