capítulo dois.
0.2, a clareira.
Newt andava devagar, enquanto segurava a pequena mãozinha de Hanna e olhava os olhos dela olhando para tudo ao redor deles. A clareira era enorme e em cada canto havia pessoas fazendo alguma coisa para ajudar.— Essa è a clareira. Somos como um tipo de família aqui. — Newt disse, atraindo o olhar da garotinha por alguns segundos para si.
— Mamãe e papai? — Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios e os dois adultos sorriram junto.
— Tipo isso. — Minho falou rindo fraco.
Eles andaram um pouco mais e chegaram próximo à entrada do enorme labirinto. Parecia paredes grandes e grossas, com uma pequena abertura no meio. Olhar para aquilo dava medo e por isso, Hanna não se aproximou muito.
— Aqui è um labirinto e você nunca pode passar para dentro, tá bom? Apenas algumas pessoas podem. — Newt disse, de maneira séria para que ela entendesse. — Essa è a primeira regra, nunca entre no labirinto. Entendeu? — O loiro viu a garotinha assentir e cruzou seus braços.
O passeio pela clareira durou alguns minutos. Minho e Newt apresentaram a nova fedelha para os que não conheciam e Hanna sorriu envergonhada para todos eles. Estar em um lugar onde ninguém era conhecido para ela dava medo.
A noite chegou e a pequena estava sentada em um tronco de árvore, enquanto via todos os garotos saindo de seus serviços e indo para dentro da enorme cabana. Hanna brincava com a terra, fazendo desenhos com seus dedos.
— O que veio na caixa? — Alby perguntou, enquanto tinha Minho, Newt e Gally a sua frente.
— As mesmas coisas de sempre e uma mochila rosa com roupas. Deve ser para a fedelha. — Gally disse, dando de ombros.
— Ela precisa de um lugar para dormir. Amanhã vamos fazer uma reunião para falar sobre a fedelha. — Alby falou e eles concordaram. — Newt, ajude ela com o banho. — Mandou e saiu.
— A rede dela já foi feita. — Gally informou e saiu, seguindo para o grupo de garotos que estava mais afastado.
Newt caminhou até a pequena garotinha que estava entretida em seus desenhos na terra e se sentou ao lado dela, atraindo a atenção da mesma. Newt a olhou e sentiu a estranha sensação de já conhecer Hanna. Ele está sentindo isso desde que ela chegou. È como se eles já se conhecessem, mas como?
— O que você está fazendo aí? — Perguntou, fazendo Hanna o olhar, mas desviar em seguida.
— Desenhando uma flor. — Disse concentrada.
— Sua flor è muito bonita. — Elogiou. — O que acha de ir tomar banho? Vai ter uma festa em comemoração a sua chegada. — Newt disse e Hanna o encarou.
— Festa? — Tombou a cabeça para o lado confusa.
— Sim. — O loiro sorriu. — Vamos lá? Eu te ajudo se quiser. — Se levantou e estendeu a mão para a garotinha.
Hanna ficou encarando a mão de Newt por alguns segundos. Ela estava com medo, mas de uma forma estranha, ela confiava em Newt. Então, se levantou, limpando a sujeira que havia ficado em seu shorts rosa e pegou na mão do garoto que estava estendida.
Os dois andaram até o dormitório que tinha poucas pessoas e Newt foi até a rede que estava mais no fundo, vazia e com a bolsa de Hanna em cima. Ele soltou a mão da garotinha e abriu a mochila, olhando o que tinha ali.
— Pelo visto mandaram roupas para você. — Comentou, tirando uma calça legging cinza e uma blusa de alças finas branca. — Aqui está. Quer ajuda? — Perguntou, olhando para a menina que o olhava atentamente.
— Sim, por favor. — Disse baixo.
— Então vamos lá. — Apontou para o box improvisado que eles tinham e havia uma 'cortina' para fechar.
Hanna entrou e tirou suas roupas. Newt não a olhou em momento algum, apenas ajudou abrindo o chuveiro, entregando o sabonete e ficando na porta para que ninguém entrasse e visse ela tomar banho. O banho levou alguns minutos, e assim que ela acabou, Newt a ajudou a se vestir.
— Bem melhor agora. — O loiro sorriu e Hanna também. — Pode sentar ali. Agora eu vou tomar o meu banho. — Avisou.
— V-vai me deixar sozinha? — Perguntou, olhando para ele atenta.
— Prometo ser rápido. Você nem vai sentir minha falta. — Ele falou sorrindo de lado e viu ela concordar.
Enquanto Newt tomava seu banho, Hanna calçou o tênis que veio em seus pés e arrumou seus cabelos castanhos. Sentou na rede que foi feita para ela e esperou pacientemente Newt acabar.
[...]
Todos os clareanos estavam animados nessa noite. A chegada de um novo fedelho sempre resulta em uma festa de comemoração, o único dia que eles aproveitavam e não se importavam com os problemas. Hanna estava batendo papo com Ben, um dos corredores.
Ela foi se soltando aos poucos e agora está mais 'tranquila' em relação a eles, já que a maioria lhe passou confiança. Newt é um deles, o que Hanna mais gostou em poucas horas ali.
Jeff e Clint estão atentos aos machucados dela. Apesar de serem pequenos, eram feios e eles estavam limpando e fazendo o máximo para ela não fazer esforço até melhorar cem porcento.
— Chegamos. — Minho disse, se aproximando de onde Ben e Hanna estavam. — O que vocês tanto conversam? — Cruzou os seus braços.
— Ela está falando que corre mais que eu! — Ben disse indignado.
— Mas eu corro. — Hanna retrucou.
— Não corre. Suas pernas são mais curtas. — Ben falou, sorrindo vitorioso.
— Vamos parar de brigar um pouco e coma. Você não comeu o dia inteiro. — Newt sentou do outro lado de Hanna e deixou um prato de plástico em cima de suas pernas.
Hanna o obedeceu, começando a comer aquilo que ela não fazia ideia do que era, mas era gostoso.
Ainda era o primeiro dia. O primeiro dia que todos aqueles meninos sabiam que era apenas um. Hanna era uma criança. Uma criança pequena e que consequentemente, iria depender deles para quase tudo. Eles teriam mais um trabalho, além da clareira: 'cuidar de Hanna'.
Quando era tarde da noite, tinha alguns garotos bêbados e outros que ajudavam a arrumar a bagunça. Minho seguia Newt até o dormitório, enquanto carregava Hanna adormecida em seus braços.
As brincadeiras de Ben, Minho, Newt e Gally a cansaram o suficiente para ela dormir em seu colo.
Com cuidado Minho deixou Hanna em sua rede, a arrumando ali e logo após isso, os dois foram aproveitar as horas de sono.
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𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗛𝗜𝗟𝗗 - 𝗆𝖺𝗓𝖾 𝗋𝗎𝗇𝗇𝖾𝗋.
Fanfiction𝗛𝗔𝗡𝗡𝗔 tinha 5 anos quando foi tirada de seus pais e levada para fazer experimentos em um laboratório. Ela foi a primeira criança a entrar no labirinto cheio de adolescentes homens. Hanna não se lembrava de nada, mas com ela havia ido uma folha...