Capítulo 4

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Trafalgar D. Water Law

Levantei e corri atrás do meu caderno agora do outro lado da sala e voltei a me sentar.

-Bartolomeu-ya preciso que me conte tudo detalhado.

-Claro, bom....eu estava chegando do trabalho e encontrei Luffy um pouco depois de ele ter me dito que havia passado no Baratie e me deu um dos bolos que carregava conversamos sobre o trabalho sabe e a vida e foi aqui que reclamei do frio e ele me emprestou as luvas disse que não me dava o casaco pois Nami ficaria brava - ele suspirou e ajeitou o casaco - é nesta parte que me arrependo Luffy perguntou se eu estava com o dvd de Annabelle e eu disse que sim e iria buscar. O chamei pra vir comigo mas ele negou.

Ele brincava com os dedos em cima da mesa enquanto observava a luva.

-Foi aí que atravessei a rua e entrei dentro de casa indo pegar o dvd até que da janela consegui ver um carro parado ao seu lado e Luffy parecia conversar com ele e sorria, subi até meu quarto e quando voltei ele não estava mais ali.

-A que horas você se encontrou com ele e o deixou na calçada? - o ruivo perguntou olhando meu caderno.

-Nos encontramos as uma e dez por aí e creio que depois de cinco minutos chegamos a minha casa.

-Bartolomeu-ya agradeço por vim mas como sei que não foi você? Me desculpe mas alguém pode confirmar que estava em casa?

-Sim, minha mãe posso chamá-la para vim até aqui se precisarem.

-Claro pergunte a ela o melhor horário - Kid disse concertando o casaco - e mais uma coisa, você lembra a marca ou placa do carro?

Ele fechou os olhos e coçou o queixo estava se forçando a lembrar do veículo.

-Se não me engano - tornou a abrir os olhos - era um Hyundai HB20.

-Se lembra da placa? - disse virando a folha em meu caderno.

-Não achei importante no momento, me perdoem.

Observei ele abaixar a cabeça e apertar a própria mão.

- Não foi sua culpa - disse terminando de anotar as informações - ninguém esperava por isso e você nos trouxe dicas valiosas.

Ele sorriu fraco e depois foi embora.

-Bom ao menos agora sabemos onde itensificar nossa investigação - Kid disse se levantando e acenei com a cabeça.

A tarde toda rua que conhecia desde minha infância estava cercada de viaturas e todos os policiais usavam luvas, tínhamos que procurar no meio de tanta neve que tenho certeza que nossos dedos já estavam roxos de tanto frio.

Parado ali onde Bartolomeu disse que Luffy estava naquela madrugada pude ter a visão dele e ainda assim não conseguia imaginar o que pudesse ter ocorrido, ele quase não tinha pessoas que não gostavam dele, era bem conhecido no bairro e um ótimo bombeiro.

Olhei para sua casa e Ace-ya e Sabo-ya estavam na porta junto de Makino eles observavam tudo com olhares tristes e preocupados mas ao me verem acenaram e devolvi voltando a me abaixar e procurar naquele monte de neve. Não conseguia encará-los mesmo gritando e sendo grosso com alguns policias sempre que chegava a casa dos D. me sentia pequeno e falava o mais baixo que conseguia.

Enquanto ainda lidava com meus próprios dilemas, quando minhas mãos tocaram em algo e o puxei tirando dá-li um relógio de pulso, posso não conhecer muito deles mas sei de uma coisa ele não era barato e ali naquele bairro ninguém tinha tantas condições para ter um daquele, coloquei em um saco e o fechei assim o vedando.

-Cara você achou um Rolex no meio da neve- Kid disse parando ao meu lado- esses relógios são coisas caras viu.

-É eu imaginei - disse colocando na viatura - pode ser uma pista.

-Concordo com você.

Assim que cheguei a delegacia me bati com Coby-ya que estava com algumas pastas na mãos ele parecia estar trabalhando em casos com Hancock.

-Ei Law...você achou algo?

Não sei muito sobre Coby, apenas que é novo como policial e foi kouhai de Luffy na época da escola e que se inspira muito nele então posso imaginar que está preocupado.

-Acha que Tashigi pode achar quem comprou esse relógio? - levantei o saco e o mostrei.

-Creio que sim, se ela achar o número do lote entre outras coisas.

-Então sim - passei por ele e entrei na delegacia parando em frente a garota de cabelos presos e óculos de grau - Preciso que ache o dono desse relógio, demora muito? - me apoiei no balcão enquanto ela calçava as luvas.

-Não sei depende do lote e de qual loja o vendeu - ela o tirou do saco e o olhava bem de perto - e parece ser um dos bem caros.

-É já me disseram - suspirei e tirei meu celular do bolso, nada.....nenhuma ligação ou mensagem...

-Assim que encontrar algo eu lhe aviso - ela sorriu e apenas agradeci indo para minha sala e me jogando no sofá que estava sendo minha cama a três noites.

E eu torcia para que não houvesse mais nenhuma.

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