𝐋𝐔𝐍𝐀 Vieira, uma intercambista brasileira.
𝐖𝐀𝐋𝐊𝐄𝐑 Scobell, filho do meio de sua host family.
O que poderia acontecer nesta história?
𝐋𝐔𝐍𝐀 Vieira, uma jovem brasileira que tinha um grande sonho de fazer um intercâmbio nos Estados Unid...
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TODOS incrivelmente se afastaram de mim e abriram caminho para eu poder passar. Reprimi os lábios e fiz um leve aceno de cabeça agradecendo a todos por aquilo. Lilith me seguiu e apontou para uma cadeira atrás da sua que estava vazia.
— Aqui, pode colocar sua mochila aí.
Fiz como ela disse. Coloquei minha mochila ali e me virei para ela.
— O que acha que devo fazer agora? — Perguntei, lançando uma olhada rápida para as pessoas que ainda se encontravam no mesmo local.
— Eu te ajudo a falar com eles. Eu te disse que a sua chegada era muito esperada por aqui.
Nós duas sorrimos.
— Acha que consegue fazer isso? — Questionou.
— Acho que sim.
Lilith então, me acompanhou até aquela multidão. Lentamente, consegui pegar o jeito. Já sabia o nome de praticamente todos da turma, o que faltava agora era gravar.
Gostei daquelas pessoas. Achei elas muito acolhedoras e gentis. No início, claro que me senti meio desconfortável porque uma coisa que eu odiava era a atenção focada em mim, mas depois acabei percebendo que aquelas pessoas realmente queriam me conhecer.
Tentei ser o mais gentil possível com elas para que elas não tivessem uma imagem ruim de mim. Fiquei com medo de isso acontecer após eu não ter sabido lidar muito bem com a multidão naquela hora, mas estava tudo bem agora, era o que eu esperava.
Mais uma vez, olhei de relance para Walker. Eu realmente não esperava que ele faria nada a respeito daquilo. Ele me ajudou, e eu agradeceria a ele mais tarde. Com certeza eu faria isso.
*
Depois de falar com as pessoas, Lilith me arrastou para o tour pela escola. O colégio era exatamente como eu imaginei. O ginásio era gigante e a quadra também, a cantina tinha muita variedade de comida e o refeitório era literalmente minha casa do Brasil vezes dez!
Depois tivemos aula de matemática, biologia e história. Eu achei que matemática iria ser o meu pior pesadelo. Eu já tinha dificuldade nessa matéria no Brasil, imagina nos Estados Unidos! Mas nem foi tão difícil assim. Eles são muito atrasados na matemática.
Agora estava na hora do intervalo e eu estava lanchando com Lilith. Ela estava sendo uma boa companhia para mim. Estávamos sentadas em uma das mesas do refeitório enquanto conversávamos sobre diversos assuntos para nos conhecer melhor.
— Então quer dizer que a sua música favorita é Cardigan? — Ela perguntou, mordendo o canudo de seu suco de maçã.
— Sim, eu adoro. Gosto de músicas melancólicas — Falei, engolindo uma batata frita — E a sua?
