COFEE AND FOFOCAS
Fico imaginando como Felipe me achou, eu mudei de identidade, me mudei de estado, não deixei rastros.
O que mais ele quer de mim, ele já estraçalhou meu coração. Algo que jamais vou conseguir remendar. Nada a trará de volta, nunca.
Uma lágrima se forma em meu olho.
- Ele vai super combinar com a Nick - Dani comenta e dá um tapinha em meu ombro e ri para Arthur e Bianca.
- Combinar com quem? - pergunto levando meu capuccino perto da boca para esfria-lo.
Sinto o aroma delicioso do café, o qual combina perfeitamente com o tempo chuvoso que está fora da cafeteira.
- Nosso primo europeu, ele é canadense, fala português e se transferiu para cá e o melhor: ele cursa literatura - Bianca fala empolgada - Minha mãe disse que ele é um prodígio, ele já tem três livros publicados no Canadá - ela bebe um gole de seu chá.
- Nossa prima Isabela também se transferiu para cá, como o irmão é um prodígio, a mãe a obrigou a estudar literatura também e a fez abandonar a faculdade de moda - Dani completa.
Quase cuspo na mesa o café que estava descendo pela minha garganta.
- Vocês são primas da Isabela? - questiono totalmente surpresa.
- Você conhece ela? - Bianca pergunta com um meio sorriso.
- Na verdade eu não, quem a conhece bem é Lucca, ela meio que pediu ele em namoro no meio da aula de linguística - explico.
- Gente que babado - Arthur ri e logo em seguida morde seu donut de prestígio.
- Ela é assim mesmo, vamos dar um desconto ela tem apenas dessete anos - Dani fala com os olhos arregalados.
Ela bebe seu latte como se a atitude da prima não fosse surpresa.
- Eii!! Eu tenho dessete e não sou assim desmiolada - Bianca fala batendo o pé.
- Não mesmo, você é bem pior Kaká - Dani a responde fazendo o grupo rir, menos Bianca que faz uma careta para a irmã.
- Mas gente, se ele é um prodígio no Canadá, por que eles se mudaram para o Brasil? - Arthur diz fazendo com que eu me pergunte o mesmo.
- Nossos pais falaram apenas que eles iriam passar uma temporada no Brasil até a poeira baixar no Canadá, agora a poeira "do que" eles não quiseram me contar - Dani explica parecendo curiosa para saber a verdade.
O sininho da porta da cafeteira toca e todos olhamos na direção da entrada. Um cara que deve ter 1,85 de altura, cabelos ruivos e olhos castanhos, entra e vem em nossa direção. Olhando bem ele parece a versão masculina da Isabela.
- Primas estava procurando vocês - ele diz empolgado e com um leve sotaque europeu.
- Senta com a gente - Bianca fiz puxando uma cadeira.
Eles começa a pedir algumas informações da faculdade para Dani, olho para o lado Arthur está quase engolindo o homem.
Chuto seu pé por baixo da mesa e faço um sinal limpando a boca quando ele olha para mim. Ele sorri maliciosamente e morde o lábio, eu rio enquanto termino minha bebida.
Não presto atenção no resto da conversa, estou dando alguns toques finais no trabalho que fiz com Lucca para alguém que se acha tanto ele deixou um pouco a desejar na sua parte do trabalho tive que pedir para ele refazer sua escrita duas vezes.
Depois de algumas horas de muitas conversas sobre sonhos, conquistas e desejos fomos todos para a faculdade que fica a uns 50 metros da cafeteira. Passar a tarde com meus amigos é a melhor maneira de aproveitar meu dia de folga.
- Então é você que cursa literatura? - o ruivo pergunta desacelerando e ficando atrás do grupo.
Aceno com a cabeça.
- Meu nome é Leonardo, Leonardo Campbell, muito prazer - ele insiste estendo a mão para um comprimento.
- Meu nome é Nicoly, muito prazer - respondo educadamente.
- Não vi você quando sua irmã foi apresentada a turma - sigo a conversa.
- Pedi para que eu não fosse apresentado, minha irmã bom, ela gosta de chamar atenção - ele respondeu sem jeito.
- Eu percebi.
- Desculpe por ela, eu vi o dia que ela sentou em seu lugar e ficou conversando com o seu namorado - ele fala com sinceridade enquanto entramos no prédio da faculdade.
- Você não precisa se desculpar por ela e sobre Lucca, ele não é meu namorado - respondo subindo o primeiro andar.
- Então porque ele está nos encarando desse jeito? - fala e aponta para frente com o queixo.
Olho e Lucca está de braços cruzados ao lado da porta da nossa sala, nos encarando descaradamente, sua boca forma uma linha reta e dia mandíbula está travada.
Não falo nada apenas passo pela porta e sento em meu lugar. Leonardo senta ao meu lado e começa pedir como funciona o sistema de notas aqui no Brasil.
INDICO DAR PLAY NA MÚSICA AQUI E VEJA COMO É ANDAR NO JEEP DE ARTHUR⚠️
Sinto meu celular vibrar.
Lucca
- Quem é esse água de salsicha?
Eu - Não te interessa.
- Não sabia que você havia decaído seus padrões.
Olho para Lucca que se sentou a algumas carteiras de distância e faço uma careta autoexplicativa. Ele revira os olhos. E volta para frente colocando seus fones.
Mas o que ele tem haver com quem eu ando, eu ein.
As aulas passam depressa e quando vejo já estou no carro de Arthur indo para casa.
- O ruivão se encantou com você gata - ele fala gargalhando e cantando Black Space da Taylor Swift que toca no rádio do seu jeep.
- Como seu pai te devolveu o carro? - mudo de assunto.
- Apenas deixei a aba de "peitos gostosos" aberta no meu notebook - ele responde com audácia.
- Coitado quando ele descobrir a yag icônica que você é - dou um tapinha em seus ombros e gargalho.
- Eu até começo um namoro falso com alguma garota se significar que ele sairá do meu pé - ele acompanha o refrão da música.
Apenas rio e começo a cantar junto com ele. Depois de muitos agudos e refrões, finalmente chegamos no meu condomínio. Desço de seu carro e me escoro na janela aberta do passageiro.
- Obrigada Tutu, você me salvou, não queria nem ver lotação no meu dia de folga - falo e faço um coração com as mãos.
- Namora comigo e ficamos quites - ele brinca.
- Vai embora logo - falo me afastando.
Tomo banho e vou para meu quarto, tormento já está me esperando na cama. Deito e faço carinho em seus pelos escuros. Faz alguns meses que encontrei ele embaixo de uma calha quebrada aqui no condomínio, desde então ele me adotou e concordou em dividir o apartamento comigo. As crianças do condomínio são más e tormento é apenas um bichano indefeso. Não foi culpa dele daquele pestinha do 128 ter puxado o rabo dele, ele mereceu os arranhões que levou.
Meu celular vibra. Tormento grunhiu e desceu da cama.
Número desconhecido
- Já contou para seus amigos o seu nome verdadeiro, meu amor?
LUCCA PARA LEONARDO: FILHA DA PUTA EU IA COMER O MEU HAMBÚRGUER, VAI SE FODER BARATA CORNA DESGRAÇA, QUE NOJOOOO
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Uma mentira - Um Mentiroso
RomanceSerá que uma mentira tem mais poder que um coração partido? Nesse romance você vai acompanhar nossa jovem protagonista, uma estudante de literatura que faz de tudo para não ser notada na faculdade e em nenhum outro lugar, ela quer viver nas sombras...