10 - Voltar para casa

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"O que você está pensando?"

Natália passou os últimos dez minutos tentando decifrar a expressão de Carol. Enquanto Natália passava os dedos pelos cabelos negros que haviam repousado em seu peito, ela viu o rosto de Carol mudar mais uma vez, observou os lábios ainda inchados de Carol se separarem como se pronunciasse uma palavra antes de roubá-la de volta com a ponta da língua. Carol lentamente levantou os olhos para encontrar Natália, sua sobrancelha ligeiramente franzida enquanto ela permanecia em silêncio.

"Ei, o que é isso?" A voz de Natália estava apenas ligeiramente tingida de preocupação. "Estou... Tenho medo de que se eu falar alguma coisa eu vou quebrar..." Carolina gesticulou entre ela e Natália. "Estou com medo de quebrar isso. "

Natália soltou a respiração que ela estava inconscientemente segurando com uma pequena risada, puxando o rosto de Carol para o seu novamente. Ela sorriu para o beijo enquanto seus lábios se encontravam, provocando a boca da mulher com pequenos selinhos antes que ela se afastasse.

"Carol, não há nada para quebrar."

As sobrancelhas de Carol imediatamente dispararam.

"Deixa eu terminar antes de tirar conclusões precipitadas, por favor. O que quero dizer é que o que fizemos, vivenciamos, o que aconteceu entre nós não é algo que possa ser desfeito. Não é algo que possa ser mudado ou alterado. Já faz parte de quem somos, juntas e como indivíduos. Nada que você possa fazer ou dizer jamais poderá mudar o que acabei de sentir. Tudo o que fazemos ou dizemos só pode influenciar o que vai acontecer, não o que já aconteceu."

Natália lentamente virou seus corpos para que Carol estivesse deitada de costas novamente. Ela esticou o corpo ao lado da mulher mais jovem, traçando lentamente padrões leves em sua pele já excitada. Ela se inclinou, seus lábios quase tocando a pele macia sob a orelha de Carol, o calor de sua respiração fluindo levemente sobre seu pescoço enquanto falava.

"Ninguém pode tirar de mim o sentimento da sua pele."

Ela deixou a ponta da língua traçar lentamente a curva suave da clavícula de Carol.

"Nada do que eu consumir vai tirar o gosto de você, a sua textura da minha boca."

Ela deixou seus dentes beliscarem suavemente a pele macia do seio de Carol, passou a língua sobre o mamilo endurecido implorando para ser levado à boca. Ela podia sentir o sobe e desce do peito de Carol se tornando mais rápido enquanto arrastava os dedos pelo abdômen sob suas mãos, sentindo os músculos tensos sob a leve pressão.

"Nada do que eu tocar será igual à sensação dos meus dedos sentindo seu calor, sentindo sua necessidade."

Sua mão foi além.

"Nada se compara à sensação de estar dentro de você."

A respiração de Carol soltou em um gemido esfarrapado, sua mão hesitantemente se fechando em torno do pulso de Natália, terminando sua jornada torturante.

"Pare."

Ela puxou a mão de Natália para longe de seu sexo, entrelaçando suas pernas com as de Natália. Ela pressionou o ombro de Natália, forçando a mulher a descer de costas enquanto trazia seu corpo para pairar sobre ela. Ela segurou o olhar de Natália ferozmente com o seu. Ela baixou lentamente o rosto até a meros milímetros de distância do de Natália.

"Quero lembrar de você."

A expectativa do beijo foi alterada. Desonerado da urgência de um primeiro. Carol deixou suas mãos vagarem livremente enquanto pedia acesso à boca de Natália. Sua língua saltava em pequenas explosões, provocando os lábios macios e inchados sob os dela. Quando Natália se abriu para ela, ela puxou a língua para dentro de sua boca, agarrando-a entre os dentes, reivindicando a posse do músculo que já a havia levado às alturas do prazer. Ela chupou a língua suavemente, saboreando os sons que escapavam de Natália, deliciando-se com o corpo por baixo dela subindo como se implorasse por contato.

Sob o Olhar | NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora