Parte 2

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Notas:

Esta é a última parte.

Aviso logo que o hot é intenso. Não leia se você for pura e inocente. Mas se for safada, vai fundo.

***

Penelope se movia pela pista de dança em um torpor, sua mente girando de confusão após a súbita declaração de Colin. Ela não conseguia entender. Estaria bêbada demais? Teria imaginado tudo?

Mas não, Colin Bridgerton realmente disse que a queria. Ela não sabia como reagir. Não deveria tê-lo beijado, assim como fazem nas comédias românticas? Então, por que ela se afastou? Deus, o que ele deve estar pensando dela? Ela deveria ter reagido, dito algo, em vez de simplesmente se afastar como uma zumbi.

Enquanto ela manobrava pela multidão dançante, a música pulsante parecia zombar de sua turbulência interior. Penelope olhou ao redor, desesperadamente procurando uma maneira de organizar seus pensamentos. Seus passos a levaram a um local mais tranquilo perto da borda da pista de dança, onde as luzes tênues mal iluminavam os rostos ao redor.

Ela se encostou em uma parede, seu coração ainda batendo forte com a revelação inesperada. Fechou os olhos, tentando se recompor. O que Colin quis dizer com tudo aquilo? Ele realmente quis dizer aquilo, ou foi apenas um comentário impulsivo, alimentado pela atmosfera da noite?

Por um breve momento, ela considerou voltar para ele, pedindo esclarecimentos. Mas a incerteza e o medo a seguraram. E se ele se arrependesse de ter dito aquelas palavras? E se ele não tivesse dito com a intenção que parecia? Mas que outra intenção poderia haver para o que ele disse? Ele queria transar com ela.

Mas e se ele a quisesse apenas por uma noite? E se tudo aquilo fosse apenas um desejo passageiro, já que ela era uma das poucas amigas dele que ainda não havia dormido com ele? Os homens eram assim, afinal de contas.

E se fosse realmente apenas por uma noite, por que ela não poderia aproveitar? Ela estava dentro de uma boate especialmente projetada para a realização de diversos desejos. Ali, ela não era Penelope Featherington, amiga de Colin Bridgerton; ela era uma mulher com desejos pulsantes e latentes, e ele era um homem que havia se oferecido para satisfazer esses desejos. Ela não deveria aproveitar isso?

A música continuava tocando, cada batida ecoando sua turbulência interior. Penelope respirou fundo, convocando coragem para enfrentar a situação.

Ela se virou para voltar ao lugar onde Colin estava, mas a multidão havia se movido, e ele não estava mais à vista. O pânico se instalou, e ela sentiu uma mistura de alívio e decepção. Talvez ele tivesse encontrado outra mulher para passar a noite, pensou amargamente.

De repente, ela sentiu a mão de alguém tocando a sua, mas não se assustou porque o toque era familiar. Virando-se, ela ficou cara a cara com Colin, que estava sorrindo e a convidando para dançar.

Com um misto de confusão e curiosidade nos olhos, Penelope hesitou por um momento. A música pulsava ao redor deles, criando uma atmosfera tentadora. O sorriso de Colin era caloroso e sincero, e algo na maneira como ele a olhava fez seu coração disparar.

Sentindo-se um pouco mais corajosa, Penelope finalmente assentiu, permitindo que Colin a conduzisse para a pista de dança. Enquanto eles se balançavam ao ritmo da música, o mundo ao redor deles desaparecia, e eram apenas os dois presos na dança.

A mão de Colin repousava em sua cintura, e os dedos de Penelope tocavam levemente seu ombro. O constrangimento inicial derreteu em um entendimento compartilhado, e a dança se tornou uma conversa silenciosa entre eles.

Um Espetáculo IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora