𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 IV

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ᴀᴠɪsᴏ ʙʀᴇᴠᴇ:
> Os capítulos podem sair um pouco atrasados do que o previsto. Peço compreensão de todos. 🫶
> Perdoem os erros de português daqui pra frente.

Boa leitura ;)

   Cinco dias se passaram

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   Cinco dias se passaram. Usei esse tempo para aproveitar tudo que meu reino oferecia. Andei pelas ruas do reino, sendo aclamada e venerada por onde andava. Senti-me envergonhada, mas não demonstrei. Apenas me mantenho séria quando posso e lanço sorrisos gentis para o povo. Sorrisos gentis genuínos.

   Amo meu reino, amo tudo aqui. Não quero deixá-lo nem que seja por um ou dois meses.

   Guardas sempre me acompanham nas minhas saídas. Fui em bares, em praças, em festas camponesas. Falei com meu povo e pude aproveitar suas tradições mais uma vez. Sempre evito passar pela Colina da Noite, onde os nobres e burgueses vivem. Os ricos, em outras palavras. Pessoas da família e famílias próximas, poderosas, aliadas.

   Não gosto deles.

   Nos últimos dois dias, entretanto, fiquei nas áreas do castelo mesmo. Neste momento, estou treinando arco e flecha após um longo treinamento de espadas. Princesa sim, fraca jamais.
   Já devem ser dez ou onze horas da noite. A lua está cheia e o céu quase não tem nuvens essa noite. O gramado iluminado pela luz da lua me traz paz. Três criados me acompanham, um segura flechas, outro segura uma bandeja com uma taça de sangue e outro está só de acompanhante caso eu precise.

   Não é necessário guardas aqui, afinal os campos do castelo são infestados de guardas dos portões e muros até os jardins. Vejo inúmeras carruagens sendo abastecidas por coisas. É assim desde o jantar com minhas irmãs. A mudança está indo rápido.

   Depois de algumas flechas, decido parar. Viro minha taça de sangue e dirijo-me aos portões do castelo, subindo a curta escadaria. Quando abro os portões, dou de cara com malas grandes empilhadas no canto do saguão.
Deveria ser normal para mim, mas há algo diferente. Não parecem malas que serão colocadas nas carruagens agora.

   Antes que eu pudesse dizer algo, um grito vem de um dos cômodos ao lado.

— Karmilla! — olho para o lado e vejo Kiara andando rápido até mim e ela me abraça forte. Retribuo o abraço.

   Ela também está de calça e gibão. Suas botas são longas e o cabelo preso num simples rabo de cavalo. Ela sorri quando me encara novamente, mas sei que está tensa.

— Voltei há pouco. Estranhei quando disseram que não estava no castelo. Até pedi para procurarem de novo. — ela ri um pouco.

   Eu não saio do castelo, mas ainda assim precisei passar o máximo de tempo apreciando as belezas naturais e culturais de Hyacinthus.
   O castelo eu aproveitei por tempo suficiente, porém gostaria de passar só mais um pouco antes de ir. Iremos partir depois de amanhã pela noite.

Vermelho SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora