Capítulo 4: Nosso Quadro

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America: Minha mãe entrou em êxtase quando pegamos a carta no correio. Ela já tinha decidido que todos os nossos problemas estavam solucionados, tinham desaparecido para sempre. O grande empecilho em seu plano brilhante era eu.
- A Seleção

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Hillary (23 anos)

- Andrew, não mexe no meu cabelo! - escuto Annabeth falar em tom de repreensão. As vezes meus irmãos pareciam ter cinco anos e não dezeseis.

Eu estava no jardim junto com Annabeth e Andrew, meus irmãos. Apesar de serem gêmeos, sempre tem aquele irmão que é mais sensato, que nesse caso era a Annabeth. Mas no momento ambos pareciam duas crianças e eu estava pedindo mentalmente que alguém viesse me ajudar

Minha salvação naquele momento veio em forma de um criado, correndo ofegante em nossa direção. Fechei os olhos e agradeci mentalmente por isso.

Ele parou diante de nós e passou alguns minutos respirando fundo para recuperar o ar que lhe faltou devido a corrida.

- Alteza - falou ofegante

- Sim?

- A rainha solicita a sua presença na sala particular da família real - diz. Sou tomada pelo choque no mesmo instante.

- O que houve? É algo sobre os ataques? - perguntei, medo me tomando quando penso nessa possibilidade.

Nosso país tem sido tomado por ataques feitos pela NGR, - Nova Geração República - uma organização terrorista que luta pela volta de uma república. Tudo isso já está mudando de proporção a muito tempo, mas agora está saindo do controle.

- Não sei alteza - disse - Só me pediram para chamá-la.

- Certo, muito obrigado - digo. Ele faz uma reverência antes de se retirar

Me virei para meus irmãos e encontrei suas expressões compreensivas. Eles sorriram em compreensão.

- Bom... Até depois - falo me virando e seguindo para dentro.

A cada passo que eu dava em direção a sala da família real, meu coração batia mais rápido. O que será que aconteceu para minha presença ser solicitada com tanta urgência?

Demorei um pouco para chegar até lá, devido ao nervosismo e as diversas perguntas que surgiam em minha mente. Quando cheguei fiquei surpresa por encontrar meus pais e meus avós.

- Mãe está tudo bem? - perguntei fechando a porta após entrar - O que houve? - indaguei tomada pela preocupação, pois todos estavam em silêncio

- Sente-se - minha mãe disse, num tom de voz que dizia que eu não deveria questionar

- O que está acontecendo? - pergunto sem obter respostas. Todos se observam como se trocassem perguntas silenciosas.

- Hillary, você sabe o que todas as nossas histórias têm em comum? - perguntou minha avó, após um longo e torturante silêncio

- Que apesar de tudo e todos estarem contra vocês, deu tudo certo no final? - arrisco. Escuto minha família gargalhar e fico sem entender.

- Isso também - diz meu avô ainda rindo levemente - Mas, na verdade, o que nossas histórias tem em comum é a forma como nos conhecemos.

- Ah, o Reality Royal - minha mãe diz, um suspiro saudoso e nostálgico lhe escapando.

Minha mente começa a me alertar que algo está prestes a acontecer, mas eu tento ignorar isso. Eu só espero que não seja o que eu estou pensando.

Até que o "Até logo" vire um "Olá"Onde histórias criam vida. Descubra agora