Livros e Café II - Soukoku

Eu reescrevi o final

☆EU VOLTEEEEEEEI

☆Digo e repito, O álbum Supernova é sobre Dazai e chuuya...meu Deus só sei ouvir isso e pensar neles, JÃO MUITO OBRIGADAAA, AMÉM!!!

☆E pela primeira vez...acompanhem o ponto de vista de Chuuya Nakahara (Eu precisei ter um chuuya na minha vida pra saber como escrever o ponto de vista dele.....♡)

𖥻𖥻𖥻

E dependendo do que eu digo
Capaz que saia no jornal
Que com essa idade ficou meio tarde
Pra ser tão sentimental
- MODO DE DIZER | JÃO.

Imaturos. É isso que escritores são.

Eles escrevem, vivem, nos mostra nos seus medos e nos passam a confiança para sermos aquilo que talvez não conseguiríamos ser com qualquer outra pessoa. Essa ideia do cliche caso sobre um escritor traumatizado que se apavora ao ver um amor bater em sua porta... o maldito me conquistou em cada estrofe daquele livro horroroso.

Vez ou outra me vejo brincando com palavras, dedilhando pelo notebook um protagonista que logo seria meu favorito, ele tinha cabelos castanhos, olhos do mesmo tom mas que por alguma razão me recordava o perfeito tom de grãos de café, o mesmo café que me tirava o sono. Ele era único mesmo com seus defeitos, ele era lindo e sequer estava me referindo sobre sua aparência. Deus, era Dazai... todos sabíamos que era sobre ele. Yosano que resolvera sair da cafeteira e voltar para a casa dos pais por um tempo para que pudesse se dedicar a faculdade novamente, falava que o moreno tinha sido alguém que apesar de todos os problemas, tinha despertado um novo ser a minha pessoa. Um que talvez não sabia que precisava para si, mas agora a melancolia era tão simples quanto respirar.

Akutagawa era um jovem que carregava rancor de Dazai. Ambos não chegaram a se conhecer, entretanto se houvessem tido essa oportunidade... talvez tivessem virado amigos. O mais novo se trata de um irmão para mim. Na infância, apenas minha tia era responsável por mim. Meus pais haviam falecido e a mulher foi um anjo em minha vida, junto dela, o filho dela. A criança de quatro anos de diferença, apesar de mais novo, era como um verdadeiro conselheiro para meus momentos mais difíceis. Estava ali para cada choro, riso ou medo que tentasse me intimidar. Com Dazai foi diferente... era a primeira vez em que tentava tomar as rédeas, tentava flertar sem vergonha alguma, era a primeira vez com um homem. Era a primeira vez que as coisas pareciam certas para mim.
Falar sobre isso para o menor ainda parecia estranho, era diferente falar que havia me entregado e apesar da raiva do garoto ao ver todo o problema... havia ficado feliz, por eu me encontrar.

"Dazai me mandou uma mensagem" foi o que eu falei para ele em ligação. O silêncio da ligação me fez contar até dez, eu sabia, ele sabia.....ele conhecia a emoção na minha voz, a onda de esperança tentando ser escondida em minha voz.

- Chuuya... me diz que você o bloqueou.

- As mensagens não duraram mais do que meia hora.

Era o que eu disse. Não era mentira...apenas não contei sobre o que houve depois.

O protagonista não fugiu no livro, no livro eles terminam juntos inesperadamente. Ele sabia que não era sobre o livro que falávamos...

Você acha que seria errado Dazai? É errado dizer que apesar de xingar você várias vezes durante muitas noites onde o vinho parecia a melhor saída... É errado dizer que foi modo de dizer? Você se arrepende, eu sei disso... Só por isso estou aqui.

O silêncio na resposta era angustiante, era torturante, se o problema nisso tudo era você por qual razão doeu em mim também? Éramos apressados, éramos jovens, eramos imaturos? Eu não sei a razão, porra Dazai responda...

Um sorriso ousou a brotar em meus lábios. Era errado pensar naquilo como algo desafiador? Por qual razão ele estaria aqui caso também não desejasse? Eu não desejo outro alguém melhor, minha insônia já é sobre o moreno com olhos da cor do café.

Se você acha que preciso de alguém melhor, se torne alguém melhor.