𝟎𝟎𝟕.

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O dia em si havia sido o máximo

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O dia em si havia sido o máximo. Eu me divertira muito com Lilith na escola e pretendia continuar com ela. No final da aula, logo na saída, Lilith disse que havia gostado muito de mim e que podíamos lanchar juntas amanhã. Nós também trocamos nossos números de telefone.

Eu e Walker saímos juntos da sala sem trocar uma palavra sequer um com o outro. Esperamos Kylie chegar do lado de fora da escola e depois partimos para dentro do carro.

Logo quando entrei no automóvel, fui bombardeada de perguntas por Anthony e Belle.

— Eu adorei a escola — Comentei, sorrindo — Eu até fiz uma amiga lá.

— Jura? Isso é maravilhoso, Luna! — Belle disse.

— Eu fico muito feliz por você, Lu — Kylie me cutucou, abrindo um sorriso para mim.

— Muito obrigada.

Ficamos conversando mais um pouco no caminho para casa, mas Walker continuava calado. Agora eu entendia o motivo de ele estar daquele jeito. Realmente, perder alguém que a gente ama é muito difícil.

*

Passei a tarde inteira revisando as matérias de hoje para não ficar muito atrasada no conteúdo. Depois de terminar de estudar, conversei por mensagem com minha melhor amiga e liguei para meus pais, para fazermos a nossa chamada diária. De repente, escutei duas batidas na porta de meu quarto.

— Entra! — Falei e me ajeitei na cama.

— Oi, Lu — Era Kylie, vestida com um uniforme de karatê — Eu só vim te avisar que papai está no mercado. Ele foi comprar marshmallows para fazermos smores no final de semana, e agora mamãe vai me levar para a aula de karatê. Qualquer coisa que você precisar, pode chamar Millie. Ela está aqui embaixo na cozinha fazendo o jantar.

— Certo — Respondi, ainda tentando processar todas as informações que ela havia falado — Boa aula de karatê!

— Obrigada, Lu!

E por fim, ela desapareceu. Me distraí com uma notificação que chegou para mim em meu celular. Era Lilith. Apertei na mensagem que ela havia me enviado.

"Lilith A. 💗

Oi, Luna! Só para confirmar que é vc mesmo."

Respondi a mensagem dela confirmando que realmente era eu. A partir daí, desenvolvemos uma conversa e me distraí com aquilo. Passei praticamente trinta minutos inteiros conversando com ela, até que uma voz me distraiu.

— Luna! Luna! — A voz vinha do andar debaixo e gritava meu nome.

Larguei o celular rapidamente e abri a porta de meu quarto.

— Eu?! — Gritei de volta.

— Sim! — Percebi que era Millie — Por favor, você pode chamar o Walker para mim?

— Uh... Claro! — Respondi.

— Ele provavelmente está trancafiado dentro do quarto. Diga a ele que é urgente.

— Tá bom.

Olhei de relance para a porta do quarto de Walker. Pensei em não cumprir aquele pedido sinceramente. Não, Luna. Eu não acredito que você está com medo de ir até a porta do quarto de um garoto!

Balancei minha cabeça. Que estupidez! Ele é só meu host irmão. Eu não devia estar com tanta vergonha assim. Tá, ele me odiava, e daí? Se Millie me pediu um favor, eu devia fazer.

Encostei a porta de meu quarto e andei até a porta do quarto do garoto. Hesitei ao bater pelo menos umas duas vezes, mas finalmente consegui fazer isso.

— Walker? — O chamei, pedindo permissão para entrar — Você está aí?

Nada. Tentei bater mais uma vez, chamando seu nome novamente.

— Walker, você está aí? Olá?

Nada. Talvez ele estivesse dormindo, ou talvez apenas não quisesse me responder.

— Não é possível que esse idiota... — Murmurei comigo mesma, criando a suposição na minha cabeça que ele estaria apenas me ignorando e sendo rude outra vez — Walker, sua irmã está te chamand...!

Abri a porta de seu quarto com toda força possível, já ficando irritada com a situação. Olhei para frente, e a visão que tive interrompeu completamente qualquer coisa que eu estava falando.

Por. Deus. Eu não estava vendo o metidinho de toalha enrolada no pescoço e sem camisa não, né? Walker estava saindo do banheiro e nossos olhos se encontraram. Ele abriu um pouco sua boca e paralisou, igualmente a mim.

— Ai Meu Deus! — Fechei os olhos rapidamente e bati a porta do quarto dele — O quê...

— E aí, Lu?! Chamou?! — Millie gritou do andar debaixo.

— Eu... Eu... — Tentei responder alguma coisa, mas estava chocada demais com a imagem que havia visto.

Subitamente, a maçaneta atrás de mim girou. Dei um salto para trás, dando de cara com Walker (já vestido, pelo menos).

— Ficou doida de abrir minha porta daquele jeito? — Foi o que ele perguntou, me olhando um pouco irritado.

Meus olhos ainda estavam arregalados com o que havia acontecido. Sacudi minha cabeça de leve, tentando tirar aquela imagem de lá.

— Eu te chamei, você que não escutou...

— O que você queria?

— Ah... — Apontei com o polegar para a escada — Sua irmã está te chamando... Lá embaixo.

Ele me encarou de cima a baixo.

— Tá.

Walker deu as costas pra mim, descendo as escadas e indo em direção à sua irmã. Não hesitei em correr para o meu quarto e fechar a porta. Me joguei na cama e enfiei minha cara no travesseiro, soltando um grito agudo e fino.

Estava tudo uma completa bagunça naquele lugar. Eu já estava começando a achar que ficar na casa dos Scobells não havia sido uma boa ideia. Estava tudo muito confuso na minha vida, a única coisa que eu queria era estar no lugar que eu realmente pertencia, a minha casa.

E o mais confuso de tudo isso, foi saber que meu coração acelerou quando vi Walker sem camisa.

𝐘𝐎𝐔 𝐀𝐑𝐄 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄, walker scobell.Onde histórias criam vida. Descubra agora