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Vocês tão parando de comentar, seus putos...




Jenna

Tem três dias desde o pequeno ocorrido.

Nick está com a Emma e comigo, mas os fins de semana vai para a casa do Reiki.
A reunião na escola foi um porre. E eu ameacei tirar o Nick de lá.

O garoto constantemente vive sofrendo bullying ou piadinhas ridículas e ninguém faz nada. Quando ele dá o troco, o errado é ele?!

Não mesmo!

A psicóloga nos orientou a participar mais da vida do Nick, nós três juntos. Reiki, Emma e eu.

Está sendo mais difícil do que eu pensei.

Reiki está longe, mas sei os sentimentos dele.

Emma e eu estamos conversando e fazendo coisas de casais.
Conversando, beijando, transando, compartilhando as coisas.

Mas depois de tudo isso, durante a madrugada eu vejo ela chorando escondido.
Isso está acabado comigo.

Estou perdendo minha família aos poucos, e não posso fazer nada para mudar isso.

- Tia Jenna, podemos fazer um almoço aqui no sábado? - Nick me olhou. - Tem tempo que não fazemos almoço em família.

- Temos que ver com sua mãe. Ela está muito presa no trabalho esses dias.

Pura mentira.

Emma só está mais no trabalho para não ficar tanto tempo perto de mim. Emma não quer que eu saiba o que ela está sentindo.

Pena que eu conheço ela tão bem.
Conheço tanto, que sei todos os pensamentos dela.

Emma não quer desfazer nossa família por agradecimento, por eu ter ajudado dela durante o momento difícil.

- Também estou com saudade da tia Cris.

- Quer ficar com ela hoje ou prefere ficar aqui comigo e com sua irmã.

- Tia Cris poderia nos levar ao parque. Aposto que a Lou também quer.

Minha filha sorriu e abraçou Nick.

- Eu quero, mamãe.

- Tudo bem, vocês venceram. - Ergui meus braços em rendição. - Vou ligar para Cris, espero que ela não esteja com nenhum namorado nesse momento.

- Ela tem vários né, tia Jenna. - Nick falou confuso e eu dei uma risada. - Quando crescer também quero ter várias namoradas.

- Nem pense nisso, Nicholas Muller Myers Ortega.

- Nomão da porra.

Arregalei os olhos com o xingamento que Nick falou.

- Quem te ensinou isso, garoto?

- Omão porra? - Louise repetiu a palavra errada.

- Não, amor. Não pode falar essas coisas.

- Tia Cris disse que é legal. Tenho um nomão...

- Chega, tô pensando em não deixar vocês sozinhos com a Cris.

Falei brincando. Em seguida, mandei mensagem pra minha amiga dizendo que os afilhados querem sair com ela.

Cris disse que viria pegar os meninos.

Fui preparar uma mochila com lanches para os dois e peça de roupa pra cada um.

Vinte minutos depois, Cris veio buscar as crianças, aproveitei para planejar alguma surpresa pra Emma.

A noite foi caindo e eu saí para comprar uma comida italiana, vinho e flores pra Emma.

Entre Dois AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora