Aonde fui me meter?

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5 anos depois

Eu estava me olhando no espelho, pensando como o tempo passa rápido e agora eu tinha 20 anos. Logo lembro de uma famosa frase da sociedade: és um encalhado. Suspiro ao revirar os olhos, aliás, estou bem nessas condições.

Eu estava morando sozinho e com uma acompanhante.

Volto a minha atenção ao espelho e fiquei me admirando no espelho.

"Posso ser encalhado, mas mesmo assim estou em forma."

Sorrio com esse pensamento, já que ultimamente estou parecendo meu papai Xie Lian. Não quero saber de casamentos, mesmo sabendo que a sociedade pedia por isso, eu não queria. Eu queria viver no meu mundo e sem obrigações, porém meu pai Hua Cheng estava me fazendo mudar de ideia e pensar sobre o assunto casamento.

Meu pai é intelecto, mas ele não me quer ver sozinho, ele tem insistido muito nisso. Chegamos até brigar por isso, esse foi um dos motivos para eu ter voltado a Capital e ficar isolado da minha família que estão na parte rural. Sinto muita falta deles, as vezes me pego chorando por isso, mas agora as coisas estão mudando e recebi uma carta do papai Xie Lian ontem a noite.

"Meu querido, Mu Qing.

Sei que você está brigado conosco, mas pense meu bem, eu e seu pai só queremos o seu bem. Não estamos te obrigando, não queremos arranjar um marido para você, queremos que você escolha por livre e espontânea vontade, mas nos preocupamos com você meu doce, por isso que insistimos um pouco nisso. Hoje eu entendo a minha mãe e meu pai, mas esse não é realmente o motivo que estou lhe escrevendo esta carta, e sim para lhe avisar que seu pai esta muito doente, e enquanto ele está febril ele não para de ter delírios e dizendo o seu nome e falando que você precisa de alguém. Enfim, lhe imploro, venha para cá, não precisa arranjar ninguém, fique do lado de seu pai, meu amor.

Com carinho, seu pai Xie Lian."

Meu pai quase não escreve cartas longas, as cartas sempre eram diretas e objetivas. Eu estava chorando ao ler a carta, então quando acordei esta manhã e me vi deparado ao espelho me admirando, percebi que tinha que fazer alguma coisa, e tinha que ser pelo o meu pai. Só não sabia ao certo o que fazer. Suspiro novamente com pesar e apertei a companhia.

- Sim, milorde - disse Rossana

Rossana tem sido a empregada que eu contratei e tem feito o trabalho muito bem feito. Deveria ter faixa de 30 anos, tinha cabelos castanhos, olhos pretos e branquinha.

- Gostaria que a senhorita fizesse as minhas malas - digo me levantando

- Desculpe a intromissão, mas onde o milorde irá? - disse a empregada perdida

- Farei uma visita ao meu pai que está doente - comecei a andar atordoado pelo quarto - Não sei quando vou voltar, espero voltar quando ele estiver melhor

- Entendo. Melhoras ao vosso pai - disse Rossana de forma humilde

- Obrigado - digo sorrindo - Bem, agora prepare as minhas malas

- Milorde não desejas se trocar primeiro? - com aquelas palavras, olhei para os meus trajes

- Claro, é que a notícia do meu pai me deixou meio perdido - digo colocando a mão na cabeça e senti que eu estava ficando desorientado

- O que desejas vestir?

- Bem, me vê o terno de camurça verde escuro, com certeza na viagem estará frio

- Milorde fará uma viagem um pouco longa, boa escolha! - a mulher foi no guarda roupa e pegou o terno e saiu para passa-lo

Depois de alguns instantes Rossana apareceu com o terno e fui me vestir, depois ela arrumou meu cabelo e logo coloco meu sapato preto e botei a minha luva. Depois de Rossana me vestir, começou a fazer as minhas malas. Logo tudo já estava pronto, o lacaio trouxe o carro para frente da casa, então viro o rosto olhando a casa. Temi pelo o que poderia acontecer comigo, sentia que as coisas seriam diferentes, suspirou com pesar e volto a minha atenção ao carro, entrou sem hesitar e respiro fundo. Os criados se despediram de mim e a minha companheira também.

Caminhos e Escolhas - Inside IIOnde histórias criam vida. Descubra agora