Dear Mystery

6.

𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂.
                                     𝑪𝒂𝒍𝒊𝒇𝒐𝒓𝒏𝒊𝒂, 𝑳.𝑨, 𝑻𝒆𝒓

Eu estava sentada lendo enquanto espero Aaron vir me buscar, eu acho que ele sabe onde é minha casa, eu estou atenta a cada frase do livro ,divinos rivais, um enemies to lovers.

Eu fecho o livro ,olho para o teto de minha casa e penso " por que eu não fui morar na casa em que eu e meu irmão morávamos?" Mas logo em seguida vem várias resposta para minha pergunta, eu não superei a morte dele , eu causei a morte dele... e se eu tivesse tentado ajudar? E se eu tivesse morrido no lugar dele?.

Eu estava perdida em meus pensamentos mas logo sai deles quando escuto um ronco de carro na fremte de minha casa ,Aaron, eu me levanto e saio de casa.

Eu estava usando um boné vermelho, um all star preto de cano medio, uma calca cargo preta ,uma blusa preta e uma jaqueta da ferrari que meu irmão me deu...

Eu saio de casa com uma garrafa de Uísque, eu percebo o olhar indiscreto de Aaron que estava dentro de uma Audi RS6.

- o que foi? Por acaso você acha que eu iria visitar meu irmão de mãos vazias? - eu pergunto com um leve tom de provocação, eu estou afim de ver ele se irritar.

- eu acho que seu irmão vai adorar o presente, é melhor que o presente que eu dei para ele - eu olho para cara de Aaron tentando saber o que ele levou até o túmulo de meu irmão.

- flores? - eu pergunto ,Aaron assenti e eu penso o quanto meu irmão iria te xingar se desse flores para ele - meu irmão de este te xingando até hoje.

-mortos não falam - ele retruca rapidamente.

- você está errado, mortos não são escutados mas sempre falam quando querem - eu falo e abro a porta do carro.

antes de entrar no carro, eu me senti no banco com os pés para fora, bato meus sapatos um contra o outro para tirar a poeira e coloco meus pés dento do carro.

- seu irmão iria se orgulhar - Aaron fala, eu sorrio levemente mas me lembro que tenho um pouco de raiva por Aaron.

- realmente mas ele não está orgulhoso pois ele morreu - eu falo entre dentes.

Aaron liga o carro , um ronco potente sai da Audi e isso me deixa feliz pois sempre amei carros.

[...]

Dentro do carro está um silêncio agonizante, eu me mantenho olhando a paisagem totalmente calada enquanto Aaron está focado na estrada mas ele decide quebrar o silêncio.

- por que me odeio tanto? - ele indagou enquanto olhava para a estrada ,mas eu conseguia ver pelo reflexo do espelho ele me olhando de soslaio.

- eu nunca ... - eu paro de falar, solto um suspiro pesado

Eu me mantenho calada por um tempinho, não queria falar por que eu odeio ele, ele machucou a minha eu do passado demais e agora eu não posso me mostrar frágil.

- e por que me odeia? - Aaron pergunta insistindo, eu viro minha cabeça e respiro fundo.

- não te interessa. - dou um sorrisinho provocativo .

Eu não percebo que o tempo passou rápido e que já estávamos perto do cemitério.

- por que esse cemitério é tão longe? -eu pergunto enquanto Aaron mantém os olhos na estrada.

- nós mudamos o corpo de seu irmão para outro cemitério - o que Aaron diz me dá virar rapidamente minha cabeça para ele .

- sem meu consentimento ?! - eu falo surpresa e irritada , ele simplesmente assentiu e eu fico irritada mas não falo mais nada.

[...]

Quando chegamos ao cemitério, eu desço do carro e adentro o cemitério.

Eu olho atentamente as lápides , eu procuro a lapide de meu irmão com os olhos enquanto Aaron caminha ao meu lado com o uísque ,que eu trouxe, nas mãos.

Eu vejo uma lápide com um desenho da estrela de Davi . Eu ando rápido até chegar nessa lápide, eu me abaixo quando estava perto. Eu me lembro das minhas palavras em seu enterro.

- espero que saibam que estou comemorando e não me lamentando. Eu agradeço por ter tido jacob como irmão, ele era meio diferente mas... sempre me apoiou. Eu nunca fui uma pessoa de frequentar igrejas a fé vem da pessoa e não do lugar , eu espero o máximo de respeito por minhas palavras, agradeçam e festejam enquanto tem pois quando se perde.... você nunca mais terá aquela pessoa ao seu lado e sim um vazio... - eu falava com lágrimas nos olhos mas que não desciam, minha garganta estava ardendo pois segurava minhas lágrimas.

Eu estendo minha mão para Aaron e ele entrega o uísque para mim , eu coloco o uísque ao lado de sua lápide

- eu sei que não é o día de el Muertos mas espero que goste do presente - eu falo com um sorrisinho fraco.

Eu me levanto enquanto olhava para baixo meio triste mas levanto meu rosto e meus olhos encontram o de Aaron.

- por que vocês também falavam em espanhol? - eu fico surpresa com a pergunta repentina de Aaron.

- estamos no meio de um cemitério e um clima triste, por que infernos você me pergunta isso? - eu pergunto meio curiosa.

- eu só quero saber por que vocês falavam em espanhol - Aaron fala se virando para sair do cemitério.

Eu acompanho Aaron e também saio do cemitério.

- a minha avó por parte de pai é Mexicana - eu falo e ele me olha como se estivesse mais curioso- o que foi? A minha família por parte de pai é muito misturada e confusa. Meu pai é italiano, o pai dele era Italiano e a mãe uma mexicana.

- por isso ele tinha um sotaque diferente dos italianos? - Aaron pergunta e eu assinto.

Nos vamos até o carro . Aaron liga o motor do carro e dirige.

Eu estava tão distraída com a paisagem mas aos poucos vou percebendo que estávamos indo para um lugar diferente.

- onde estamos indo? - eu pergunto e deixo minha guarda alta caso necessário.

- não se preocupe, temos que ir a um lugar e eu não te farei nenhum mal então não precisa levantar a guarda - Aaron diz com um tom suave enquanto dirige.

Eu me acomodou novamente no banco do carro e volto a me distrair com a paisagem.