"I carry your heart with me (I carry it in
my heart)
I am never without it (anywhere
I go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)"
— Edward Estlin Cummings.As memórias de Jisoo de sua infância eram mínimas. Ela nunca possuiu qualquer tipo de problema que afetasse em suas memórias, longe disso, apenas optou por apagá-las. Aquelas mais ruins, principalmente. O problema é que, no fundo, ela lembrava até mais do que deveria e em algum momento da sua vida, sempre em algum momento, elas voltavam. Como uma praga a perseguindo e as vezes só era tão cansativo lutar contra, que a coreana apenas se deixava levar e aceitava que era esse seu futuro: a retrospectiva daquelas memórias tão nojentas repassando em sua mente, porque não importava o quanto ela lutava, sempre voltava.
Isso fez do Natal ser um feriado de merda.
A coreana sempre prezou pelo natal. Amava o natal. Há aqueles que preferem não comemorar, e está bem, cada ser humano tem uma percepção diferente de cada data comemorativa e para Jisoo, era lindo ver toda essa variedade de pensamentos e culturas que cada um possuía. Ela adorava fazer biscoitos de natal, deixar um lanche para o papai Noel de frente à lareira, escrever cartinhas, ajudar quem precisava e várias outras tradições nas quais ela já havia se acostumado a seguir. Isso a fazia amar o Natal.
Mas o desse ano não. Esse foi diferente de todos. Foi ruim. Estranho. E tão ruim.
Ela observou a queima de fogos sentada no espaço seguro do píer, com os pés submersos na água gelada, molhando suas meias e tremendo de frio devido ao contato. Honestamente, Jisoo sentia seus pés já dormentes com o frio. No começo foi um desafio tê-los dentro da água, mas não importava tanto, haviam partes em seu corpo que doíam mais e estavam aquecidas. Seu coração era uma delas. Ela segurava na mão uma garrafa de tequila, e o silêncio era apenas quebrado pelo som abafado dos flocos tocando o chão e o ocasional estalar dos barcos balançando ao sabor da maré. E também os soluços de Jisoo.
A história era mais delicada dessa vez. E diferentes dá última vez em que esteve ali, não tinha Lisa dessa vez. Existia somente uma Jisoo embriagada, mal recordando-se do próprio nome, com os olhos vermelhos e inchados após tanto chorar.
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com todas as flores - lisoo. lisa x jisoo.
Fanfiction⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀﹙ㅤׂㅤ⠀⠀🌨️❄️⛸️⠀⠀ ׅ ⠀﹚ lalisa manoban tem hiperfoco em seus sentidos: tato, olfato e audição. sentir diferentes texturas e experimentar diferentes cheiros e sons é a coisa mais admirável para ela. a tailandesa é capaz de passar horas toca...