NEWT SCAMANDER

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Oi, amores! Talvez nesta semana eu comece a lançar esses capítulos curtinhos que são mais rápidos e não tão elaborados, mas dessa forma eu consigo produzir mais. Sim, lindos, estou enfrentando um bloqueio criativo.

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O sol da manhã iluminava os vitrais coloridos de Hogwarts, lançando um brilho suave pelos corredores antigos. Dentre os inúmeros estudantes que se dirigiam apressadamente para suas aulas, encontrava-se Newt Scamander, um jovem feiticeiro de cabelos castanhos claros sempre desalinhados e um par de olhos verdes tão profundos quanto curiosos. Ele se movia quase imperceptivelmente, evitando chamar a atenção, com seu uniforme escolar sempre um pouco desleixado - a gravata torta e a capa frequentemente manchada de terra ou de penas de criaturas mágicas que ele estudava secretamente nos cantos mais remotos do castelo.

Newt tinha um jeito único de se destacar dos demais colegas. Enquanto todos estavam preocupados com notas e jogos de quadribol, ele preferia passar seu tempo entre as criaturas mágicas, seja nas estufas, na floresta proibida ou em qualquer outro lugar. Ele se sentia mais à vontade na companhia desses seres do que no meio das pessoas. Porém, havia alguém que conseguia quebrar suas barreiras: S/N.

Newt não era nada parecido com S/N. Ele era introvertido, reservado e tímido. Sua presença passava despercebida e seu sorriso discreto não era o centro das atenções como o de S/N. Ela gostava de provocá-lo abertamente, o que o deixava sempre constrangido e com as bochechas coradas.

[...]

Num dia ensolarado, dentro da sala de Poções, S/N se aproximou de Newt, cochichando com um olhar travesso:

— Você sabia que poções de amor são difíceis de fazer, mas eu aposto que a sua faria qualquer uma se apaixonar por você, Newt.

Newt sentiu seu rosto arder de vergonha, suas mãos tremendo um pouco enquanto tentava se concentrar no caldeirão à sua frente. 

S/N riu suavemente, tocando o braço de Newt de leve.

— Mantenha o foco ou o caldeirão vai fazer um estardalhaço.

[...]

Passaram-se alguns dias e as provocações da s/n continuavam. Nos jardins de Hogwarts, ela o encontrou cuidando de uma planta exótica. Indo de fininho, s/n não perdeu a oportunidade:

— Sabe, Newt, acho incrível o quanto você se preocupa com essas criaturas. Já pensou em cuidar de uma garota também?

Newt deixou cair o seu regador e apressou-se a apanhá-lo, murmurando ansiosamente.

— E-eu... eu não sei o que você quer dizer...

— Acredito que você saiba sim, mas tudo bem. Gosto de te ver tentando descobrir — s/n abaixou-se para ajudá-lo, com seus rostos bem próximos um do outro.

[...]

Os corredores de Hogwarts assistiam em silêncio às interações entre os dois. Em um dia especialmente agitado, s/n e Newt caminhavam lado a lado depois de uma aula de Herbologia.

— Sabe, Newt, sempre achei que os garotos valentes são os que têm a coragem de admitir seus sentimentos. Será que você é corajoso? — falou s/n de forma descontraída, como se estivesse apenas conversando sobre o tempo.

— Estamos atrasados — disse Newt, apressando o passo enquanto ouvia a risada da garota ecoar pelos corredores de pedra.

[...]

Apesar de todas as suas inseguranças, Newt tinha um carinho imenso por s/n. Ele ficava encantado com a confiança dela e com a forma como ela tornava tudo tão simples. No entanto, ele não conseguia encontrar coragem para confessar seus sentimentos. Suas noites eram frequentemente preenchidas com pensamentos sobre s/n, imaginando como seria segurar sua mão e revelar o que sentia, mas sempre voltava à realidade com a mesma timidez paralisante.

Os meses se passaram, e os encontros entre Newt e s/n se tornaram cada vez mais comuns em Hogwarts. Naquele dia ensolarado, estavam na biblioteca, concentrados nos estudos para as provas finais. s/n, fingindo interesse em um livro antigo, soltou mais uma provocação:

— Você sabia que fica muito bonitinho quando está concentrado? Quase dá vontade de te distrair só para ver você corar de novo — sussurrou, piscando os olhos inocentemente. Newt, já familiarizado com suas palavras, tentou permanecer calmo.

— Eu... eu preciso me concentrar, s/n. Esses exames são importantes — resmungou contendo um sorriso.

S/n deu um sorriso, inclinou-se para mais perto e deu um beijo na bochecha dele antes de se afastar e voltar a ler o livro.

[...]

Então, em um dia particularmente memorável, algo mudou. Estavam nos jardins novamente, sob um salgueiro cuja sombra os envolvia em uma bolha de tranquilidade. Newt estava se preparando para alimentar um grupo de pássaros mágicos que ele havia encontrado recentemente. Ele estava absorto na tarefa quando ouviu risadas vindas de perto. Levantando a cabeça, viu S/n interagindo com outro garoto, um dos populares do quinto ano. Eles estavam rindo e conversando animadamente, e Newt sentiu uma pontada de ciúmes no peito. Ele desviou o olhar, tentando focar novamente nos pássaros, mas sua mente estava longe.

S/n se aproximou pouco depois, um sorriso ainda brincando em seus lábios.

— Oi, Newt. O que você está fazendo?

— Nada de mais — ele respondeu, mais silencioso do que o normal. — Só cuidando desses pássaros.

— Está tudo bem? — perguntou ela, percebendo algo diferente no tom de voz de Newt, que mordeu a bochecha.

— Você flerta com todo mundo, S/n? Isso é apenas uma grande piada para você? — ele indagou, ganhando um pouco de coragem, talvez soando um pouco mais amargo do que pretendia.

S/n parou, surpresa com a pergunta. Ela se aproximou de Newt, ficando com o rosto a poucos centímetros do dele, e antes que ele pudesse reagir, ela o beijou. Foi um beijo delicado, porém carregado de significado. Ao se afastarem, s/n fitou diretamente nos olhos dele.

— Não existe mais ninguém no mundo com quem eu deseje ou precise flertar, Newt. Você é tudo de que preciso. É de você que eu gosto.

Newt sentiu seu coração acelerar, as mãos suavam. As palavras que ele tanto temia e ao mesmo tempo ansiava ouvir foram pronunciadas em voz alta. Desta vez, ele reuniu coragem e a beijou, uma resposta sincera aos seus sentimentos. Quando se afastaram pela necessidade de respirar e se olharam, ambos riram, sentindo-se radiantes.

E assim, à sombra do antigo salgueiro nos jardins de Hogwarts, iniciou-se um novo capítulo na vida de Newt Scamander. Ainda era o mesmo jovem tímido e desengonçado, com um amor inabalável por criaturas mágicas, mas agora, com s/n ao seu lado, sentia que, talvez, só talvez, poderia encarar o mundo com um pouco mais de bravura.

★彡[ʜᴀʀʀʏ ᴘᴏᴛᴛᴇʀ ɪᴍᴀɢɪɴᴇꜱ]彡★Onde histórias criam vida. Descubra agora