Capítulo 3.

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"O que há de tão difícil no amor? Você simplesmente pega a mão da outra pessoa e se recusa a soltar." - Boys Over Flowers.

Seojun's POV

Não dava pra entender nada daquele diálogo desrespeitoso que estava acontecendo ali, fui até o terraço chamar Akira sabendo que lá era pra onde ele corria sempre que estava bravo com Yuna. E então vi de relance a garota de cabelos rosas como Sakuras falando sobre minha família com a menina esquisita da sala. Não pensei duas vezes pra interromper e quando vi, já havia a empurrado para longe.

-Hei! -  A voz de Yuna surgiu e recuei assustado com aquela atitude repentina. - Você está ficando louco, Seojun?! - ela se voltou para a garota caída. - Você está bem?

-Estou...sim. Obrigada. - Ela segurou a mão de Yuna. A outra menina ficou retraída e não moveu um palmo pra ajudar a amiga. De repente Akira já estava perto demais me encarando furioso.

-Eu...Não foi por mal, foi reflexo - falei baixo.

-Deveria se envergonhar, ouviu bem? Pede desculpa pra ela. - Yuna falou irritada.

-Desculpe novata. - falei sem graça.

-Não precisa. Eu já entendi bem como funciona aqui - o olhar dela era de frustração e raiva, mesmo assim parecia que ia chorar. 

-Não, por favor. Aceite as desculpas dele. Ele nem sempre é um idiota. Sou Yuna, pode nos desculpar pelo comportamento do nosso amigo?

De repente a vergonha me assolou,  lembrei-me de quando pequeno.

De repente a vergonha me assolou,  lembrei-me de quando pequeno

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Uma lembrança:

-Peça desculpas Choi Seojun - minha perna estava sangrando e a dor era tangente. - peça desculpas por não comparecer as aulas de piano! - A voz de minha mãe ecoando nos meus ouvidos após a longa surra de chicote. Era sempre assim quando eu fazia algo que não estava nos planos.

-Desculpe. - Pedi com raiva, os dedos estavam calejados da aula passada. Mas ela não se importava. 

-Você anda muito mal criado, senhora Park vai levá-lo de volta para o quarto e só vai sair de lá depois de cumprir seu castigo. Até lá, sem comida ou água.

-Certo, pode deixar senhora - a voz da governanta me preencheu. Quando meus pais viajavam ela estava lá para me impor castigos, e era sempre meticulosa na contagem. Ela mesmo os executava. Tinha marcas pelo corpo todo. Queimaduras, vara, chicote. O que fosse mais doloroso perto. 

-Peço que desculpe o comportamento tolo do meu filho.

Era um comportamento tolo, para uma família perfeita.

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