𝕻𝖗𝖔́𝖑𝖔𝖌𝖔

18 5 2
                                    

ᴀᴠɪsᴏs:

• Leia a sinopse antes de começar a leitura.
• Fique atento aos avisos dados nos capítulos e aos assuntos delicados que haverão na história.
• É uma HISTÓRIA FICTÍCIA, tendo foco em vampiros e reinos.
• Ponha o wattpad no modo escuro para melhor experiência (opcional).

Perdoem-me por qualquer erro de português.
Aproveite a leitura! ;)

   Em uma tarde melancólica, próxima ao pôr do sol, uma garota olhava para crianças brincando pelos jardins de um enorme castelo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


   Em uma tarde melancólica, próxima ao pôr do sol, uma garota olhava para crianças brincando pelos jardins de um enorme castelo. E no que ela pensara era na forma como elas estavam se divertindo. Ralando o joelho na terra, correndo uma atrás da outra e gritando e rindo. Queria ela estar lá com eles. Queria ela poder se divertir como todas as outras crianças.

   A menina vestia um vestido preto, digno de seu título de princesa. Na cabeça, um aro de ouro repousava, semelhante à uma coroa. Ela estava com a postura correta, as mãos juntas na frente do corpo e cabeça erguida, observando o gramado e as flores se agitarem quando as crianças corriam por perto. Apesar de todos os criados e amigos do pai terem dito que era uma dádiva ser quem ela era, a pobre garota lamentava isso quando queria fazer algo e era impedida, pois seria "não nobre" ou "não digno de uma princesa".

   A expressão e postura neutra da garota não diziam muito, mas seus olhos demonstravam que almejava ser livre. Odiava o peso de ser da linhagem real, e se sentia culpada por as vezes amar aquela vida. Não havia muita escapatória.

   Próximo à varanda, observava um homem alto. Ele repousava seu olhar na menina e no que seus olhos tentam esconder. Ele se aproxima lentamente, com as mãos para trás, e fica ao lado da garota.

— Karmilla, querida — disse o homem.

— Sim, meu pai — respondeu a menina, direcionando seus olhos frios nele.

— Por que está com essa expressão tão melancólica, filha?

   A garota olha novamente para as crianças. Para a forma como elas pegam os galhos do chão, para a forma como elas riem e caem. Olha a forma como elas empunham os gravetos como espadas e fingem uma luta desorganizada. Karmilla não deixa de notar as poses malfeitas.

— Eu gostaria de poder ir brincar com eles também. — diz a menina, olhando ainda pela varanda.

   O pai suspira dramaticamente, e então põe a mão no ombro da filha. Karmilla evita olhar para ele. Mesmo sendo seu pai e muito carinhoso, ainda o vê de forma assustadora, com sua pele pálida e caninos afiados, além dos seus olhos vermelhos como sangue, iguais aos dela.

   Mesmo sendo acostumada com sua espécie, ninguém pode negar o quão frios e assustadores os vampiros podem ser. Ela sabe disso porque se vê no espelho todos os dias.

   Ao invés de encarar o pai, ela encara a visão não do jardim, mas sim de parte do reino que é visível do castelo. As casas parecendo queimar à luz alaranjada do sol de fim de tarde. Algumas criaturas indo dormir e criaturas do crepúsculo acordando. A garota mantém seu olhar no povo enquanto o pai fala o que já escutara milhares de vezes.

— Você é uma princesa, Karmilla. E um dia você irá herdar todo este reino. Será a rainha que todos esperam que seja e a mais bela de todas. Irá cuidar de seus irmãos e irmãs, ter sua família, dar continuidade à nossa linhagem... — ele para por um momento, olhando sonhador para seu próprio reino. — Sou feliz como rei, minha filha, mais feliz em ter o amor do nosso povo e protegê-los. Mas tudo o que mais quero é que você possa herdar tudo, porque sei que será a melhor rainha que Hyacinthus já viu.

   A garota permanece imóvel.

— Sei que quer ser mais livre e poder brincar com as outras crianças, mas você tem deveres a serem cumpridos. Acha que seria adequado uma herdeira do maior reino imortal rolar na grama como se fosse um animal?

   O homem pensa se foi duro demais nas palavras ao ver o imenso silêncio de sua filha. Mas quem pode culpá-lo? Uma responsabilidade enorme corre em suas mãos, responsabilidade essa que passará para sua filha mais velha, a qual já sente o peso das migalhas em suas costas.

— Eu compreendo, meu pai. — é o que ela responde após um tempo de silêncio. Antes que o pai a console, a garota lentamente se recolhe, virando as costas para a visão da varanda.

   O rei fica triste pela frieza familiar da filha, sabendo que foi fruto dele. Ele se arrepende de criá-la apenas em favor da coroa, se arrepende de ter lhe cobrado tantas habilidades avançadas e etiquetas que fez a própria filha abandonar a infância por conta dos gostos do pai e sua determinação em manter seu legado e seu trono e povo a salvo.

   O pai não deixou de notar a falta de cortesia pela ausência da despedida da filha.

[...]

[publicado: 26/06/2024][não revisado]

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[publicado: 26/06/2024]
[não revisado]

Vermelho SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora