O dia em si havia sido o máximo. Eu me divertira muito com Lilith na escola e pretendia continuar com ela. No final da aula, logo na saída, Lilith disse que havia gostado muito de mim e que podíamos lanchar juntas amanhã. Nós também trocamos nossos números de telefone.
Eu e Walker saímos juntos da sala sem trocar uma palavra sequer um com o outro. Esperamos Kylie chegar do lado de fora da escola e depois partimos para dentro do carro.
Logo quando entrei no automóvel, fui bombardeada de perguntas por Anthony e Belle.
— Eu adorei a escola — Comentei, sorrindo — Eu até fiz uma amiga lá.
— Jura? Isso é maravilhoso, Luna! — Belle disse.
— Eu fico muito feliz por você, Lu — Kylie me cutucou, abrindo um sorriso para mim.
— Muito obrigada.
Ficamos conversando mais um pouco no caminho para casa, mas Walker continuava calado. Agora eu entendia o motivo de ele estar daquele jeito. Realmente, perder alguém que a gente ama é muito difícil.
*
Passei a tarde inteira revisando as matérias de hoje para não ficar muito atrasada no conteúdo. Depois de terminar de estudar, conversei por mensagem com minha melhor amiga e liguei para meus pais, para fazermos a nossa chamada diária. De repente, escutei duas batidas na porta de meu quarto.
— Entra! — Falei e me ajeitei na cama.
— Oi, Lu — Era Kylie, vestida com um uniforme de karatê — Eu só vim te avisar que papai está no mercado. Ele foi comprar marshmallows para fazermos smores no final de semana, e agora mamãe vai me levar para a aula de karatê. Qualquer coisa que você precisar, pode chamar Millie. Ela está aqui embaixo na cozinha fazendo o jantar.
— Certo — Respondi, ainda tentando processar todas as informações que ela havia falado — Boa aula de karatê!
— Obrigada, Lu!
E por fim, ela desapareceu. Me distraí com uma notificação que chegou para mim em meu celular. Era Lilith. Apertei na mensagem que ela havia me enviado.
"Lilith A. 💗
Oi, Luna! Só para confirmar que é vc mesmo."
Respondi a mensagem dela confirmando que realmente era eu. A partir daí, desenvolvemos uma conversa e me distraí com aquilo. Passei praticamente trinta minutos inteiros conversando com ela, até que uma voz me distraiu.
— Luna! Luna! — A voz vinha do andar debaixo e gritava meu nome.
Larguei o celular rapidamente e abri a porta de meu quarto.
— Eu?! — Gritei de volta.
— Sim! — Percebi que era Millie — Por favor, você pode chamar o Walker para mim?
— Uh... Claro! — Respondi.
— Ele provavelmente está trancafiado dentro do quarto. Diga a ele que é urgente.
— Tá bom.
Olhei de relance para a porta do quarto de Walker. Pensei em não cumprir aquele pedido sinceramente. Não, Luna. Eu não acredito que você está com medo de ir até a porta do quarto de um garoto!
Balancei minha cabeça. Que estupidez! Ele é só meu host irmão. Eu não devia estar com tanta vergonha assim. Tá, ele me odiava, e daí? Se Millie me pediu um favor, eu devia fazer.
Encostei a porta de meu quarto e andei até a porta do quarto do garoto. Hesitei ao bater pelo menos umas duas vezes, mas finalmente consegui fazer isso.
— Walker? — O chamei, pedindo permissão para entrar — Você está aí?
Nada. Tentei bater mais uma vez, chamando seu nome novamente.
— Walker, você está aí? Olá?
Nada. Talvez ele estivesse dormindo, ou talvez apenas não quisesse me responder.
— Não é possível que esse idiota... — Murmurei comigo mesma, criando a suposição na minha cabeça que ele estaria apenas me ignorando e sendo rude outra vez — Walker, sua irmã está te chamand...!
Abri a porta de seu quarto com toda força possível, já ficando irritada com a situação. Olhei para frente, e a visão que tive interrompeu completamente qualquer coisa que eu estava falando.
Por. Deus. Eu não estava vendo o metidinho de toalha enrolada no pescoço e sem camisa não, né? Walker estava saindo do banheiro e nossos olhos se encontraram. Ele abriu um pouco sua boca e paralisou, igualmente a mim.
— Ai Meu Deus! — Fechei os olhos rapidamente e bati a porta do quarto dele — O quê...
— E aí, Lu?! Chamou?! — Millie gritou do andar debaixo.
— Eu... Eu... — Tentei responder alguma coisa, mas estava chocada demais com a imagem que havia visto.
Subitamente, a maçaneta atrás de mim girou. Dei um salto para trás, dando de cara com Walker (já vestido, pelo menos).
— Ficou doida de abrir minha porta daquele jeito? — Foi o que ele perguntou, me olhando um pouco irritado.
Meus olhos ainda estavam arregalados com o que havia acontecido. Sacudi minha cabeça de leve, tentando tirar aquela imagem de lá.
— Eu te chamei, você que não escutou...
— O que você queria?
— Ah... — Apontei com o polegar para a escada — Sua irmã está te chamando... Lá embaixo.
Ele me encarou de cima a baixo.
— Tá.
Walker deu as costas pra mim, descendo as escadas e indo em direção à sua irmã. Não hesitei em correr para o meu quarto e fechar a porta. Me joguei na cama e enfiei minha cara no travesseiro, soltando um grito agudo e fino.
Estava tudo uma completa bagunça naquele lugar. Eu já estava começando a achar que ficar na casa dos Scobells não havia sido uma boa ideia. Estava tudo muito confuso na minha vida, a única coisa que eu queria era estar no lugar que eu realmente pertencia, a minha casa.
E o mais confuso de tudo isso, foi saber que meu coração acelerou quando vi Walker sem camisa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐘𝐎𝐔 𝐀𝐑𝐄 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄, walker scobell.
Fiksi Penggemar𝐋𝐔𝐍𝐀 Vieira, uma intercambista brasileira. 𝐖𝐀𝐋𝐊𝐄𝐑 Scobell, filho do meio de sua host family. O que poderia acontecer nesta história? 𝐋𝐔𝐍𝐀 Vieira, uma jovem brasileira que tinha um grande sonho de fazer um intercâmbio nos Estados Unid...