A Ascensão de Elara

O Reino de Azagravia

O reino de Azagravia era um vasto território onde as montanhas se erguiam majestosamente, cercadas por florestas densas e rios serpenteantes. No coração deste reino, erguia-se a capital, Utork, um testemunho impressionante do poder e da habilidade de governar do Imperador Archelaus.

Utork, a joia de Azagravia, espalhava-se em camadas ao redor da encosta da montanha. Suas ruas eram um labirinto de pedra e luz, iluminadas por lanternas encantadas que brilhavam com uma luz suave e constante. O pavimento das ruas era de granito polido, refletindo a lua e as estrelas, dando à cidade um brilho etéreo durante a noite.

As casas, construídas com pedra cinza-escura e adornadas com telhados de ardósia, tinham uma beleza austera. As varandas eram cobertas por trepadeiras floridas que, de alguma forma, floresciam apesar do ambiente sombrio. As janelas, altas e estreitas, eram protegidas por grades de ferro forjado, com padrões intrincados que contavam histórias de antigas batalhas e conquistas.

No centro da cidade, uma praça ampla e majestosa servia como o coração pulsante de Utork. Ali, mercados vibrantes ofereciam de tudo, desde alimentos exóticos até artefatos mágicos. Comerciantes, viajantes e cidadãos se misturavam, criando um mosaico de culturas e raças. Fontes de água cristalina jorravam em esculturas de criaturas míticas, e o som da água corrente trazia uma tranquilidade inesperada ao lugar.

No topo da encosta, o castelo de Archelaus dominava a paisagem. Era uma fortaleza imponente, construída diretamente na rocha da montanha, como se fosse uma extensão natural do próprio terreno. Suas torres erguiam-se altivas, perfurando o céu com suas pontas agudas. As paredes eram feitas de uma pedra negra brilhante, quase como obsidiana, que absorvia a luz e emitia um brilho sombrio.

A influência de Kerthalion podia ser vista na arquitetura do palácio. Arcos elegantes e entalhes delicados adornavam as paredes exteriores, combinando força e beleza em igual medida. Os jardins internos eram um espetáculo à parte, com plantas exóticas que floresciam sob o céu noturno, emanando um perfume intoxicante.

As portas de entrada do palácio eram gigantescas, feitas de madeira de ébano reforçada com metais encantados, gravadas com símbolos antigos que protegiam contra intrusos. Guardas imponentes, metade vampiro, metade humanos, patrulhavam constantemente, suas armaduras refletindo a luz fraca das tochas que iluminavam o caminho.

Dentro do palácio, a grandiosidade continuava. O salão principal era vasto, com um teto abobadado adornado com murais que contavam a história das vitórias de Archelaus sobre os vampiros ancestrais. Lustres de cristal pendiam do teto, lançando luzes dançantes sobre o chão de mármore polido.

Os corredores eram amplos e adornados com tapeçarias que retratavam cenas de batalha, conquistas e alianças. Salas de estar luxuosas, bibliotecas repletas de livros antigos e câmaras de guerra equipadas com mapas detalhados estavam espalhadas por todo o palácio.

No coração do castelo, a sala do trono era uma visão de majestade. O trono de Archelaus, esculpido em obsidiana e adornado com gemas raras, estava elevado em uma plataforma de mármore. Atrás do trono, uma grande janela arqueada oferecia uma vista panorâmica de Utork, permitindo ao Imperador observar seu domínio a qualquer momento.

Archelaus sentava-se ali, sua presença imponente e sua aura de poder inconfundível. Sua capacidade de governar e sua força em batalhas passadas eram refletidas em cada pedra do castelo e em cada esquina da cidade.

Ninguém em Utork conhecia a verdadeira origem de Archelaus. Para todos os efeitos, ele era um imperador humano de beleza incomparável, um homem cujos encantos ninguém conseguia resistir. Suas feições perfeitas e seus olhos profundos encantavam mulheres de todas as partes do reino, e sua presença magnética fazia com que todos ao seu redor se sentissem atraídos por ele.