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Depois de passar anos em batalha, o alfa Capitão Sasuke Uchiha é dispensado de seu posto após um ferimento de guerra. Agora não sendo mais capitão e sim um Nobre do Capitólio Londrino...
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TODOS SE assustam com a demonstração de afeto, como poderiam duas almas que acabaram de se conhecer, se comprometerem desse jeito?
Naruto ficou atônito, com a mão esquerda ainda na testa de Uchiha, ele não segurou um sorriso grande e largo que se apossou de seu rosto, seu coraçãozinho batia forte e parecia que iria sair do peito, o ômega estava eufórico.
Demonstrações de respeito e carinho assim era raro, normalmente os alfas se achavam superiores e por isso não se comprometem fazendo este ato. É íntimo e bonito, mas normalmente os alfas apenas pegam os ômegas como seus, sem demonstrações de respeito, é algo instintivo, vem do próprio lobo.
Uchiha se levanta com uma expressão séria, deixando claro que esse ato perante todos é real e será duradouro, e por fim, chega mais perto de Naruto, coloca sua mão na bochecha vermelhinha e com pequenas sardas de seu futuro ômega e diz:
— Eu gostaria muito de lhe chamar para uma dança, mas como pode ver. — ele bate a bengala de leve no chão. — Será um pouco difícil.
— Não me importaria se dançarmos devagar, seria mais tempo ao seu lado. — Naruto arregala seus olhinhos, como pôde falar isso? Lobo bobo, o ômega pensa, e o lobo de Naruto só solta uma risada.
Uchiha percebe a timidez do ômega perante sua própria frase e solta uma risada baixa, se inclina para ficar rente a orelha do ômega, sussurrando:
— Está me enlouquecendo ômega, meu lobo clama por você, e vou fazê-lo meu, somente meu.
Logo os dois percebem que estão sendo observados por todos os convidados, ômegas sentem inveja, alfas se sentem ameaçados, e Uchiha faz o favor de olhar cada um nos olhos com um sorriso presunçoso nos lábios de quem diz "Este ômega não será de vocês".
Assim, Sasuke pega na mão de Naruto e o acompanha para fora do palco, com uma expressão séria no rosto, mas seus olhos entregam o quanto está feliz apenas por ter o ômega ao seu lado.
Depois de cinco anos de pura dor, sofrimento, angústia e violência, o Lúpus pode finalmente respirar e não sentir o cheiro de pólvora e carne queimada, e sim o doce e delicioso cheiro do ômega que um dia será seu.
Uchiha o leva para o meio do salão, antes dando sua bengala a Shikamaru, e anda meio hesitante ainda segurando a mão do ômega.
Naruto sorri com isso, segurando firme na mão do Lúpus passando confiança, exalando um olhar carinhoso e compreensivo, e assim que se tornam o centro da atenção — mais uma vez — Uchiha olha pra Naruto em um pedido mudo com os olhos para poder colocar sua mão na cintura do ômega, pedido que é concedido com um aceno fraco e envergonhado.
Naruto sente a mão firme e grande se apossar de sua cintura com possessividade, mas ao mesmo tempo carinho, o ômega coloca sua mão esquerda do ombro do mais alto e logo com suas mãos livres, entrelaçam seus dedos.
— Sua mão é tão pequena comparada à minha. — assim que começa a melodia, Uchiha diz enquanto balançam fracamente de um lado para o outro, sem nunca desviar seus olhos dos olhos do ômega.
— Isso foi um elogio? — Naruto acaba rindo, envergonhado.
— Todas as minhas palavras dirigidas a você serão elogios, os meus olhares serão cheios de devoção, e eu espero olhar para você o resto da minha vida. — ele encosta sua testa contra a do mais baixo. — Acabamos de nos conhecer, mas meu lobo não para de me xingar todos os palavrões existentes por ainda não ter beijado você.
— Quero conhecê-lo senhor Uchiha, quero fazer parte da sua vida, quero poder abraçá-lo e ouvir seu coração bater fortemente apenas por mim, quero que meu lobo uive de saudade quando não estivermos juntos, e quero apenas estar ao seu lado, em silêncio, porque mesmo se não conversarmos, se apenas ouvirmos nossos corações baterem, ainda será mais significativo do que juras.
Naruto fica envergonhado, mas desta vez não foi seu lobo que o induziu a dizer isso, foi apenas seu coração batendo loucamente e uma vontade insana de pôr para fora palavras que nunca dirigiu a ninguém.
— Eu prometo Anjo, temos muito tempo para fazermos o que quisermos, porque se depender de mim, eu serei sempre seu.
