Capítulo 2: O Enigma do Relógio

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A noite havia caído sobre a Cidade Silenciosa, e o manto escuro que cobria as ruas parecia esconder mais do que revelava. As luzes dos postes iluminavam fracamente os caminhos tortuosos, criando sombras dançantes que pareciam ter vida própria. No centro da cidade, o antigo relógio da igreja marcava onze horas, seus ponteiros avançando com uma precisão quase hipnótica.

Ele caminhava com passos determinados, sentindo o peso do papel amassado no bolso. A frase "A verdade está nos detalhes" reverberava em sua mente como um mantra. Sabia que precisava observar atentamente, pois qualquer detalhe, por menor que fosse, poderia ser crucial.

Ao passar pela praça central, seus olhos foram atraídos por algo peculiar no velho relógio. Ele parou e observou com atenção. Havia algo de estranho nos ponteiros – uma pequena marca, quase imperceptível, no ponteiro das horas. Curioso, ele se aproximou mais, tentando discernir o que aquilo significava.

No silêncio da noite, o som dos ponteiros do relógio parecia mais alto. Ele ficou parado, observando, tentando decifrar o enigma que aquele relógio apresentava. A marca no ponteiro das horas parecia ser um símbolo, algo gravado ali propositalmente. Com um esforço, ele conseguiu distinguir um pequeno círculo com uma linha através dele – um símbolo que ele reconheceu vagamente de seus estudos de símbolos antigos e criptografias.

O símbolo parecia familiar, mas ele não conseguia lembrar exatamente de onde. Decidido a descobrir mais, ele fez uma anotação mental para consultar seus livros antigos de criptografia e simbologia. Talvez a chave para o mistério estivesse ali, no velho relógio da igreja.

Enquanto isso, ele continuou sua caminhada pela cidade, atento a cada detalhe ao seu redor. Cada sombra, cada som poderia ser uma pista. Ao virar a esquina, ele viu um brilho fraco vindo de uma janela no segundo andar de um prédio antigo. Subiu as escadas silenciosamente, parando em frente à porta semi-aberta. Dentro, uma luz trêmula de vela iluminava uma pequena sala cheia de livros e papéis espalhados.

Ele entrou cautelosamente, examinando o ambiente. Em cima da mesa, um caderno de couro chamou sua atenção. Folheando as páginas, encontrou várias anotações sobre símbolos e criptografias, incluindo o mesmo símbolo que vira no relógio. As anotações mencionavam uma sociedade secreta que usava esses símbolos para se comunicar.

A cada página virada, o mistério da cidade silenciosa se aprofundava. Parecia que ele estava no caminho certo, mas ainda havia muitas peças faltando no quebra-cabeça. Guardou o caderno no bolso e deixou a sala com cuidado, sem deixar rastro de sua presença.

Naquela noite, enquanto a cidade dormia, ele continuou sua busca, determinado a desvendar os segredos ocultos na Cidade Silenciosa. Cada detalhe, cada pista o aproximava mais da verdade, e ele sabia que estava apenas no começo de uma longa e intrincada jornada.

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