III

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– Beomgyu...querido, consegue me ouvir? – dizia uma voz serena e doce. – Meu doce garoto, precisamos conversar...sei que a princípio irá se assustar com eles, mas não se preocupe, não vão nos machucar, pelo contrário, irão cuidar e nos amar. Será difícil inicialmente ter que se acostumar com a presença deles, mas confie em mim, meu garotinho, seremos mais do que felizes...agora acorde, senão nosso alfa ficará preocupado demais...

Então após escutar aquela voz muito bem conhecida, finalmente Beomgyu acordou.

Aqueles olhinhos escuros estavam embaçados pelo tempo de sono, mas foi apenas perceber que não estava em um local conhecido que levantou rapidamente da cama aonde estava descansando.

– Onde...eu..estou...? – disse confuso para si mesmo. Começou a olhar em volta procurando algo que parecesse familiar, mas sem sucesso. – Será que fui sequestrado?! – com isso sentiu seu coração começar acelerar com a possibilidade de realmente ter sido sequestrado. Mas antes que pudesse continuar pensando qualquer coisa, sentiu aquele cheiro novamente, aquele mesmo cheiro que tinha o deixado a beira de um colapso.

– Ah! Você acordou, meu bem! – disse o alfa com um sorriso bobo nos lábios cheinhos. – Trouxe algo para você comer, você dormiu bastante estava ficando muito preocupado.

Então Beomgyu pode prestar atenção no que o alfa trouxe consigo para dentro daquele quarto, era um carrinho com duas taças com saladas de frutas, alguns lachinhos naturais, croissant com recheio de chocolate e duas jarras com dois tipos de sucos.
Beomgyu olhou para o alfa, ainda confuso e desconfiado, mas o sorriso gentil nos lábios do alfa mostrava que não estava em perigo real.

– Onde estou...? – Beomgyu perguntou, sua voz tremendo um pouco.

O alfa se aproximou lentamente, colocando o carrinho ao lado da cama.

– Meu nome é Choi Yeonjun, e você está em meu quarto, em minha casa. Não se preocupe, não vamos te machucar. Na verdade, queremos cuidar de você. Você está seguro aqui.

– Choi Yeonjun... – repetiu Beomgyu, deixando o nome do alfa ecoar em sua mente enquanto tentava processar o que estava acontecendo. Ele olhou ao redor do quarto, ainda sentindo-se um pouco atordoado. Era um espaço acolhedor, com tons suaves e uma luminosidade reconfortante que contrastava com sua própria confusão.

Yeonjun observou-o com cuidado, percebendo a hesitação nos olhos de Beomgyu. Ele podia entender a desconfiança do ômega, afinal, acordar em um lugar desconhecido poderia ser assustador. Com um gesto gentil, Yeonjun empurrou o carrinho para mais perto da cama.

– Eu preparei essas coisas para você. Por favor, coma um pouco. Vai te fazer bem. – Yeonjun sorriu, tentando transmitir conforto.

Beomgyu olhou para as taças de salada de frutas frescas, o croissant tentador com chocolate derretido, os sucos que pareciam recém-preparados. Seu estômago roncou baixinho, lembrando-o de que não tinha comido há horas. Ele olhou novamente para Yeonjun, avaliando-o com um misto de desconfiança e curiosidade.

– Por que está fazendo isso? – perguntou Beomgyu, sua voz ainda um pouco instável.

Yeonjun sentou-se na beira da cama, mantendo seu olhar no de Beomgyu.

– Quando nos encontramos na cafeteria onde trabalha, provavelmente você deve ter sobrecarregado de emoções, seu ômega te fez adormecer. Não podia simplesmente te deixar lá desmaiado. E não somos pessoas más, Beomgyu. Não queremos te causar nenhum mal. Apenas queremos ajudar.

Beomgyu assentiu lentamente, começando a relaxar um pouco diante das palavras reconfortantes de Yeonjun. Ele estendeu a mão e pegou uma das taças de salada de frutas, experimentando-a com cautela. O sabor fresco e doce inundou sua boca, e ele percebeu o quanto estava realmente faminto.

Yeonjun sorriu ao ver Beomgyu comer com mais vontade, sentindo um alívio sincero ao vê-lo se alimentar. Ele sabia que levaria tempo para Beomgyu se sentir completamente seguro, mas estava determinado a fazer tudo o que pudesse para ajudá-lo.

Enquanto Beomgyu comia, Yeonjun permaneceu ao seu lado, conversando em voz baixa sobre coisas simples. Ele queria que Beomgyu se sentisse confortável e protegido, queria que ele soubesse que estava seguro ali.

À medida que o tempo passava, Beomgyu começou a relaxar mais, permitindo-se aceitar a gentileza de Yeonjun. Ele ainda tinha muitas perguntas sem resposta, mas, por enquanto, decidiu deixá-las de lado. Estava grato por estar em um lugar seguro, por ter alguém como Yeonjun cuidando dele.

E assim, naquela manhã, entre saladas de frutas e sorrisos gentis, começou a nascer uma frágil e inesperada ligação entre eles.

Quando Beomgyu terminou de comer o que podia, olhou novamente para Yeonjun e o questionou:

– Yeonjun... poderia me informar o porque isso aconteceu? Tipo, atendo muitas pessoas todos os dias e nada disso aconteceu antes...

Yeonjun olhou para Beomgyu com ternura, compreendendo a confusão e a curiosidade do ômega. Ele ponderou por um momento antes de responder, escolhendo suas palavras com cuidado para não causar mais desconforto a Beomgyu.

– Beomgyu, eu não sei ao certo. Às vezes, coisas inexplicáveis acontecem entre pessoas. Talvez tenha sido o destino nos cruzando naquela cafeteria. Ou talvez haja algo especial em você que eu simplesmente senti. – Yeonjun sorriu gentilmente, tentando transmitir calma e tranquilidade.

Beomgyu relaxou, absorvendo as palavras de Yeonjun enquanto refletia sobre o que ele havia dito. Era difícil para ele compreender por que Yeonjun se sentira compelido a ajudá-lo, especialmente quando mal se conheciam. Mas havia algo reconfortante na ideia de que talvez, de alguma forma, houvesse uma razão mais profunda para seu encontro.

– Eu só... não quero ser um fardo para você – murmurou Beomgyu, seus olhos baixando momentaneamente antes de encontrar os de Yeonjun novamente.

Yeonjun sacudiu a cabeça suavemente, seus olhos demonstrando sinceridade.

– Você não é um fardo, Beomgyu. Estou aqui porque quero estar. Quero te ajudar, quero cuidar de você. – Ele colocou a mão sobre a de Beomgyu, transmitindo conforto através do simples toque.

Beomgyu sentiu seu coração se aquecer com as palavras e o gesto de Yeonjun. Era uma sensação nova e preciosa para ele, a ideia de alguém genuinamente preocupado com seu bem-estar. Ele se permitiu acreditar na honestidade nos olhos de Yeonjun, na promessa silenciosa de segurança que ele oferecia.

Com o passar dos dias, Beomgyu começou a se abrir mais para Yeonjun, compartilhando detalhes de sua vida e de suas preocupações. Yeonjun, por sua vez, escutava atentamente, oferecendo conselhos gentis e apoio inabalável. A relação entre eles florescia lentamente, alimentada pela confiança mútua e pela vontade de fazer dar certo.

À medida que as semanas passavam, Beomgyu começou a se sentir verdadeiramente em casa na presença de Yeonjun. A casa do alfa se tornou um refúgio seguro e acolhedor, onde ele podia recuperar não apenas sua força física, mas também sua paz interior.

E nas noites tranquilas, enquanto observavam juntos o céu estrelado pela janela do quarto, Beomgyu percebia que, de alguma forma, ele havia encontrado não apenas um protetor em Choi Yeonjun, mas também um amigo e talvez, quem sabe, algo mais.

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Hi guy's, aqui quem fala é Taerryx!

Cheguei de surpresa hehehehe, espero que tenham gostado desse capítulo, a partir de agora vocês vão ficar boiolinha, aguardo ansiosamente os comentários do que acharam.

Beijinhos da Taerryx ✨🍄

Meu doce e delicado ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora