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As doze horas do primeiro dia de Outubro de 1989, 44 mulheres de diferentes lugares deram a luz

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As doze horas do primeiro dia de Outubro de 1989, 44 mulheres de diferentes lugares deram a luz. Algo em comum pelo fato de que nenhuma delas estava grávida quando o dia começou. O sr. Reginald Hargreaves, excêntrico, bilionário e aventureiro decidiu localizar a maior parte possivel dessas crianças. Ele adotou oito.

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Após longas desde o falecimento de seu pai, Katerina se arrumava para o enterro cuidadosamente. A garota havia chegado tarde da noite anterior, assim que recebeu a notícia, deixou seu apartamento para trás e seguiu caminho direto a casa de infância.

Após um grande banho, vestia o vestido que seu pai mais gostava que usasse, e deixava seu cabelo cair sobre seus ombros.

A garota passava a mão levemente por seu rosto admirando as faces jovens, relembrando de seu grande erro do passado.

Ao sair do quarto, a garota desce cuidadosamente as escadas e se encontra com Grace, que cozinhava como todos os dias.

- Bom dia, mãe. - Passa dando um beijo na bochecha da loira.

- Bom dia querida. Estou cozinhando para seus irmãos - Ela diz. - Coloquei sua água no freezer.

- Obrigada por guardar para mim, mãe. - Agradece gentilmente, pegando a garrafinha e a virando na boca. - Quando meus irmãos chegam?

- Alguns já estão há caminho. - Ela responde suavemente.

Enquanto conversava com Grace, se lembrava do livro que estava lendo na noite anterior para tentar dormir, e toma a decisão de ir até a sala procura-lo.

Ao adentrar a sala, ela reconhece o livro em cima da mesa e caminha para pega-lo, acariciando o mesmo sobre sua mãos.

Se lembrava de tantos momentos com sua família, e principalmente com seu pai após o acidente. De como ele a apoiava diversas vezes quando a mesma se achava um monstro, e de suas palavras.

- Kate? - A voz familiar soa ao seu ouvido, vendo Alisson parada atrás de si.

- Ally. - Sorri para a irmã, indo até a mais alta e a abraçando fortemente. - Nossa, quanto tempo.

- Pois é, nós nem nos vimos mais depois... - Diz, mas faz uma pausa ao relembrar

- Fique tranquila, passou Ally. Eu não o vi mais e tudo bem.

- Ah, eu sinto mesmo, Kate.

- Pessoal - Outra voz familiar adentra a sala - Desculpe interromper vocês.

- Vanya - As duas dizem em uníssono, indo até a de cabelos pretos e a agarrando.

- Você veio mesmo. - Alisson diz

- Oi Alisson. Oi Kate.

- Ah, o que ela tá fazendo aqui? - Diego pergunta, interrompendo o momento e passando por nós. - Esse não é o seu lugar. Não depois do que fez.

- É sério que vai querer falar sobre isso hoje? - Alisson diz irritada

- É bom cumprimentar os irmãos Diego. - Kate se pronuncia.

- Oi Kate. - Ignora Alisson e sobe as escadas em silêncio.

- Não dava para escolher roupa melhor para a ocasião?

- Pelo menos eu vim de preto.

- Tudo bem, acho que ele tá certo. Eu não devia...

- Não liga pra ele.

Enquanto colocava o livro de baixo do braço, ela caminhava até o outro cômodo, onde via Pogo parado em frente ao quadro que conhecia bem.

- Senhorita Hargreeves. - Pogo a cumprimenta. - Seu pai adorava esse livro.

- Tenho certeza que sim, ele nunca me faria ler um livro de romance atoa. - Ri fracamente, mas logo voltando seu olhar ao grande quadro a sua frente. - Há quanto tempo ele desapareceu? - A Garota contava no começo, mas após meses, ela cansou de esperar.

- Faz 16 Anos, 4 Meses e 14 Dias. Sei que eram apaixonados, Senhorita Hargreeves, nada passava por de baixo de meus olhos.

- Eu fazia lanches para ele todas as noites, com medo de ele voltar com fome.

- Eu sempre pisava em um dos seus sanduíches de pasta de amendoim e marshmallow. - Pogo ri.

- Pogo, eu preciso deixar esse livro na sala de meu pai, eu já vou. - Diz Kate interrompendo o assunto, para não ficar emocionada perto de Pogo.

A moça subia rapidamente as escadas e os corredores da casa até chegar a porta do escritório de seu pai, respirando profundamente antes de entrar.

Ao olhar a sala, vê uma figura abaixada na antiga mesa de Reginald que se mexia, até Klaus subir seu rosto para ela

- Kate? Kate! - Diz levantando e abrindo os braços, estava chapado.

- Fala sério, Klaus. Você esta chapado e nem é uma boa ocasião para isso. - Ela interrompe ele, sua feição irritada cobria sua face completamente.

- Kate, irmãzinha. Não fica brava, eu estou bem. - Klaus zomba se sentando na cadeira.

- Que bom Klaus, não recebi nenhuma ligação de quase óbito dessa vez. -

- Klaus? - Alisson interrompe, entrando no escritório.

- Alisson? Nossa é você? Me da um abraço aqui. - Klaus abre os braços para a cacheada. - Há quanto tempo. Nossa! Olha, eu tava aqui querendo encontrar você, porque eu queria pedir um autógrafo. Pra colocar na minha coleção.

- Tava na reabilitação?

- Sim. - Kate responde.

- Não! - Klaus responde por cima. - Não, não, não. Eu não faço mais essas coisas, não, tá? Eu só voltei aqui para ver com meus próprios olhos se o velho tinha empacotado. Empacotou! Ele morreu! - O moreno dá palminhas com a mão, comemorando a notícia. - Agora eu sei. Porque, se ele estivesse vivo, nenhum de nós iria ter permissão para colocar os pés nesse escritório.

- Ele sempre ficava aqui quando éramos crianças, tramando a próxima sessão de tortura - Se senta na cadeira colocando os pés sobre a mesa. - Lembra como ele olhava para gente? Aquela carranca? Ainda bem que não é nosso pai verdadeiro, assim a gente não puxou aquele olhar feio e sem vida - Klaus diz puxando as pálpebras para cima.

- Sai da cadeira dele. - Uma voz grossa ecoa a sala atrás dos três irmãos.

- Olha só, Luther! Rapaz você... Encorpou né? Não precisa fazer nenhum discurso. Eu e Kate já estavamos indo embora, tá? - Ele diz puxando a cacheada. - Para vocês colocarem o assunto em dia. - Porém, é impedido pelo maior que o segura pelo braço.

- Devolve.

- Tá falando do quê?

- Devolve. Agora.

- Tá - Klaus diz soltando bruscamente dos braços do irmão.

- Oi, Luther. - A Cacheada diz abrindo os braços, recebendo rapidamente o irmão dentro deles enquanto Klaus tirava jóias do bolso.

- Não era nada de mais! Era só um adiantamento da nossa herança. Não era nada de mais! - Ele joga as joias pelo chão, para mostrar que ele havia entregado. - Você não precisa ficar assim, todo nervosinho. - Ele termina, puxando a irmã pelo braço e retirando ela da sala.

𝐼 𝐿𝑜𝑜𝑘 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑌𝑜𝑢. • 𝐹𝑖𝑣𝑒 𝐻𝑎𝑟𝑔𝑟𝑒𝑒𝑣𝑒𝑠.Onde histórias criam vida. Descubra agora