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Depois de passar anos em batalha, o alfa Capitão Sasuke Uchiha é dispensado de seu posto após um ferimento de guerra. Agora não sendo mais capitão e sim um Nobre do Capitólio Londrino...
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O BARULHO FORTE E OCO DA BENGALA contra a madeira do piso é ouvido por todo o castelo, alfas, ômegas e betas param seus afazeres para se curvar diante do herói de guerra, corações de ômegas, betas e até mesmo alguns alfas pulsam forte ao erguer a cabeça e contemplar a beleza de Sasuke Uchiha.
Cinco anos após sua ida para a guerra, todos cochicham e fofocam sobre o pedaço de madeira na mão esquerda do Capitão, especulando que sua volta da guerra foi um ferimento por uma bomba jogada pelos alemães.
E eles estão certos.
Por um descuido, o Alfa nunca mais poderá andar de um jeito normal, e mesmo com isso, os empregados do castelo matariam por uma noite com o capitão.
Atrás do alfa, sendo sempre seguido por seu fiel melhor amigo, Shikamaru Nara, o atual conselheiro e antigo soldado ao lado do capitão enquanto lutavam contra a Alemanha.
O semblante sempre sério de Sasuke Uchiha, prova como a guerra muda as pessoas, não que ele era uma pessoa muito expressiva, mas agora seu rosto carrega traços preocupados, linhas quase imperceptíveis na testa, e um olhar opaco e sem vida, mesmo assim, não deixa de ser lindo.
Não podemos culpá-lo, as coisas que deve ter visto em guerra, devem tê-lo consumido ao terror, as noites mal dormidas escutando gritos de seu batalhão, as expressões de horror e medo no rosto de seus soldados o deixaram à mercê da insônia.
Ele entra dentro de seu escritório, ainda com a sua postura firme, e Shikamaru logo vem atrás, olhando Uchiha com um olhar inexpressivo.
— Por que me olha assim? — Uchiha diz se encostando na cadeira logo após pegar um copo de whisky, do jeito que sempre gostou.
— Sabe do assunto que temos de tratar, Sasuke. — Shikamaru diz sério, tomando seu conhaque, sentando-se em frente ao Lúpus.
— Sei bem, vamos, diga.
— O baile de cortejos está chegando, e como seu conselheiro, eu aconselho que ache um ômega decente, você já está passando da hora de se casar.
— Quem irá me querer? Um homem pós-traumático, manco, e sem humor? Isso é uma piada. — solta uma risada amarga, balançando o líquido dentro do copo, e evitando o olhar do amigo.
— Uchiha, você é um alfa bonito, e você tem sim humor, só não teve a oportunidade de rir durante os últimos 5 anos, e quanto a sua perna, agradeça, você tem uma. — Shikamaru olha para sua única perna, lembrando do fatídico dia.
— Desculpe meu amigo. — Uchiha o olha arrependido.
— Tudo bem, apenas me prometa que tentará, por favor, tente ser feliz, eu tenho certeza de que seu futuro será brilhante.
Uchiha solta uma risada, agora uma verdadeira, uma que faz aquele sorriso brilhante aparecer, e seus olhos formam pequenas ruguinhas.
— Eu vou dar uma volta pelo jardim, depois nós conversamos.
Sasuke abre a porta de seu escritório, e anda em direção a porta de seu castelo.
Os empregados ao ouvir o tilintar da bengala em contato com o chão, se curvam em direção ao Alfa Lúpus, demonstrando respeito a espécie forte de um Lúpus.
Já no jardim, Uchiha anda em direção a fonte, o centro do lugar, compostos por bancos de madeira e ferro, com um labirinto de folhas em volta, deixa o lugar ainda mais bonito, e ele se permite respirar fundo pela primeira vez porque muito tempo ele evitava respirar demais, se fizesse, sentiria o cheiro do sangue de seus companheiros e a pólvora das bombas, o cheiro de carne e pelos queimados dos lobos de seus amigos.
Logo, Uchiha entra dentro do labirinto, e vai a um lugar importante demais para ele, um pequeno jardim escondido do sol e todos a volta, que somente Sasuke sabe da existência, e ao chegar em frente ao túmulo, ajoelha-se por terra, encarando o nome que um dia, foi seu porto seguro.
Ele limpa a terra que se juntou durante os anos da pedra, e logo encosta sua testa contra a foto que se encontra há tanto tempo encostada no túmulo.
— Tha an t-àm ann gluasad air adhart, fuirich ri mo thaobh, agus soillsich mi nuair a lorgas mi mo ghaol mòr. (É hora de seguir em frente, fique ao meu lado e me ilumine quando eu encontrar meu grande amor.)
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