Irmãos com poderes extraordinários se reúnem depois de passar muito tempo afastados e descobrem surpreendentes segredos de família. A família enfrenta viagens no tempo, assassinos e o fim do mundo.
Concluída.
06/10/2024.
By: Mrs. Grassmann. (Bubyssx...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Enquanto Kate e Cinco bebiam seu quinto copo de bebida, a sineta do elevador ecoou sobre o salão, fazendo a cacheada estreitar seus olhos para ver de onde vinha o barulho.
Cinco, nesse ponto, já estava bebado o suficiente para não prestar atenção em nada ao seu redor, enquanto Kate se mantia sóbria, alerta sobre tudo ao seu redor.
Ao longe, uma figura vinha a caminho do salão, fazendo a garota suspirar em frustração.
- Fala sério. - Ela resmunga.
Reginald passava pelas mesas tranquilamente, atraindo os olhares de todos ali presentes.
- Mas o que ele tá fazendo aqui? - Luther pergunta.
O maior se mantia de cabeça baixa, Kate sabia o quão Luther ficava vulnerável na presença do pai.
Os irmãos resmungavam entre si, incomodados com a presença do pai onde não havia sido convidado.
- É melhor ele não sentar aqui.
- O que ele tá fazendo aqui?
Reginald se sentou em uma mesa vazia atrás de Cinco e Kate, colocando seu prato sobre a mesa e começando a se alimentar.
Klaus, não tão secretamente, fazia um gesto com as mãos, indicando para que Reginald sorrisse com naturalidade.
- Que horror. - Kate olha o pai aterrorizada. - Prefiro a carranca habitual.
- Ele tá comendo ovo recheado de garfo e faca? - Lila pergunta.
- Que triste. Fiquei até triste.
- Me apresenta. Agora. - Lila ordena.
- Não, não vou. - Diego nega, sendo puxado pela namorada contra sua vontade. - É sério que você quer que...
- Quero. Vem.
- Eu tô bem?
- Tá linda. - Diego se aproxima do pai, que se levantou de imediato. - Pai, Lila. Lila, Sir. Reginald Hargreeves.
A cena fazia Kate ter uma vontade espontânea de rir, achando genuinamente engraçado.
- Sr. Hargreaves, que prazer!
- Pelo seu jeito de falar, você é de East End.
- Ouvido bom.
- Eu falava como um homem do Queen's. Deixa eu adivinhar. Spitafields?
- Quase. Whitechapel.
- Deve conhecer o Cat and Custard.
- Perto do Fox and Hound.
- A melhor batata da cidade.
- É verdade. - Kate concorda para si mesma.
- Eu mataria por um purê de ervilhas agora. - Eles riem.
- Então, como você foi ficar com esse aí?
- A gente se conheceu num sanatório. - Lila explica, fazendo Kate acertar um tapa em sua própria cabeça.
- Ah, eu não duvido.
- Ele pode ter uns parafusos a menos, mas serve.
- Com certeza. - Reginald concorda, beijando a mão de Lila.
A de franja se afastou de Diego com um olhar ríspido, deixando o homem confuso.
- Ela é uma mulher e tanto. Parabéns, meu rapaz.
- Valeu. - Diego agradece sem graça.
- É uma pena não termos tempo.
- Por quê?
- Você daria um pai incrível. - Reginald comenta, atraindo um olhar incrédulo de Kate a Diego, que apenas a olhou confuso.
Diego parecia perdido em seus próprios pensamentos, enquanto Kate voltava sua atenção para seu namorado bêbado ao seu lado.
- Maneira na bebida, coroa. - A cacheada zomba.
- Querida, eu estou perfeitamente bem. - Ele responde arrastado.
- Querido. - Ela responde irônica. - Se daqui meia hora você estiver se arrastando no chão, vai me pagar vinte pratas.
Um som de talher batendo no vidro chamou a atenção dos irmãos no salão, se virando para Reginald, que pegava o microfone para discursar.
- Sei que é costume que o pai da noiva diga algumas palavras. Sloane, desde que você era uma menininha, eu sempre soube que você era excepcionalmente brilhante. Embora eu não possa dizer que conheço tão bem o Luther, pelos poucos momentos que compartilhamos, parece que você encontrou um parceiro bem adequado.
- Ele chamou o Luther de adequado. - Cinco ri.
- Silêncio, Cinco. - Kate o silência.
- Foi a melhor coisa que já falou pro Luther.
- Falei que esse pai era mais gentil.
- Shiu. - Kate chama a atenção de Klaus.
- Eu reconheço que, como pai, eu tive minhas falhas. Mas espero que esses defeitos sejam vistos apenas como buracos em um gramado verdejante. Tenho orgulho em chamar vocês de filhos. Mesmo aqueles que foram criados por outra versão minha. Eu espero que nessa noite, nós possamos criar algumas lembranças especiais. Mesmo que tenhamos tão pouco tempo. O Sol nasce sobre um campo de flores. Uma mãe vela sozinha todas as suas dores. Pessoas desfilam, de preto vestidas. E enterram, sofrendo, suas feridas. Com a respiração fraca, e com o tempo acabando, eu oro para que, da morte, vocês acabem escapando.
O silêncio se instalou no salão, a maioria dos Hargreeves não haviam nem palavras para comemorarem os versos, pois dentro deles, suas crianças interiores choravam pelo papai.
- Não sabia que o coroa era bom assim. - Cinco comenta cabisbaixo.
- Tudo bem, tudo bem. - Chet fala ao microfone. - Está na hora de todo mundo se animar. Essa aqui é pra todo mundo requebrar.
Chet colocou uma música animada para os irmãos dançarem, Kate estendeu a mão para o namorado, para que ele a seguisse para a pista, o que não foi negado.
Kate dançava como se não houvesse amanhã, e pode ser que não tivesse, mas ela não se importava naquele momento.
Enquanto dançava, seus olhos pousaram em Viktor, que tinha os olhos lacrimejados.
Observando a situação do irmão, Kate puxou o garoto para dançar com ela, dando pulos animados.
O mundo parecia parar, era só isso que importava naquele momento. Não era o apocalipse, não era a linha do tempo, era seus irmãos.
Os irmãos que ela tanto amou, juntos e felizes pela primeira vez em muito tempo, e ela não poderia estar mais satisfeita.
Ela sabia que eles estavam conectados de alguma forma, ela não queria ir para casa agora. Ela só sentia o momento, era como se respirasse suas vidas.
Ela sabia que algum dia, isso iria acabar, mas ela queria que quando acontecesse, estivessem juntos.
Cinco subiu no palco, já sobre o efeito do álcool, pegando o microfone. Ele cantava tranquilamente a música que tocava ao fundo, fazendo Kate parar para admira-lo, por mais que ele estivesse nitidamente bêbado.
Ao canto, Lila e Diego se sentavam encostados sobre o palco, observando Luther e Sloane.
- A gente era assim.
- Nós nunca fomos assim. - Diego nega. - Que nojo. - Ele resmunga, recebendo um tapa de Lila. - Sempre foi assim.
Kate se sentava no canto do palco descalça, observando Cinco cantar, achando a cena genuinamente fofa.
