Uma vampira que será rainha se encontra em um reino mortal, sendo obrigada a conviver com os tipos de pessoas que mais odeia e sendo irritada por um antigo conhecido, o qual lentamente passa a construir uma relação. Em meio à guerra civil, Karmilla...
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Não demora muito para eu perceber o céu noturno se iluminar. Olho pelas janelas e me aproximo. A vista da parte mais urbana do reino e um gigantesco mar aos meus olhos. Sereias saem de baixo das ondas e sobem em rochas, minotauros correm da floresta para a praia e fadinhas começam a acordar. Enquanto algumas casas acordam, a maioria dorme.
Gosto de admirar o sol de início da manhã, é agradável e não quente.
Troco minha camisola por um vestido meio casual, até os tornozelos, e prendo meu cabelo em um coque. Não gosto de ter arrumadeiras ou serviçais enquanto estou aqui, então eles limpam quando estou fora e eu me visto e arrumo sozinha. Diferente de Agatha e Kiara que gostam de serem arrumadas iguais bonecas pelas mãos das fadinhas.
Quando saio do meu quarto, as velas ainda estão acesas, porém quando chego ao saguão de entrada, as velas apagam no mesmo instante e algumas cortinas abrem sozinhas. Castelo mágico, típico de um reino mágico. Do topo da escadaria eu consigo ver Kiara no térreo e suas bagagens, e do outro lado da escadaria vem Agatha, com seus cabelos loiros em duas tranças. Ela sorri para mim e eu retribuo com um sorriso breve.
Quando descemos até Kiara, não demora muito até Harumi aparecer. Nos despedimos de Kiara e a morena sai de carruagem, em direção às montanhas da ilha vizinha. Antes da saída dela, o cocheiro entregou uma carta a mim.
— Vossa Alteza, o Rei Imortal lhe enviou esta carta. — disse ele e, com uma reverência, se afastou, esperando minha irmã sair nos portões do Castelo.
Eu escondi a carta embaixo de minhas roupas quando tive a chance. Quando Agatha e Harumi finalmente se recolheram, eu subi quase correndo os quatro andares do Castelo e fui aos meus aposentos. Sentei em minha mesa e abri a carta num piscar de olhos. A cera continha o símbolo real, uma coroa ensanguentada com uma flor por dentro, tudo embaixo de presas de vampiro.
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O que mais estranhei foi a carta ter sido enviada pelo cocheiro. Porque ele não enviou por uma águia ou um corvo? Tento me convencer de que é porque não deve ser nada muito urgente, afinal cartas enviadas por águias geralmente carregam notícias ruins. E esta não foi enviada nem sequer por uma ave.
