capítulo um
MURPHY LIZ CLARKE
Das teorias do mundo, a Teoria do Caos sempre foi a minha preferida.
A teoria diz que mudanças insignificantes no início de um determinado evento podem gerar mudanças profundas no futuro, o que tornaria o sistema caótico e impossível de ser previsto. Para muitas pessoas, essa teoria é conhecida como "efeito borboleta", em que o bater das asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas.
Eu gostava de pensar que nada podia ser planejado e que tudo poderia ser descoberto com a mente certa. Era também a forma que encontrei para pensar que a Lei de Murphy, que me nomeou, não era de todo ruim. Minha mãe costumava me repreender quando eu tinha meus oito anos todas às vezes que eu perguntava porque eu tinha um nome com um significado tão ruim.
Ela dizia: — A lei de Murphy não é algo ruim. Ela significa que tudo que deve acontecer, eventualmente vai acontecer e não há problema nisso.*
Hoje em dia, acredito realmente que tudo que vivi tinha que ter acontecido para eu chegar até esse momento. Claro que eu gostaria de ter me livrado de viver muitas coisas, mas todas as vezes que eu observava o meu grupo, minha família, eu sabia que precisava ter vivido cada experiência para poder encontrá-los.
Eu já estava nas ruas do novo mundo há quatro anos. Para muitos isso era pouco, visto que o "apocalipse", como muitos chamavam, havia iniciado há mais de 10 anos atrás. No entanto, para nós, que éramos do CRM, era um tempo muito maior do que muitos já sobreviveram. Quando tudo iniciou, todos os cientistas do país foram chamados para a cidade-capital dos Estados Unidos.
Uma força tarefa foi montada para que o vírus fosse desmembrado e compreendido. Meus pais, Elliot Clarke e Andrômeda Liz Clarke, eram cientistas premiados. Foram um dos primeiros a serem chamados, uma oportunidade incrível, mas que me fez ficar trancafiada dentro de uma estrutura militar durante toda a minha infância e adolescência junto ao meu irmão mais velho.
Desde que saímos da base militar, estamos vagando pela parte Norte do país, próximos da base de Filadélfia, uma das principais. Atualmente, estávamos em uma escola que no passado era de educação infantil. Ela tinha muros e parecia completamente abandonada quando a encontramos. Ficamos dias observando o local até finalmente começarmos a eliminar os errantes que estavam ali.
Com o tempo de limpeza e alguns sistemas que instalamos para proteção contra pessoas, conseguimos criar mais um lar temporário. Já que nunca paramos em um único local por mais de um ano. Cada um do grupo — que era em quatro adultos e uma criança — estava designado a algo. Eu caçava e fazia algumas patrulhas, como nessa noite.
Estava na direção, que dava para a frente do colégio. Nossos quartos ficavam próximos, para que o aviso, caso algo acontecesse, fosse mais fácil de ser repassado. O turno estava tranquilo, até eu ver alguém do outro lado da rua e eu sabia que era um humano. O homem era alto, estava usando um chapéu e caminhava mancado. Dois errantes estava atrás dele, mas a casa era um pouco longe e eu não conseguia ver com muitos detalhes.
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LOVE WINS ALL→ carl grimes
Fiksi PenggemarAMOR VENCE TUDO ━ ↻ {em andamento} Murphy Clarke encontrou Carl Grimes em um mundo destruído. Mesmo assim, os sentimentos que nasceram daquela união não tinham nenhuma ligação com àquela nova realidade. Pelo contrário, eram como o paraíso que ela...