O laço se aperta

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O estranho sorriso do homem que me abordou na rua não saía da minha cabeça. Cada palavra que ele havia dito ecoava em meus pensamentos, um aviso sombrio de que os segredos de Rivershore eram mais profundos e perigosos do que eu poderia imaginar.

No dia seguinte, acordei cedo, determinada a descobrir mais sobre o artefato perdido e o estranho que agora rondava nossos passos. Quando cheguei à biblioteca, encontrei Jake já imerso em um dos manuscritos antigos. Seus olhos se iluminaram ao me ver, mas logo se obscureceram quando percebeu minha expressão séria.

"Encontrei aquele homem de novo," disse, sentando-me ao seu lado. "Ele disse que os segredos de Rivershore não pertencem a mim e que são perigosos."

Jake franziu a testa, suas mãos se fechando ao redor do livro que estava lendo. "Isso é preocupante, Tamy. Precisamos ser mais cuidadosos. Mas também significa que estamos no caminho certo. Se ele está tentando nos assustar, é porque estamos perto de algo importante."

Passamos horas na biblioteca, mergulhados em textos antigos e mapas desgastados pelo tempo. À medida que a tarde avançava, começamos a formar um quadro mais claro da localização do artefato. Estava escondido em um local remoto, além da floresta que cercava Rivershore, um lugar que poucos ousavam explorar.

Decidimos que era hora de sair em busca do artefato. Sabíamos que não podíamos enfrentar essa jornada sozinhos, então fomos procurar ajuda. Nossa amiga de longa data, Sarah, uma arqueóloga talentosa e destemida, era a pessoa perfeita para nos acompanhar. Quando a encontramos em seu laboratório improvisado, explicamos nossa descoberta e o perigo que nos rondava.

Sarah ouviu atentamente, seus olhos brilhando com a promessa de aventura. "Estou dentro," disse ela, sem hesitar. "Mas precisamos nos preparar. Essa floresta é traiçoeira, e quem sabe o que mais encontraremos por lá."

Naquela noite, enquanto preparávamos nossos equipamentos e planos, senti uma mistura de excitação e medo. O passado e o presente estavam se entrelaçando de maneiras que eu nunca imaginara. E no meio de tudo isso, havia Jake. Ele era um enigma, uma presença que me confortava e inquietava ao mesmo tempo.

"Você está bem?" Jake perguntou, notando meu silêncio. Seus olhos, sempre tão atentos, agora refletiam preocupação genuína.

"Estou," respondi, oferecendo um sorriso que eu esperava ser tranquilizador. "Só estou processando tudo. Mas estou pronta."

Na manhã seguinte, partimos antes do amanhecer, a floresta diante de nós como uma muralha sombria guardando seus segredos. Com Sarah liderando o caminho e Jake ao meu lado, senti uma força renovada. Estávamos juntos nessa jornada, e nada nos impediria de descobrir a verdade.

À medida que adentrávamos a floresta, cada passo parecia nos levar mais fundo em um mundo de mistério e perigo. As árvores altas e densas filtravam a luz do sol, criando um ambiente crepuscular que aumentava a sensação de estar sendo observada. E, em algum lugar nas sombras, eu sabia que o estranho também nos vigiava, esperando o momento certo para atacar.

Mas, apesar do medo, havia também uma sensação de propósito. Eu sabia que essa jornada era crucial, não apenas para descobrir o artefato, mas para enfrentar os fantasmas do meu próprio passado. E com Jake e Sarah ao meu lado, senti que poderíamos enfrentar qualquer coisa que viesse em nosso caminho.

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