Da Sua Senhora Mascarada

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Naquela madrugada, o som insistente do celular tirou Luis de um sono agitado. Ele tateou no escuro até encontrar o aparelho na mesa de cabeceira. Ao ver o nome de Naira no visor, atendeu imediatamente, já preocupado.

"Alô, Naira? O que aconteceu?" perguntou Luis, com a voz ainda rouca de sono.

"Luis, houve um assalto a um banco nesta madrugada," respondeu Naira, sua voz soando urgente do outro lado da linha.

Luis franziu o cenho, confuso. "Isso não é da nossa alçada, Naira. Por que a FEIT deveria se envolver em um assalto a banco?"

Naira explicou: "Um dos policiais no local do crime ligou para mim. Ele disse que encontrou algo que indica que a FEIT deve investigar. Ele não entrou em detalhes, mas parecia sério."

Luis ponderou por um momento antes de responder. "Certo, mas a equipe está exausta. Devemos chamar os outros?"

"Eu também pensei nisso," admitiu Naira. "Mas se for realmente importante, talvez seja melhor verificarmos primeiro."

Luis suspirou, sabendo que a decisão era difícil, mas necessária. "Concordo. Vamos nós dois. Deixe os outros descansarem. Vou me trocar e passar para te buscar."

"Ok, te espero," respondeu Naira, desligando em seguida.

Luis levantou-se rapidamente, vestindo uma calça jeans e uma camisa preta, calçando botas confortáveis. Ele pegou seu casaco e as chaves do Porsche Panamera Turbo S antes de sair de casa. O ar noturno estava fresco, e as ruas de Futuria estavam desertas àquela hora.

Chegando à casa de Naira, Luis viu-a esperando na calçada, com uma expressão séria no rosto. Ela entrou no carro e eles partiram em direção ao banco.

No caminho, enquanto dirigia pelas ruas silenciosas, Luis lançou um olhar de preocupação para Naira. "Você tem alguma ideia do que pode ter acontecido?"

Naira balançou a cabeça. "Não tenho certeza, mas é estranho termos dois roubos consecutivos em dias seguidos. Algo não parece certo."

Luis concordou, ajustando o retrovisor. "Pode ser mais do que uma coincidência. Precisamos estar preparados para qualquer coisa."

Eles continuaram a viagem em silêncio por alguns minutos, cada um perdido em seus pensamentos. A cidade parecia calma e pacífica, um contraste gritante com os eventos recentes que perturbavam aquela tranquilidade.

Chegando ao local do assalto, encontraram a área isolada pela polícia, com luzes azuis piscando e policiais movimentando-se de um lado para o outro. Luis estacionou o carro e os dois saíram, dirigindo-se à entrada do banco.

Um oficial os cumprimentou, reconhecendo Naira. "Obrigado por virem tão rápido. Acho que vocês precisam ver isso."

O policial mostrou um envelope para Luis. Na parte de trás, havia uma marca de batom em formato de beijo e uma inscrição: "Para o senhor Luis, da FEIT. Amei sua entrevista ontem, realmente captou nossa essência."

Luis ficou espantado, seus olhos arregalando-se de surpresa enquanto segurava o envelope. "O que é isso?" murmurou, incapaz de esconder a perplexidade em sua voz. Mas decidiu não abrir o envelope imediatamente. "Vamos analisar a cena do crime primeiro," disse, guardando o envelope no bolso do casaco.

O policial os conduziu para dentro do banco, onde puderam ver os estragos causados pela explosão. Luis e Naira observaram atentamente os detalhes, trocando impressões sobre o que viam.

"Aqui," apontou Luis, indicando os vestígios da explosão. "Foi uma explosão controlada, assim como no laboratório. Eles sabiam exatamente onde colocar os explosivos para maximizar o impacto sem destruir tudo."

A Sombra de FuturiaOnde histórias criam vida. Descubra agora